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{{História de Itália|imagem=|legenda=}}
A itália tem gajas boas e muita merda...
A [[Itália]], é um país da Europa meridional que faz fronteira ao norte com [[França]], [[Suíça]], [[Áustria]] e [[Eslovénia|Eslovênia]], cujo território principal forma uma península no mar Mediterrâneo e inclui duas grandes ilhas de a [[Sicília]] e a [[Sardenha]], sofreu, historicamente, a influência de [[etruscos]], [[gregos]] e [[celtas]] antes de ser unificada em [[262 a.C.]] pelo [[Roma Antiga|domínio romano]]; [[Roma]] continua a ser a capital da Itália até hoje. O nome ''Itália'' vêm da [[Roma Antiga|Roma antiga]]. Os romanos chamavam de Itália o [[sul]] da [[península Itálica]] ou [[Península Apenina|Apenina]], que significa "terra de [[boi]]s" ou "terra de [[pasto]]s".
 
História de Itália
 
 
A Itália influenciou bastante o desenvolvimento cultural e social de toda a Europa mediterrânea, bem como teve muita influência sobre a cultura européia. Importantes culturas e civilizações existitam no país desde [[Pré-história|tempos pré-históricos]]. No [[Segundo milênio a.C.|II milênio]], a civilização dos [[terramares]] ([[rio Pó|Pó]]) já conhecia o [[bronze]]; a dos [[vilanoviano]]s, no II milênio, corresponde à difusão do [[ferro]].
 
A partir do [[século VIII a.C.]], os [[Grécia|gregos]] fundaram [[colônia]]s na [[Sicília]] e na Itália do Sul ([[Magna Grécia|Grande Grécia]]); ao mesmo tempo se instalavam na Itália os [[etrusco]]s, de origem [[Ásia|asiática]], que dominaram esta parte do mundo durante séculos. A civilização etrusca conheceu seu apogeu nos séculos [[século VI a.C.|VI]] e [[século V a.C.|V]] a.C. Enquanto os etruscos se estendiam pelo [[Norte]], os [[Cartago|púnicos]] controlavam a Sicília e a [[Sardenha]]. Nos séculos V e [[Século IV a.C.|IV]] a.C., os [[celta]]s instalaram-se na [[planície do Pó]] ([[Gália Cisalpina]]). Do século IV ao [[século II a.C.|século II]] a.C., Roma conquistou progressivamente toda a península, de tal forma que sua [[história]] se confunde com a da Itália.
 
==Roma Antiga==
{{Ver artigo principal|[[Roma Antiga]]}}
 
===República Romana===
{{Ver artigo principal|[[República Romana]]}}
 
===Império Romano===
 
No [[século IV]], o [[Imperador romano|imperador]] [[Constantino I|Constantino]] transferiu a sede do [[Império Romano]] de Roma para [[Constantinopla]] (atual [[Istambul]]), criando o [[Império Bizantino]] e transformando Roma na sede do [[Cristianismo]] e do [[Império Romano do Ocidente|Império do Ocidente]]. Depois da divisão do Império Romano por [[Teodósio]], em [[395|395 d.C.]], o [[Império Romano do Ocidente]] fez de [[Milão]] sua capital. Sobrevieram então as [[invasões bárbaras]]. No [[século V]], Roma foi invadida pelas tribos bárbaras dos [[godo]]s e [[lombardo]]s.
 
[[Alarico]] apoderou-se de Roma; depois, em [[476]], [[Odoacro]], rei dos [[hérulo]]s, depôs o imperador [[Rômulo Augústulo]], pondo fim ao Império Romano do Ocidente, e foi eleito rei da Itália. Em [[488]], [[Teodorico]], rei dos [[ostrogodo]]s, invadiu a [[Itália]], conquistou a península inteira ([[493]]) e se proclamou soberano absoluto; mas, após sua morte ([[526]]), seu reino entrou em decadência. [[Justiniano I]], imperador romano do Oriente, restabeleceu sua autoridade na maior parte da [[península]]: [[Ravena]] tornou-se capital da Itália. Depois de [[568]], os [[lombardo]]s, outro povo germânico, fundaram os [[ducado]]s de [[Spoleto]] e [[Benevento]]. No ano [[572]], os lombardos invadiram a península e assumiram o controle dos enclaves bizantinos, exceto a região sul da província e o exarcado de Ravena, no norte. A partir de então, a Itália teve três capitais: [[Roma]], sede do papado; [[Ravena]], onde ficava o [[exarco]], representante do imperador; [[Pavia]], onde se tinha fixado o rei lombardo.
 
==Os Lombardos==
 
Depois da morte de [[Alboim]], em [[572]], ocorreu um vazio no poder que propiciou a união de diferentes grupos sob o comando de um líder regional chamado [[duce]]. Os lombardos, como fizeram anteriormente os [[godo]]s, abraçaram o credo herético denominado [[arianismo]], o que originou contínuos confrontos religiosos com os habitantes nativos do país, majoritariamente [[católico]]s. Por fim, a conversão à fé católica do rei lombardo [[Agilulfo]] (reinou entre [[590]]-[[615]]) trouxe no seu bojo um período de relativa calma. Os lombardos, que pretendiam consolidar seu poder político, começaram a fazer incursões no território papal. Em [[754]], o [[papa Estêvão II]] pediu ajuda aos [[franco]]s, convertidos à fé católica um [[século]] antes.
 
==Dos [[Francos]] à Renascença==
 
[[Imagem:Charlemagne.jpg|right|thumb|Estátua de Carlos Magno.]]
 
Sob a forte liderança de [[Pepino, o Breve]], e posteriormente de seu filho, [[Carlos Magno]], os francos derrotaram os lombardos e depuseram seu último rei. No [[século VIII]], graças à proteção de Pepino e Carlos Magno, constituiu-se o [[Estado pontifício]]. Carlos Magno proclamou-se rei dos lombardos.
 
Em [[775]], Carlos Magno estabeleceu com o [[Papa Leão III]] o acordo que por um lado permitiu a Carlos Magno ser ungido como Imperador do [[Sacro Império Romano-Germânico|Império Sacro-Romano]] pelo Pontífice, por outro lado o comprometeu a promover a difusão do [[cristianismo]] em seus domínios, respeitando [[Roma]] como sede do cristianismo, defendendo-a inclusive das investidas do [[Império Bizantino]]; seu domínio na [[Itália]] se concentrou no [[Norte]] que passou a fazer parte do [[Dinastia carolíngia|Império Carolíngio]], enquanto ao [[sul]] de [[Roma]], os conquistadores [[Árabes|árabe]]s da [[Sicília]] e o [[Império Bizantino]] disputavam o domínio. Em [[776]], a [[Lombardia]] foi conquistada por Carlos Magno, que foi coroado imperador da Lombardia e do Sacro Império Romano-Germânico em [[800]], pelo Papa Leão III.
 
A influência [[Dinastia carolíngia|carolíngia]], entretanto, foi dificultada pelas incursões dos [[normando]]s e dos [[sarraceno]]s ([[século IX]]). Após [[875]], os imperadores renunciaram à defesa da Itália, que, dado o enfraquecimento do papado, caiu na [[anarquia]] ([[século X]]).
 
A partir de do [[século X]], as cidades do norte da atual Itália passaram a ficar mais independentes entre si, tornando-se centros [[economia|econômicos]] e [[política|políticos]] importantes.
 
Nos meados do [[século XI]], o papado reagiu, sacudindo o jugo imperial. Os longos conflitos entre o papa e o imperador ([[1073]]-[[1266]]), dos quais a Itália foi, com freqüência, o principal alvo, debilitaram, na realidade, os dois poderes, enquanto nascia (séculos [[Século XI|XI]]-[[Século XII|XII]]) uma Itália comercial e urbana independente e rica.
 
No [[século XII]], [[cidade-estado|cidades-estados]] no norte e centro da Itália apresentavam grande desenvolvimento económico e cultural, ao passo que o sul continuava a ser dominado pelos [[normando]]s e a partir de [[1176]] pelos [[Espanha|espanhóis]].
 
A partir do [[século XIII]], o poder, nas cidades, passou às mãos de potentados. Enquanto na Itália do Norte dominavam quatro grandes cidades ([[Florença]], [[Gênova]], [[Veneza]], [[Milão]]), a Itália Central estava dividida pelo [[Grande Cisma do Ocidente|grande cisma]], e a Itália do Sul, pelas lutas entre os [[angevino]]s e os [[aragoneses]] (séculos [[Século XIV|XIV]]-[[Século XV|XV]]). [[San Marino]] é um remanescente dessas cidades-estados do norte.
 
[[Imagem:Italy 1494 shepherd.jpg|thumb|A Itália em [[1494]].]]
 
No [[século XIV]], a [[península]] foi campo de batalha para os [[França|franceses]], os [[Espanha|espanhóis]] e os [[Suíça|suíços]]. No final do [[século XV]], a Itália foi invadida pela França e, mais tarde, pelo imperador [[Carlos V de Habsburgo|Carlos V]], que subjugou a maior parte do território em [[1550]]. A França, pelo [[Tratado de Cateau-Cambrésis]], renunciou às suas pretensões à parte transalpina ([[1559]]), e os espanhóis, herdeiros de [[Carlos V de Habsburgo|Carlos V]] na Itália, dominaram a península durante dois [[século]]s.
 
Apesar disso, o [[século XIV]] foi uma época de grande desenvolvimento em função da atividade comercial das quatro repúblicas marinaras, [[Veneza]], [[Génova]], [[Pisa]] e [[Amalfi]], e da atividade financeira dos banqueiros de [[Florença]]. O desenvolvimento econômico e a riqueza da Itália permitiram um grande desenvolvimento [[cultura]]l e [[Arte|artístico]], conhecido como [[Renascimento (movimento cultural)|Renascimento]], que se irradiou pela [[Europa]].
 
==Renascimento==
 
[[Imagem:Possible Self-Portrait of Leonardo da Vinci.jpg|left|thumb|Auto-retrato de [[Leonardo da Vinci]] ([[1512]]-[[1515]])]]
 
O [[Renascimento (movimento cultural)|Renascimento]] é a ponte entre e [[Idade Média]] e a [[Idade Moderna|Era Moderna]]. O Saber passou a ser o centro de todas as atenções nesta época. A Itália ofereceu à humanidade nestes séculos contribuições de Homens notáveis em muitos campos do conhecimento, como por exemplo: na [[Pintura]] e [[Escultura]]: [[Michelangelo]], [[Raffaello]], [[Tiziano]], [[Tintoretto]] e [[Leonardo da Vinci|Leonardo]]; na [[Arquitetura]]: [[Brunelleschi]]; na [[Física]]: [[Leonardo da Vinci]], talvez o génio mais eclético da [[humanidade]]; nas [[Ciência Política|Ciências Políticas]]: [[Maquiavel]]; nas [[contabilidade |Ciencias Contábeis]]: [[Luca Paciolo]].
 
A Influência da [[Igreja Católica]] continuou sendo muito grande, e por muitas vezes, Roma estabeleceu confrontos abertos com as cidades-estado apoiada por potências estrangeiras, como por exemplo, [[Papa Bórgia]], espanhol que favoreceu a influência espanhola na Itália. O país, então dividido entre cidades-estado rivais, passou a sofrer grande inflência espanhola ([[1559]]-[[1700]]).
 
O domínio espanhol e [[Áustria|austríaco]] (séculos [[Século XVII|XVII]]-[[Século XVIII|XVIII]]), o desmembramento extremo do país e o deslocamento das vias marítimas em detrimento do [[Mediterrâneo]] provocaram o declínio econômico da [[península]]. Pouco a pouco, as velhas cidades perderam sua influência em proveito do Reino do [[Piemonte-Sardenha]] ([[casa de Savóia]]).
 
 
 
==Risorgimento==
{{Ver artigo principal|[[Risorgimento]]}}
 
A oposição dos italianos ao domínio austríaco se manifestou em um sentimento cada vez mais forte em favor da unidade nacional e a independência, cujo primeiro sintoma foi o nascimento de uma rede de sociedades secretas, que desempenharam um papel de vital importância no transcurso das revoluções de 1820, fortemente reprimidas pela Áustria. Formaram-se as sociedades revolucionárias, como os [[Carbonária|Carbonários]] e a [[Jovem Itália]].
 
As insurreições liberais e nacionais não obtiveram resultado em [[1820]], [[1831]] e [[1848]]. As novas forças do [[Risorgimento]] criaram esperanças de independência dos governos austríaco e francês. Sob a liderança de homens como [[Conde de Cavour|Cavour]] (ministro-chefe de Vítor Emanuel II), [[Vítor Emanuel II]], [[Giuseppe Mazzini|Mazzini]] e [[Giuseppe Garibaldi|Garibaldi]] ([[general]] e [[herói]] italiano), a [[Risorgimento|unificação da Itália]] foi finalmente conquistada e, em [[1861]], [[Vítor Emanuel II]] foi coroado [[rei da Itália]]. A [[Risorgimento|unificação do país]], entretanto, foi concluída em [[20 de setembo]] de [[1870]], quando [[Roma]] entrou no reino. Em conseqüência da unificação, a Itália desenvolveu amplamente seus recursos econômicos e militares e criou um império colonial na [[África]] ([[Eritréia]], [[Somália]] Italiana e [[Líbia]]).
 
Num esforço para juntar-se à ''Escalada para a África'', o ''premier'' e ministro dos Assuntos Exteriores italiano, [[Francesco Crispi]], reivindicou ([[1889]]) a colônia da [[Eritreia|Eritréia]], mas o malogrado avanço para a [[Etiópia]] culminou em uma derrota decisiva ([[1896]]) na [[batalha de Adowa]].
 
Durante a [[guerra turco-italiana]] ([[1911]]-[[1912]]), a Itália conquistou o norte de [[Trípoli]] e em 1914 havia ocupado grande parte da [[Líbia]], declarando-a parte integral do país em [[1939]]. A Itália criou um império colonial na África ([[Eritréia]], [[Somália]] Italiana e [[Líbia]]).
 
==Fascismo==
 
[[Imagem:Benito Mussolini and Adolf Hitler.jpg|thumb|right|[[Benito Mussolini]], à direita de [[Adolf Hitler]].]]
 
{{Ver artigo principal|[[Itália fascista]]}}
 
Depois da [[Primeira Guerra Mundial]], da qual participou ao lado dos Aliados, de [[1915]] a [[1918]], a Itália conquistou [[Trentino]] e parte do [[Tirol]], e depois [[Fiume]]. Em [[1922]] (marcha sobre Roma), [[Benito Mussolini|Mussolini]] instaurou um regime totalitário, o [[fascismo]].
 
Mussolini, consolidou a unificação italiana com o "''Concordato''" com a Igreja católica que abriu mão de grande parte de seu território, restringindo o Estado do [[Vaticano]] a uma pequena área na Cidade de Roma.
 
O ditador Mussolini estava determinado a criar um império italiano, invadiu com sucesso a Etiópia ([[1935]]), ligando-a à [[Eritréia]] e à [[Somália]] Italiana para formar a [[África Oriental Italiana]], e a [[Albânia]] ([[1939]]).
 
Em junho de [[1940]], sonhando com a união completa da Itália “irredentista”, Mussolini entrou na [[Segunda Guerra Mundial]] ao lado do [[Japão]] e da [[Alemanha]] de [[Adolf Hitler|Hitler]], com a qual tinha constituído desde [[1936]] o [[Eixo (história)|Eixo Roma–Berlim]]. Mas os reveses das potências do Eixo, a perda de seu império no norte da África e o desembarque aliado na Sicília trouxeram a queda e a prisão de Mussolini por ordem do rei ([[1943]]); um governo presidido pelo [[marechal]] [[Badoglio]] assinou o armistício e declarou guerra à Alemanha. O [[Duce]], libertado pelos alemães, constituiu um governo neofascista na Itália do Norte; mas, com o avanço aliado na península, foi detido e executado pelos patriotas antifascistas em abril de [[1945]].
 
==A república==
{{Ver artigo principal|[[Itália republicana]]}}
 
Em [[1946]], depois da abdicação de [[Vítor Emanuel III da Itália|Vítor Emanuel III]] e do efêmero reinado de [[Humberto II da Itália|Humberto II]], a [[república parlamentarista]] foi proclamada na Itália após um [[plebiscito]] ([[2 de junho]] de [[1946]]). A [[Assembléia Constituinte]] redigiu o rascunho da [[Constituição]] que entrou em vigor em [[1 de janeiro]] de [[1948]]. A campanha eleitoral que se seguiu à aprovação da mesma coincidiu com uma intensificação da [[Guerra Fria]] e levou a Itália à beira da [[guerra civil]].
 
 
O período imediatamente após a guerra foi marcado por um crescimento econômico impressionante e uniforme, mas também por instabilidade política, caracterizada por freqüentes mudanças de governo. A restauração [[política]] e [[economia|econômica]] do país foi conseguida por [[De Gasperi]], chefe dos democratas-cristãos ([[1946]]-[[1953]]). Apesar da instabilidade política e de numerosas dificuldades de ordem social, a Itália recuperou-se amplamente no plano econômico e acabou por se tornar membro fundador da [[Comunidade Econômica Européia]] ([[CEE]]) - atual [[União Européia]] - e da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] ([[OTAN]]), fundada em [[4 de abril]] de [[1949]]. Em [[14 de dezembro]] de [[1955]], a Itália tornou-se um membro da [[Organização das Nações Unidas]] ([[ONU]]).
 
[[Imagem:Aldo Moro br.jpg|thumb|O Primeiro Minstro italiano [[Aldo Moro]].]]
 
Em [[1963]], os elementos moderados do [[Partido Socialista Italiano]] ([[PSI]]) sob a direção de [[Nenni]], concordaram em fazer parte de um governo de centro-esquerda, fato que não ocorria desde [[1947]]. O democrata-cristão Aldo Moro formou então um governo de coalizão com a participação de quatro partidos e ele mesmo assumiu o cargo de [[primeiro-ministro]].
 
O [[Partido Comunista Italiano]] ajustou-se com sucesso à democracia, mas durante a [[década de 1970]] o [[terrorismo]] político, apoiado inclusive pela [[Máfia]], organização criminosa de origem secular, passou a criar grande insegurança, realizando seqüestros e atentados políticos. O mais emblemático foi o sequestro e assassinato do Primeiro Minstro [[Aldo Moro]] pelas [[Brigadas Vermelhas]], organi titucional e a Itália emprendeu uma operação exemplar para reduzir a corrupção e eliminar zação terrorista de esquerda. Este assassinato provocou uma profunda reformulação política na Itália, onde os governos da república, formados desde [[1946]], por coalizões dominadas pelos democratas cristãos, evidenciavam sua incompetência, sofrendo acusações de [[Corrupção política|corrupção]].
 
Em [[1981]], [[Giovanni Spadolini]], líder do Partido Republicano, converteu-se no primeiro-ministro democrata-cristão depois da [[Segunda Guerra Mundial]]. As crises do governo de [[1983]] levaram à formação de um novo governo sob a direção de [[Bettino Craxi]], o primeiro ministro socialista desde a guerra. Em [[1984]], sob sua direção, o governo firmou um acordo com o [[Vaticano]] com o qual a religião católica deixou de ser a oficial do país.
 
Em [[1985]], com a vitória dos democratas-cristãos, [[Francesco Cossiga]] (1985-[[1992]]) foi eleito presidente, sucedendo ao socialista [[Sandro Pertini]]. Como [[primeiro-ministro]], manteve-se o socialista [[Bettino Craxi]], até [[1987]], quando renunciou; sucederam-lhes os democratas-cristãos.
 
Francesco Cossiga convocou uma reforma contra a [[Máfia]]. Este processo foi longo e penososo, provocando inclusive o [[assassinato]] do [[juiz]] [[Giovanni Falcone]], responsável pela prisão de mafiosos. Em [[1988]] e [[1989]], vários brigadistas foram condenados à prisão.
 
Em [[1991]], o P.C.I. transformou-se em [[Partido Democrático de Esquerda]]. Intensificou-se a luta contra a Máfia. A partir de então data [[1992]], o país aprofundou com sucesso a "''[[Operação Mãos Limpas]]''", expulsando da vida política e econômica do país personalidades envolvidas com a Máfia e a [[Corrupção política|corrupção]].
 
[[Imagem:Berlusconi small2.jpg|thumb|O magnata dos meios de comunicação Silvio Berlusconi.]]
 
Nas eleições de [[1994]] uma coalizão de partidos de direita, a [[Aliança Liberdade]], saiu vitoriosa. A Aliança Liberdade é formada pela [[Liga Norte]] (anteriormente chamada Liga Lombarda), a [[Aliança Nacional]] e o partido ''[[Força Itália]]'', criado pelo magnata da mídia [[Silvio Berlusconi]], que ocupou o cargo de [[primeiro ministro]]. Sete meses depois foi forçado a renunciar, havendo sido eleito para o cargo o economista [[Lamberto Dini]], o qual saneou as finanças e governou um ano com ministério técnico. Dini renunciou em janeiro de [[1996]], sendo sucedido por [[Antonio Maccanico]].
 
Nas eleições gerais celebradas no início de [[1996]] foi vencedora a coalizão de centro-esquerda [[O Olivo]], que levou [[Romano Prodi]] à presidência do Conselho. Em [[13 de maio]] de [[1999]], [[Carlos Azegio Ciampi]] foi eleito décimo presidente da República da Itália. Ciampi é um político independente que contou, nessas presidenciais, com o apoio da coalizão de centro-esquerda e da oposição de centro-direita liderada por Silvio Berlusconi. Elegeu-se por uma ampla margem de votos no primeiro turno (707 votos de 1.010 eleitores), o que não é comum na Itália. Os analistas atribuem o grande apoio com que contou à sua imagem de economista brilhante e trabalhador e à sua independência política.
 
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