Issa ibne Muça: diferenças entre revisões

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|nome =Issa ibne Muça ibne Maomé ibne Ali ibne Abdalá ibne Alabas
|nascimento_data =721/722
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|imagem =
|imagem_tamanho =
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|nome_pai =Muça ibne Maomé ibne Ali ibne Abdalá ibne Alabas
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|nacionalidade =[[Califado Abássida]]
|etnia =[[Árabes|Árabe]]
|morte_data =783/784
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|religião =[[Islamismo]] [[sunismo|sunita]]
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}}
 
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[[Imagem:Dinar of al-Mansur, AH 136-158.jpg|thumb|upright=1.05|[[Dinar de ouro]] de [[Almançor (califa abássida)|Almançor]] {{nwrap|r.|754|775}}]]
 
Issa ibne Muça nasceu em 103 [[A.H.]] (721/722).{{harvrefsfn|McAuliffe|1995|p=201}} No verão de 750, após o fim da [[Revolução Abássida]], Issa foi nomeado por seu tio [[Alçafá]] como governador de [[Cufa]], a primeira sede do governo abássida. Ele reteria o posto por 15 anos — segundo [[Hugh N. Kennedy]], o segundo mais longo mandato do período abássida após aquele de [[Daud ibne Iázide al-MualabiAlmualabi]] no começo do {{séc|IX}}.{{harvrefsfn|Kennedy|1981|p=76}}
 
Em 754, como Alçafá estava perto de morrer, e como seu herdeiro designado Abu Jafar ([[Almançor (califa)|Almançor]]) estava em [[haje|peregrinação]] em [[Meca]] por esta época, o califa nomeou Issa, então com aproximados 34 anos, como segundo herdeiro na iminência de algo acontecer com Almançor. Este movimento foi necessário para evitar que [[Abu Muslim]], o poderoso e popular general que havia iniciado a Revolução Abássida no [[Coração (região histórica)|Coração]], ascendesse a posição de fazedor de reis. Issa já havia provado sua habilidade como governador, e sua proximidade da capital, [[Ambar (cidade)|Ambar]], foi crucial para uma sucessão tranquila.{{harvrefsfn|name=Sou88|Sourdel|1997|p=88}}{{harvrefsfn|Kennedy|1981|p=55, 91}} Quando Alçafá finalmente morreu, Issa proclamou Almançor Abu Jafar como califa e enviou cavaleiros para notificá-lo de sua ascensão. Segundo as fontes registradas por [[al-Tabari]], Issa colocou guardas diante dos tesouros e oficiais do governo na capital, até o novo califa chegar lá. Ele também enviou o [[hájibe|camareiro]] de Alçafá, Abu Gassane, para informar [[Abdalá ibne Ali]] na Síria da morte de Alçafá e receber o juramento de lealdade (baiá) dele.{{harvrefsfn|McAuliffe|1995|p=xiii, 2ff., 8}}
 
Após a fracassada rebelião de Abdalá ibne Ali, Issa interveio para garantir a [[Abdal Samade ibne Ali]], o único dos irmãos de Abdalá que apoiou sua revolta, um perdão.{{harvrefsfn|McAuliffe|1995|p=14, 17}} Issa tinha relações cordiais com Abu Muslim, e foi deixado desavisado da conspiração de Almançor para matar o poderoso comandante até depois do feito ser concluído.{{harvrefsfn|McAuliffe|1995|p=35, 40}} Sob Almançor, ele permaneceu como governador de Cufa, esteve ativamente envolvido no projeto da nova capital abássida, [[Bagdá]], e construiu a Fortaleza de al-UcaidirAlucaidir.<ref name=Sou88 />
 
[[Imagem:Dirhem of al-Mahdi, AH 158-169.jpg|thumb|esquerda|upright=1.05|Dirrã de [[al-Mahdi]] {{nwrap|r.|775|785}}]]
 
Em 762–763, ele liderou o exército e suprimiu as [[Revolta Alida (762–763)|revoltas]] [[alidas]] sob os irmãos {{ilc|Maomé ibne al-NafizAlnafiz al-ZakiyyaAlzácia||Muhammad al-Nafs al-Zakiyya}} e {{ilc|Ibraim ibne Abdalá||Ibrahim ibn Abdallah}}. A escolha de [[Medina]] por Maomé para começar sua revolta foi um potente símbolo mas um erro estratégico, e Almançor imediatamente percebeu isso. O califa enviou Issa com {{formatnumfmtn|4000}} homens contra Maomé. O exército abássida facilmente cortou o apoio externo à cidade e rapidamente devastou seus apoiantes. Maomé foi morto, e Issa enviou sua cabeça para o califa.{{harvrefsfn|McAuliffe|1995|p=xvi–xvii, 186–204, 230–231}}{{harvrefsfn|Kennedy|1981|p=77}} O irmão de Maomé, Ibraim, que havia escolhido [[Baçorá]] como sua base, foi mais bem sucedido, mas falhou em sincronizar sua revolta com aquela em Medina. Como resultado, Issa foi capaz de dirigir suas forças contra os rebeldes alidas, que foram enfrentados em batalha em BacamraBacanra. Lá, os alidas inicialmente ganharam vantagem, mas no fim a perseverança de Issa permitiu a vitória abássida.{{harvrefsfn|McAuliffe|1995|p=xvii–xviii, 283–290}}
 
No entanto, em 764/5 ele foi pressionado para ceder seu lugar na linha sucessória para o filho de Almançor, al-Mahdi. Posteriormente, em 776, al-Mahdi, agora califa, forçou-o a renunciar sua sucessão em favor do filho de al-Mahdi, Muça [[al-Hadi]] {{nwrap|r.|785|786}}. Ele morreu em 783/784.<ref name=Sou88 />