Solar dos Soveral: diferenças entre revisões

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O [[Solar (habitação)|solar]] e sua contígua capela de S. Teotónio datam de meados do séc. XIV, quando Fernão (Peres) de Soveral, [[Alcaide|alcaide-mor]] de [[Celorico da Beira]] ([[5 de Março]] de [[1359]])<ref>SOVERAL, Manuel Abranches de - «''Origem dos Avelar e dos Soveral''», 2003.</ref><ref>SOVERAL, Manuel Abranches de - «''Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII''», Porto 2004, ISBN 972-97430-6-1. volume 1, pág. 161.</ref><ref>Nomeado alcaide-mor de Celorico da Beira por D. Pedro I a 5.3.1359 (livro único da Chancelaria, folha 36), sendo aqui referido como vassalo d’el rei. Foi confirmado no cargo pelo rei D. Fernando (livro único da Chancelaria, folha 13v), sendo aqui referido como Fernando do Soveral, cavaleiro fidalgo da sua Casa.</ref>, senhor das honras de Soveral ([[Lafões (região)|Lafões]]) e da Lapa, aí instituiu em [[1369]] o [[morgadio]] e capela de S. Teotónio de Sernancelhe, conforme consta na lápide do túmulo de seu descendente, referida adiante.
 
De Fernão de Soveral foi 5º neto, sucessor e por varonia, Gaspar de Soveral, 6º morgado de S. Teotónio de Sernancelhe, que a [[16 de Outubro]] de [[1565]] instituiu na [[Igreja Matriz|matriz]] a capela de Nossa Senhora do Pranto, onde foi sepultado.<ref name="AV1">SOVERAL, Manuel Abranches de - «''Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII''», Porto 2004, ISBN 972-97430-6-1. volume 1, pág. 166.</ref><ref>«''Livro do tombo de Gaspar de Soveral da Capela da Igreja matriz de S. João Baptista da vila de Cernancelhe''», BNP, manuscrito 259, nº 6.</ref> Depois de viúvo de sua mulher D. Violante de Carvalho, Gaspar de Soveral foi cavaleiro professo da [[Ordem de Malta]], [[comendador]] de Sernancelhe nesta ordem e abade da freguesia ([[1553]]). Na segunda metade do séc. XX a igreja matriz de Sernancelhe sofreu grandes obras de restauro, que nomeadamente substituíram o teto da [[capela-mor]], em adiantado estado de degradação. Aí se podiam ver, antes desta intervenção, as [[Escudo (heráldica)|armas]] dos Soveral num escudo oval, sobre a cruz da Ordem de Malta, que Gaspar de Soveral mandou pintar, sendo abade e comendador de Sernancelhe<ref>{{citar livro|url=https://www.chiadoeditora.com/livraria/a-cruz-da-ordem-de-malta-nos-brasoes-autarquicos-portugueses|título=A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses|ultimo=PINHO|primeiro=António Brandão de|editora=Chiado Editora|ano=2017|local=Lisboa|páginas=426|acessodata=28-08-2017}}</ref>. Da mesma época (finais do séc. XVI) é a [[pedra de armas]] que mandou colocar no seu solar de Sernancelhe, também um escudo oval com Soveral em pleno, encimado por um [[Coroa (heráldica)|coronel de nobreza]].<ref name="AV1"></ref> Esta bela pedra de armas é um exemplar valioso, pois apresenta características muito evoluídas em comparação com o que então se fazia em [[Portugal]], assemelhando-se ao que nessa época aparece nomeadamente em [[Itália]], mas também em [[Malta]], lugares que Gaspar de Soveral certamente visitou.
 
Gaspar de Soveral não teve filhos de sua mulher, mas em Francisca de Queiroz teve o filho sucessor, Pedro de Soveral, legitimado por carta real de [[12 de Novembro]] de [[1551]], que em [[1586]] instituiu a capela do Santíssimo, no [[Santuário de Nossa Senhora da Lapa|santuário da Lapa]], onde foi sepultado com a seguinte inscrição: «''Jazigo e capela dos sucessores de Pedro de Sovral, fidalgo da Casa d’el Rei, da Ordem de Cristo, sendo Morgado de Sernancelhe, ano de 1586, instituído por Fernão Pires do Sovral, Alcaide Mor de Celorico, por merce de el Rei D Pedro, no ano de 1366''».<ref name="GEPB1"></ref><ref name="AV2">SOVERAL, Manuel Abranches de - «''Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII''», Porto 2004, ISBN 972-97430-6-1. volume 1, pág.s 169 e 170.</ref> Pedro de Soveral, 7º morgado de S. Teotónio e 2º de Nossa Senhora do Pranto, [[fidalgo da Casa Real]] e cavaleiro da [[Ordem de Cristo]] ([[12 de Maio]] de [[1581]]), tirou o [[bacharelato]] em [[Cânones]] na [[Universidade de Salamanca]] e depois matriculou-se na [[Universidade de Coimbra]], onde concluiu a [[licenciatura]] em [[1556]].<ref name="UC">Universidade de Coimbra, Matrículas.</ref> Foi sucessivamente [[Juiz de fora|juiz de fora]] da [[Covilhã]], escrivão da auditoria-geral da gente de guerra ([[9 de Junho]] de [[1581]]), [[desembargador]] dos Agravos e da [[Casa da Suplicação]] de [[Lisboa]] ([[9 de Março]] de [[1585]]), [[procurador]] da Coroa e [[chanceler-mor]] do reino no tempo de [[D. Filipe II]].<ref name="AV2"></ref>