Dalmácia romana: diferenças entre revisões

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'''Dalmácia''' é o nome de uma antiga [[província romana]] localizada na região da [[Dalmácia]]. O nome deriva provavelmente de uma [[ilírios|tribo ilíria]] chamada [[dálmatas]], que habitava a região oriental da costa do [[Adriático]] na [[Antiguidade Clássica]]. O território da província abrangia a maior parte dos modernos estados da [[Albânia]], [[Croácia]], [[Bósnia e Herzegovina]], [[Montenegro]] e [[Sérvia]], uma área significativamente maior que a moderna Dalmácia.
 
== História ==
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Em 395, [[Teodósio I]] dividiu permanentemente o império e concedeu aos seus filhos a posição de "[[augusto (título)|augusto]]". Desta vez, a Dalmácia passou para o controle do [[Império Romano do Ocidente]] do imperador [[Honório (imperador)|Honório]]. Em 468, [[Flávio Júlio Nepos]] tornou-se o governador da província da Dalmácia. Quatro anos depois, na primavera de 472, o imperador do ocidente, [[Antêmio]], foi assassinado pelo general [[Ricímero]] e a tarefa de nomear um sucessor era, legalmente, do imperador do oriente, [[Leão I, o Trácio]]. Leão, porém, se demorou e Ricímero, juntamente com seu sobrinho [[Gundebaldo]] nomeou sucessivamente [[Olíbrio]] e [[Glicério (imperador)|Glicério]] como imperadores-fantoche. Sem reconhecer nenhum deles, Leão nomeou Flávio Júlio Nepos, o governador da Dalmácia, como novo imperador. Em junho de 474, ele atravessou o Adriático e, chegando em [[Ravena]] (onde ficava a corte ocidental), obrigou Glicério a abdicar, assegurando para si o trono. Porém, no ano seguinte, seu [[mestre dos soldados]] (''magister militum''), [[Orestes (pai de Rômulo Augustulo)|Orestes]] forçou Nepos a fugir de volta para Salona (em 28 de agosto de 475). Nos meses seguintes, [[Rômulo Augusto]], o filho de Orestes, foi proclamado imperador, mas foi também deposto depois que seu pai foi assassinado no ano seguinte. [[Odoacro]], o general que depôs Rômulo, não nomeou um novo imperador e debandou a corte ocidental. Júlio Nepos continuou a governar a Dalmácia até 480 como o único imperador legítimo no ocidente (a Dalmácia sendo, ''[[de jure]]'', uma parte do finado império).
 
Depois que Nepos morreu, em 480, a Dalmácia foi formalmente anexada ao [[Império Bizantino]] pelo imperador [[Zenão (imperador)|Zenão]].
 
==== Romanização ====
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Os [[eslavos do sul|eslavos]], parentes distantes dos ávaros, se assentaram permanentemente na região na primeira metade do {{séc|VII}} e desde então forma o grupo étnico predominante na região. Os [[croatas]] rapidamente formaram seu próprio reino: o [[Principado da Croácia Dálmata]], governado por príncipes nativos de origem [[guduscanos|guduscana]]. A "Dalmácia", agora se reduziu às cidades e à zona rural vizinha. Estas permaneceram influentes pois eram poderosas fortalezas e mantinham forte relação com o Império Bizantino. As duas comunidades eram hostis num primeiro momento, mas os [[Cristianização da Croácia|croatas foram cristianizados]] e a tensão diminuiu. Um certo nível de mistura cultural passou então a ocorrer, mais forte em alguns lugares e mais fraco em outros, com a influência eslava se destacando em [[Ragusa (Croácia)|Ragusa]], Espalato e [[Tragúrio]]. Em 925, o ''[[knyaz]]'' [[Tomislau I da Croácia|Tomislau]] foi coroado em {{ilc|Tomislavgrado||Tomislavgrad}} e fundou o [[Reino da Croácia (medieval)|Reino da Croácia]], estendendo sua influência para o sul até a [[Zaclúmia]]. Aliado dos bizantinos, o rei recebeu também o status de "protetor da Dalmácia" e era o governante ''[[de facto]]'' da região.
 
Na [[Baixa Idade Média]], os bizantinos já não mais eram capazes de manter o controle de forma consistente na Dalmácia e deixaram definitivamente a região depois que a [[Quarta Cruzada]] [[saque de Constantinopla|conquistou Constantinopla]] em 1204.
 
==== Sés episcopais ====
O [[cristianismo]] afirmou-se sobre a costa dálmata já no {{séc|I}}, mas penetrou no interior da província da Dalmácia muito lentamente, com notável retardo com relação aos outros territórios romanos. Se bem que a mais antiga sede episcopal seja de 65, segundo a tradição, ''Salona'' (atual [[Solin]]), da qual foi bispo o discípulo de [[São Pedro|Pedro]], [[Tito (bíblico)|Tito]], as primeiras dioceses territoriais foram criadas no {{séc|IV}}: as de Zara (atual [[Zadar]]), Tragúrio ([[Trogir]]), Espalato ([[Split]]), Córcira Negra ([[Korčula]]) e Ragusa ([[Dubrovnik]]).
 
As [[sé episcopal|sés episcopais]] da província que aparecem no ''[[Anuário Pontifício]]'' como [[sé titular|sés titulares]] são<ref>''Annuario Pontificio 2013'' (Libreria Editrice Vaticana 2013 ISBN 978-88-209-9070-1), "Sedi titolari", pp. 819-1013</ref>:
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** [[Alba Marítima]] (Biograd na Moru)
** [[Arba (Croácia)|Arba]] (Rab)
 
* Dalmácia Inferior
** [[Balecium]] (Baleč)
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{{Províncias romanas 120 a.C.}}
{{Províncias romanas tardias}}
 
[[Categoria:Províncias romanas]]
[[Categoria:Províncias romanas tardias]]