João Chagas: diferenças entre revisões

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Por ocasião do [[ultimato britânico de 1890]], adere ao [[Partido Republicano Português]], sendo no ano seguinte implicado na [[Revolta de 31 de Janeiro de 1891]]. Foi [[degredado]] para [[África Ocidental Portuguesa|Angola]], fugiu para o [[República Velha|Brasil]], e continuou a lutar pela causa republicana.
 
[[File:João Chagas nas suas horas de leitura, c. 1910-11.png|thumb|left|250px|"João Chagas nas suas horas de leitura", fotografia de [[Joshua Benoliel]] (c. 1910)]]
 
Chagas viria a fundar em Lisboa ''[[A Marselhesa (semanário)|A Marselhesa]]'' <ref>{{Citar web |autor=Rita Correia |data=28 de abril de 2006 |título=Ficha histórica:A marselheza : supplemento de caricaturas (1897-1898)|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AMarselheza.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=12 de Setembro de 2016}}</ref> (1897-1898) e a ser director de ''O País'' (1898), ''A Lanterna'' (1899) ou ''Batalha'' (1900).<ref name="CMP"/> Entre outros exemplos de colaboração em publicações periódicas, citem-se os títulos ''[[O Berro|O Berro]]''<ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=26 de Setembro de 2012 |título=Ficha histórica: O Berro : caricaturas de Celso Herminio (1896)|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/OBerro.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |data=26 de Setembro de 2012 |acessodata=077 de Julho de 2014}}</ref> (1896) e ''Branco e Negro''<ref>[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/BrancoeNegro/BrancoeNegro.htm Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898) cópia digital, Hemeroteca Digital]</ref> (1896-1898) e ''[[A Paródia (jornal)|A Paródia]]''<ref >{{Citar web |autor= Álvaro Costa de Matos|data=11-07-2013 |título=Ficha histórica:A paródia. |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Parodia.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=19 de Maio de 2014}}</ref> de Rafael Bordalo Pinheiro (1900-1907).
 
Tendo sido um dos mais activos oponentes da ditadura de [[João Franco]], entre 1906 e 1908, com o [[Implantação da República Portuguesa|triunfo da República]], em 1910, João Chagas foi nomeado representante diplomático português em [[Paris]], cargo do qual acabou por se demitir, em duas ocasiões, por discordar do modelo político seguido pelos governantes.<ref name="cent">{{Citar web |autor=Plano Nacional de Leitura |URL=http://centenariorepublica.pt/escolas/personalidade-republica/jo%C3%A3o-pinheiro-chagas |título=República nas escolas: João Pinheiro Chagas |publicado=Centenário da República Portuguesa (1910-2010) (Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República) |data=2010 |acessodata=5 de Maio de 2014}}</ref>
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=== Tentativa de assassínio ===
Em 1915, na sequência da [[Revolta de 14 de Maio de 1915]], o senador [[João José de Freitas]] decidiu eliminar João Pinheiro Chagas, então indigitado para substituir o general [[Pimenta de Castro]] na presidência do Governo. Na estação da Barquinha, nos arredores do [[Entroncamento]], na noite de 16 para 17 de Maio entrou na carruagem onde viajava o potencial chefe do novo governo acompanhado pela esposa e desferiu cinco tiros de pistola, três dos quais atingiram João Pinheiro Chagas de raspão na cabeça e arrancaram-lhe um olho.<ref>Sobre o atentado, João Pinheiro Chagas escreveria: ''Recebi três tiros dos cinco que despejou sobre mim, de surpresa, estando eu sentado ao lado de minha mulher, num compartimento de primeira classe. Em resultado desta agressão, perdi o olho direito. (...) Dez dias, creio eu, estive num quarto do hospital de São José. Minha mulher não me abandonou um minuto. Durante dez dias não dormiu. Nos meus curtos sonos senti sempre a sua mão na minha e nunca pronunciei o seu querido nome que a sombra do seu rosto não se projectasse sobre o meu. Quando os meus médicos, já tranquilizados, começaram a desaparecer, foi ela que os substituiu, quem fez o penso do meu braço ferido e partido, quem tratou o meu olho despedaçado.'' Cf: ''Diário de João Chagas, 1915-1917'', Lisboa : Livraria Editora, 1930.</ref>. O senador transmontano foi, entretanto, dominado pelo Dr. [[Paulo José Falcão]] que viajava com Chagas. Entregue à [[Guarda Nacional Republicana]], que entretanto acorrera, João de Freitas, ainda tentou fugir e pegar, de novo, na pistola. Mas acabou por ser atacado por populares, sendo abatido pela GNR com um tiro de carabina.<ref>''Terra Quente'', edição de 15 de Maio de 2002.</ref>. Segundo o periódico evolucionista ''A Vanguarda'' do dia imediato, o linchamento de João José de Freitas foi um lento martírio, já que até fel lhe deram a beber antes de o matarem.<ref>[[Raul Brandão]] afirma: ''No comboio prenderam-no, agarraram-no e entregaram-no aos [[sicários]], que o mataram lentamente, no Entroncamento. Arrancaram-lhe as barbas e torturaram-no até ao último suspiro. Por fim enterraram-no como um cão, por ordem do administrador de Torres Novas''. Cf.: Raul Brandão, ''Memórias'', volume III, pp. 72-79. Lisboa : Seara Nova, 1933.</ref>.
 
=== Falecimento ===