Teatro épico: diferenças entre revisões

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Um dos pressupostos do teatro épico é o efeito de distanciamento ou de estranhamento ([[V-effekt|Verfremdungseffekt]] ou [[V-effekt|V-Effekt]], em alemão) por parte do espectador. O ator não busca identificação plena com a personagem. O cenário expõe toda sua estrutura técnica, deixando claro que aquilo é teatro, e não a realidade. O enredo se desenvolve sem um encadeamento linear cronológico entre as cenas, de modo a poder misturar presente e passado, procurando evitar o envolvimento do ator e do espectador na trama, sempre com o intuito de provocar a reflexão e de despertar uma visão crítica do que se passa, sem levar ao desfecho dramático e natural. "Estranhar tudo que é visto como natural"{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}, segundo Brecht.
 
== Teatro épico e teatro dramático =clar@@@#=
Em 1930, no prefácio de ''Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny'', Brecht desenvolve seu entendimento sobre o teatro épico, descrevendo 18 distinções entre a forma '''épica''' e a forma '''dramática'''. Ressalta, porém, que esse esquema não pretende impor contraposições absolutas, mas somente "deslocamentos de acentuações". Assim, Brecht destaca que, dentro de um processo de comunicação, pode-se dar preferência ao que se sugere por via do sentimento (dramático) ou ao que se persuade através da razão (épico)<ref>BRECHT, Bertolt. '''Escritos sobre Teatro'''. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión, 1970. v 1. p 89-91.</ref>.