Caiapós: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|prefixo=se procura|pela língua falada pelos caiapós|língua caiapó}}
{{Info/Grupo étnico
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}}
Os '''caiapós''',<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 313.</ref> também conhecidos como '''kayapó''', '''kaiapó''' e '''mebêngôkre''' ([[endônimo]]),<ref>''Povos indígenas no Brasil''. Disponível em https://pib.socioambiental.org/pt/povo/kayapo/177. Acesso em 13 de junho de 2016.</ref> são um grupo [[Povos indígenas do Brasil|indígena]] habitante da [[Amazônia]] [[brasil]]eira.
 
== Denominação ==
O termo ''Kayapó'' é um [[exônimo]] que data do início do [[século XIX]], tendo sido criado por grupos indígenas vizinhos desta etnia. Significa 'homens semelhantes aos macacos' e está, provavelmente, ligado a certos rituais do grupo, nos quais os homens dançam usando máscaras de macaco. O [[endônimo]] dos chamados ''kayapó'' é ''mebengokre'', que significa, literalmente, 'homens do buraco (ou poço) d'água'.<ref>''[[Povos indígenas no Brasil]]''. [[Instituto Socioambiental]]. [http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kayapo/177 Nome]</ref><ref>[http://www.encontrodeculturas.com.br/2012/artista/kayapo-mebengokre Kayapó / Mebêngôkre]. Site do XII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros.</ref>
 
== Subgrupos ==
Os caiapós são um grupo indígena [[brasil]]eiro que se divide nos subgrupos:[[caiapó-aucre|kayapó-aucre]], [[caiapó-cararaô|kayapó-cararaô]], [[caiapó-cocraimoro]], [[caiapó-cubem-cram-quem]], [[caiapó-gorotire]], [[caiapó-mecranoti]], [[caiapó-metuctire]], [[caiapó-pau-d'arco]], [[caiapó-quicretum]] e [[caiapó-xicrim]]. No passado, eram também chamados de [[coroados]], e os de [[Mato Grosso]], [[coroás]].
 
== Economias ==
Sua principal atividade econômica é a [[agricultura itinerante]] praticada por homens, mulheres e meninos. Através do método de desbravar e queimar (queimada), cada par limpa um local na floresta de cerca de cinquenta por trinta metros onde estabelecem seu ''suru'', uma horta na qual semeiam [[batata]], [[cará]], [[mandioca]], [[algodão]], [[milho]] e, ao lado das árvores, plantam [[cupá]], uma videira com [[gavinha]]s comestíveis. Alguns grupos introduziram em suas hortas [[arroz]], [[feijão]], [[mamão]] e [[tabaco]]. Usam fertilizantes e pesticidas.
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== Organização social ==
[[FicheiroImagem:Cacique Caiapó Akiaboro.jpg|left|thumb|Em 2 de junho de 2010, o cacique Akiaboro, líder geral de todas as aldeias Caiapó, fala à imprensa após participar da 13ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Política Indigenista. Foto:Renato Araújo/[[Agência Brasil|ABr]].]]
[[FileImagem:Kayapo 3067a.JPG|thumb|Jovens índias caiapós do Pará participando de cerimônia]]
Cada comunidade é independente das demais, mas todas apresentam a mesma estrutura. Se constrói uma aldeia com uma praça central para as festas e, ao redor, as casas de cada família. O ''ngobe'' é a casa dos homens, situada no extremo norte da praça, onde eles se reúnem, praticam trabalhos artesanais e pernoitam. Os homens se dividem em dois lados, cada um com um ''benadióro'' (chefe) e seus ''oopen'' (partidários).
 
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Muitos relatos explicam os fatos culturais, desde a obtenção do fogo até a casa da [[onça-pintada]]. As danças são levadas muito a sério, pois explicam a relação com a natureza, a sociedade e a história. Não usam bebidas fermentadas nem plantas alucinógenas.
 
== História ==
Ocupantes desde tempos imemoriais da região da [[Bacia hidrográfica|bacia]] inferior do [[rio Tocantins]], no começo do [[século XIX]] os caiapós começaram a sofrer ataques dos homens [[brancos]], que mataram e [[Escravidão indígena no Brasil|escravizaram]] muitos caiapós. Ainda que mais numerosos que os invasores, as [[borduna]]s dos caiapós nada podiam fazer diante dos [[mosquete]]s dos invasores. Como resultado, os caiapós [[Migração humana|migraram]] para o oeste. Trinta anos depois, porém, os homens brancos voltaram a atacar os caiapós. Desta vez, houve uma cisão entre os caiapósː uma parte deles queria estabelecer a paz com os homens brancos, e outra parte queria continuar a fuga para o oeste. Os caiapós que optaram pela relação amistosa com os brancos desapareceram, em grande parte vitimados por [[peste]]s trazidas pelos brancos. Nas décadas de [[Década de 1950|1950]] e [[Década de 1960|1960]], houve uma tentativa de aproximação por parte de agentes do governo brasileiro com a intenção de pacificar os caiapós. Como resultado, hoje, a maior parte dos caiapós está em contato permanente com a sociedade brasileira.<ref>''Povos indígenas no Brasil''. Disponível em https://pib.socioambiental.org/pt/povo/kayapo/181. Acesso em 13 de junho de 2016.</ref> Nos [[Década de 1980|anos 1980]], dois caiapós se tornaram conhecidos do grande públicoː [[Tutu Pombo]] e [[Raoni]]. O primeiro, como o primeiro líder indígena brasileiro a explorar comercialmente as [[Terras indígenas|reservas indígenas]], ao permitir a extração de ouro e [[mogno]] em troca de dinheiro. O segundo, como um defensor do meio ambiente e do modo de vida tradicional indígena.
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== Ver também ==
{{Commons|Category:Kayapo}}
* [[Usina Hidrelétrica de Belo Monte]]
* [[Lista de povos indígenas brasileiros]]
* [[Paulinho Paiakã]]
 
{{Referências|col=2}}
 
== Ligações externas ==
{{Correlatos
| commonscat = Kayapo
}}
*[http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kayapo Verbete Kayapó - Povos Indígenas no Brasil. Instituto Socioambiental]
 
{{referências}}
 
{{Povos indígenas do Brasil|estado=autocollapse}}