Salinas de Aveiro: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Aveiro-Récolte de sel-1967 07 29 29.jpg|thumb|Salinas de Aveiro em 1967.]]
* '''Sal''' - Produto 100% artesanal em que o seu processo de produção está dependente apenas de condições naturais e de intervenção humana. O resultado é um sal de excelente sabor, textura e sob uma forma de apresentação mais virgem. A extracção manual do sal é executada por marnotos com instrumentos de madeira não tratada, não existindo assim contacto com qualquer tipo de metais ou substancias que adulterem o genuíno sabor do sal.<ref>{{citar web |url=http://www.saldosol.net/home/index.php?option=com_content&view=article&id=8&Itemid=25 |título=Ilha dos Puxadoiros |acessodata=28-03-2012 |autor= |data=2010 |obra=Sal do Sol |língua=português }}</ref>
 
* '''Usado em cosmética''' - O [[sal marinho]] de Aveiro é um dos componentes utilizado em produtos de cosmética. Alguns dos exemplos são: sabão de sal, sais de banho, cremes hidratantes, esfoliantes, bronzeadores e ''after-shaves''. Estes produtos são cem por cento naturais, já que o sal usado é produzido de forma tradicional não sendo submetido a tratamentos prévios.<ref name=verportugal>{{citar web |url=http://www.verportugal.net/Aveiro/Aveiro/MadeIn/Alimentacao |título=Aveiro: Salinas são referência no concelho |acessodata=28-03-2012 |autor= |data=2012 |obra=VerPortugal |língua=português}}</ref>
 
* '''Flor de sal''' - Trata-se da fina camada que flutua à superfície das salinas. Os primeiros e frágeis cristais são extraídos, diariamente, de forma cuidadosa. Antes de serem embalados são secos ao sol. A [[flor de sal]] é, por norma, usada em saladas, sopas, legumes cozidos e pratos de peixe ou carne grelhados, por forma a acentuar o sabor dos alimentos.<ref name=verportugal/>
* '''Salicórnia''' - A exploração dos recursos vegetais das zonas salgadas estuarinas, teve o seu ponto alto na época da apanha do [[moliço]]. Contudo, a utilização destas plantas, nomeadamente na alimentação e medicina, só recentemente tem vindo a ser explorada no nosso país, embora já seja uma realidade no estrangeiro com mais de uma década de existência. A ''Salicornia ramosissima'', conhecida como salicórnia ou erva-salada, é uma planta anual de cerca de 3-40 3–40&nbsp;cm de estatura, caules carnudos e agradável sabor salgado, com distribuição por todo o litoral de [[Portugal Continental]], encontrando-se habitualmente nas margens dos canais e salinas da Ria de Aveiro. Várias espécies de salicórnia têm vindo a ser utilizadas na alimentação, não só em saladas, ou mesmo como "sal verde" em substituição do sal de cozinha. Vários estudos científicos internacionais sugerem diversas propriedades medicinais para algumas das suas espécies, tais como actividade anti-oxidanteantioxidante, anti-tumoralantitumoral, diurética e repositora de electrólitos. Para muitos, esta erva é uma ilustre desconhecida, mas em alguns países da Europa tem o estatuto de ''[[gourmet]]'' e é utilizada por ''[[chef]]s'' em restaurantes de luxo como substituto do sal em saladas ou mesmo em pratos mais complexos, como produto fresco ou em conserva ([[picles]]).<ref>{{citar web |url=http://www.saldosol.net/home/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=2 |título=Salicornia |acessodata=28-03-2012 |autor= |data=2010 |obra=Sal do Sol |língua=português}}</ref>
 
* '''Salicórnia''' - A exploração dos recursos vegetais das zonas salgadas estuarinas, teve o seu ponto alto na época da apanha do [[moliço]]. Contudo, a utilização destas plantas, nomeadamente na alimentação e medicina, só recentemente tem vindo a ser explorada no nosso país, embora já seja uma realidade no estrangeiro com mais de uma década de existência. A ''Salicornia ramosissima'', conhecida como salicórnia ou erva-salada, é uma planta anual de cerca de 3-40 cm de estatura, caules carnudos e agradável sabor salgado, com distribuição por todo o litoral de [[Portugal Continental]], encontrando-se habitualmente nas margens dos canais e salinas da Ria de Aveiro. Várias espécies de salicórnia têm vindo a ser utilizadas na alimentação, não só em saladas, ou mesmo como "sal verde" em substituição do sal de cozinha. Vários estudos científicos internacionais sugerem diversas propriedades medicinais para algumas das suas espécies, tais como actividade anti-oxidante, anti-tumoral, diurética e repositora de electrólitos. Para muitos, esta erva é uma ilustre desconhecida, mas em alguns países da Europa tem o estatuto de ''[[gourmet]]'' e é utilizada por ''[[chef]]s'' em restaurantes de luxo como substituto do sal em saladas ou mesmo em pratos mais complexos, como produto fresco ou em conserva ([[picles]]).<ref>{{citar web |url=http://www.saldosol.net/home/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=2 |título=Salicornia |acessodata=28-03-2012 |autor= |data=2010 |obra=Sal do Sol |língua=português}}</ref>
 
* '''Projecto educativo''' - Através de visitas pedagogicamente integradas de escolas, e grupos de estudantes, promovendo o estudo do ecosistema da ria de Aveiro.
 
* '''Aquacultura''' - Desenvolvimento de actividades de [[aquicultura]] de espécies autóctones da Ria de Aveiro.
 
* '''Turismo e lazer''' - Componente turística baseada na divulgação cultural das factividades tradicionais da ria e turismo da Natureza (observação de aves), bem como numa componente específica da pesca desportiva.
 
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Reconhecendo o valor das salinas como elemento do [[património cultural]] e natural, várias universidades, centros de investigação, autarquias e museus do [[Reino Unido]], [[França]], [[Espanha]] e [[Portugal]], lançaram um projecto europeu designado Ecosal Atlantis, enquadrado no programa europeu INTERREG IVB, cuja ideia central é desenvolver uma rota turística pelas salinas tradicionais do Atlântico.
 
Em Portugal, a parceria é constituída pela [[Universidade de Aveiro]], Museu da Cidade de Aveiro, Município de Aveiro e outros municipiosmunicípios.<ref name=Neves>{{citar web |url=http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/7959.pdf|título=Ecosal Atlantis – Paisagens e memórias das salinas do Atlântico, propostas de gestão para uma rota do sal tradicional do Atlântico |acessodata=28-03-2012 |autor=NEVES, Renato|data= |obra= |língua=português}}</ref>
 
O projecto pretende promover o [[ecoturismo]] nas salinas como estratégia de desenvolvimento sustentado através da valorização do sal, do património e da [[biodiversidade]] e ao mesmo tempo disseminar a ideia da importância e dos valores associados às salinas. Isto é, o sal do Atlântico procura a valorização de uma actividade de cariz tradicional, tendo subjacente o reconhecimento do produto ao nível comunitário, a que se associa a sua forte vertente cultural e natural.