Complexo de Édipo: diferenças entre revisões

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O termo '''Complexo de Édipo''' criado por [[Freud]] e inspirado na [[tragédia]] grega ''[[Édipo Rei]]'' designa o conjunto de [[libido|desejo]]s amorosos e hostis que o menino enquanto ainda criança experimenta com relação a sua mãe.<ref name="Zimerman2008">David E. Zimerman. ''[http://books.google.com/books?id=pqOantXx26wC&pg=PA73 Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise]''. Artmed; 2008. ISBN 978-85-363-1414-3. p. 73–75.</ref> O fenômeno psíquico também ocorre nas meninas com relação ao pai, mas a este se dá o nome de [[Complexo de Electra]].<ref name="Rycroft1995">Charles Rycroft. ''[http://books.google.com/books?id=7iVXngEACAAJ A Critical Dictionary of Psychoanalysis]''. Penguin Books; 1995. ISBN 978-0-14-051310-3.</ref><ref name="ChildersHentzi1995">Joseph Childers; Gary Hentzi. ''[http://books.google.com/books?id=QvK83BCsC3cC The Columbia Dictionary of Modern Literary and Cultural Criticism]''. Columbia University Press; 1995. ISBN 978-0-231-07242-7.</ref>
 
== Contexto==
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Freud baseou-se na [[tragédia]] de [[Sófocles]] (496&ndash;406 a.C.), ''[[Édipo Rei]]'', uma trilogia que trata, em partes, da vida de [[Édipo]]. <ref name="Macedo2005">Mônica Medeiros Kother Macedo. ''[http://books.google.com/books?id=6GtTkGaDzccC&pg=PA85 Neurose: leituras psicanalíticas]''. EDIPUCRS; 2005. ISBN 978-85-7430-258-4. p. 85 - 86</ref>
 
Produções modernas da peça de Sófocles estavam sendo encenadas em Paris e Viena, no século 19 e tiveram um sucesso fenomenal na década de 1880 e 1890. O psiquiatra austríaco Sigmund Freud em seu livro ''A Interpretação dos Sonhos'' publicado pela primeira vez em 1899, propôs que um desejo edipiano é um fenômeno universal psicológico inato (filogenético) dos seres humanos e a causa de grande culpa inconsciente.<ref name="Macedo2005"/>{{Rp|89}} Ele baseou isso em sua análise de seus sentimentos ao assistir à peça, suas observações casuais de crianças neuróticas ou normais e no fato de que a peça ''Édipo Rei'' teve sucesso em ambos os públicos, antigo e moderno; ele também afirmou que a peça ''[[Hamlet]]'' fora eficaz pelo mesmo motivo.<ref>[http://www.psyartjournal.com/article/show/armstrong-oedipus_as_evidence_the_theatrical_backg Oedipus as Evidence: The Theatrical Background to Freud's Oedipus Complex] by Richard Armstrong, 1999</ref>
 
Freud descreveu Édipo como segue:
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O infantilismo psicossexual - Apesar da mãe ser o parente que gratifica principalmente os desejos da criança, a criança começa a formar uma identidade discreta sexual - "menino", "menina" - que altera a dinâmica do relacionamento entre pais e filhos; os pais tornam-se objetos de energia libidinal infantil. O menino dirige sua libido (desejo sexual) para a sua mãe, e direciona o ciúme e a rivalidade emocional contra seu pai - porque é o que dorme com a mãe. Além disso, para facilitar a união com a mãe, o [[Id]] do menino quer matar o pai (como fez Édipo), mas o ego pragmático, baseado no [[princípio da realidade]], sabe que o pai é o mais forte entre os dois homens que competem a posse da mulher. No entanto, o menino permanece ambivalente sobre o lugar do pai na família, o que se manifesta como o medo da castração pelo pai fisicamente maior; o medo é uma manifestação irracional e inconsciente do ID infantil.<ref name="BullockTrombley2000">Alan Bullock; Stephen Trombley; Alf Lawrie. ''[http://books.google.com/books?id=0qAvngEACAAJ The New Fontana Dictionary of Modern Thought]''. HarperCollins; 2000. ISBN 978-0-00-686383-0. p. 607, 705.</ref>
 
A defesa psicológica - em ambos os sexos, o [[mecanismo de defesa|mecanismo de defesa]] fornece resoluções transitórias do conflito entre as motivações do ID e as motivações do ego. O primeiro mecanismo de defesa é a [[repressão psicológica | repressão]], o bloqueio de memórias, os impulsos emocionais e as ideias da mente consciente; mas a sua ação não resolve o conflito ID-Ego. O segundo mecanismo de defesa é a [[Identidade|identificação]], pelo qual a criança incorpora, ao seu (super)ego, as características de personalidade do pai do mesmo sexo; no que se adaptar, o menino diminui sua [[ansiedade]] de [[castração]], porque a sua semelhança com o pai o protege da ira do pai na sua rivalidade materna; ao se adaptar, a menina facilita a identificação com a mãe, que entende que, sendo do sexo feminino, nenhuma delas possui um pênis, e, portanto, não são antagonistas.<ref name="Bullocombley2000">Alan Bullock; Stephen Trombley; Alf Lawrie. ''[http://books.google.com/books?id=0qAvngEACAAJ The New Fontana Dictionary of Modern Thought]''. HarperCollins; 2000. ISBN 978-0-00-686383-0. p. 607, 705.</ref>
 
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