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Isabel de Aragão, Rainha de Portugal
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Disambig grey.svg Nota: Para outras santas de mesmo nome, veja Santa Isabel.
D. Isabel
Rainha de Portugal
Infanta de Aragão
Santa Isabel, rainha de Portugal.
Santa Isabel de Portugal, Francisco de Zurbarán,
c. 1635 (Museu do Prado)
Consorte
Dinis I de Portugal
Casa
Barcelona-Aragão
Nascimento
4 de janeiro de 1271
Saragoça, Reino de Aragão
Morte
4 de julho de 1336 (65 anos)
Estremoz, Portugal
Enterro
Convento de Santa Clara-a-Nova, Santa Clara e Castelo Viegas, Coimbra, Portugal
Filho(s)
Constança de Portugal
Afonso IV de Portugal
Pai
Pedro III de Aragão
Mãe
Constança da Sicília
Isabel de Aragão OSC (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Yzabel; Saragoça, 4 de janeiro de 1271 — Estremoz, 4 de julho de 1336), foi uma infanta aragonesa, que viveu desde 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal como consorte de D. Dinis I. Ficou para a história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.
 
Índice [esconder]
1 Origens
2 Casamento
3 Rainha da paz
4 Falecimento e legado
5 A lenda do milagre das rosas
6 Bibliografia
7 Referências
8 Ligações externas
Origens[editar | editar código-fonte]
Isabel era a filha mais velha do rei Pedro III de Aragão e de Constança de Hohenstaufen, princesa da Sicília. Por via materna, era descendente de Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstaufen, rei da Sicília, filho de Frederico II.
 
Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, e Frederico II da Sicília. Para além disso, foi sobrinha materna de Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica.
 
Casamento[editar | editar código-fonte]
 
Rainha Santa Isabel ao lado de Dom Dinis, com rosas no regaço
D. Dinis I de Portugal tinha 17 anos quando subiu ao trono e, pensando em casamento, convinha-lhe Isabel de Aragão, tendo por isso enviado uma embaixada a Pedro de Aragão em 1280. Formavam-na João Velho, João Martins e Vasco Pires. Quando lá chegaram, estavam ainda à espera de resposta enviados dos reis de França e de Inglaterra, cada um desejoso de casar com Isabel um dos seus filhos. Aragão preferiu entre os pretendentes aquele que já era rei.
 
A 11 de fevereiro de 1282, com 12 anos, Isabel casou-se então por procuração com o soberano português D. Dinis em Barcelona, tendo celebrado a boda ao passar a fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de junho do mesmo ano. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa).
 
Por carta de arras datada de 24 de abril de 1281 Isabel de Aragão recebeu de seu noivo, como dote, as vilas de Abrantes, Óbidos, Alenquer, e Porto de Mós. Posteriormente deteve ainda os castelos de Vila Viçosa, Monforte, Sintra, Ourém, Feira, Gaia, Lamoso, Nóbrega (actualmente Ponte da Barca), Santo Estêvão de Chaves, Monforte de Rio Livre, Portel e Montalegre, para além de rendas em numerário e das vilas de Leiria e Arruda (1300), Torres Novas (1304) e Atouguia da Baleia (1307). Eram ainda seus os reguengos de Gondomar, Rebordões, Codões, para além de uma quinta em Torres Vedras e da lezíria da Atalaia.
 
 
Santa Isabel de Portugal Curando as Feridas de uma Enferma, Francisco Goya y Lucientes, 1799.
Segundo uma história apócrifa, D. Dinis não lhe teria sido inteiramente devotado e visitaria damas nobres na região de Odivelas. Ao saber do sucedido, a rainha ter-lhe-á apenas respondido: Ide vê-las, Senhor. Com os tempos, de acordo com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las teria originado o moderno topónimo Odivelas. Contudo, esta interpretação não é sustentada pelos linguistas.
 
Do seu casamento com o rei D. Dinis teve dois filhos:
 
Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
Rainha da paz[editar | editar código-fonte]
 
A chegada da Rainha Santa Isabel à Catedral de Santiago de Compostela.
 
A rainha deposita a sua coroa aos pés do Arcebispo de Santiago de Compostela.
Na década de 1320, o infante D. Afonso, herdeiro do trono, sentiu a sua posição ameaçada pelo favor que o rei D. Dinis demonstrava para com um seu filho bastardo, Afonso Sanches. O futuro D. Afonso IV declarou abertamente a intenção de batalhar contra o seu pai, o que quase se concretizaria na chamada peleja de Alvalade. No entanto, a intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em 1325 nessa mesma povoação dos arredores de Lisboa, foi evitado um conflito armado que teria instabilizado o reino.
 
D. Dinis morreu em 1325 e, pouco depois da sua morte, Isabel terá peregrinado ao santuário de Santiago, em Compostela na Galiza, fazendo-o montada num burro, e a última etapa a pé, onde ofertou muitos dos seus bens pessoais. Há historiadores que defendem a ideia que lá se terá deslocado duas vezes.
 
Recolheu-se por fim no então Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, vestindo o hábito da Ordem das Clarissas mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336.
 
Nessa altura, Afonso declarou guerra ao seu sobrinho, o rei D. Afonso XI de Castela, filho da infanta Constança de Portugal, e portanto neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua mulher D. Maria, filha do rei português. Não obstante a sua idade avançada e a sua doença, a rainha Santa Isabel dirigiu-se a Estremoz, cavalgando na sua mula por dias e dias, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos desavindos e evitou a guerra. No entanto, a paz chegaria somente quatro anos mais tarde, com a intervenção da própria Maria de Portugal, por um tratado assinado em Sevilha em 1339.
 
Falecimento e legado[editar | editar código-fonte]
Santa Isabel de Portugal
 
A Rainha Santa Isabel vestida com
o seu hábito religioso e com uma
representação do milagre das rosas
Rainha de Portugal
Ordem das Clarissas
Veneração por Igreja Católica
Comunhão Anglicana[1]
Beatificação 1516 por Papa Leão X
Canonização 1625 por Papa Urbano VIII
Principal templo Igreja da Rainha Santa Isabel no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra, [Mosteiro de Santa Clara-a-Velha] e capela do Castelo de Estremoz
Festa litúrgica 4 de julho
Atribuições Representada como rainha de Portugal, com rosas no regaço do vestido ou vestida com o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, com o bordão de peregrina a Santiago de Compostela.
Padroeira
Coimbra (Portugal)
Diocese de Tenerife (Espanha)
Basilan (Filipinas)
Heliodora/MG (Brasil)
Gloriole.svg Portal dos Santos
Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de julho de 1336, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, onde em 1995 foi iniciada uma escavação arqueológica, após ter estado por 400 anos parcialmente submerso pelo rio Mondego.
 
Segundo uma história hagiográfica, sendo a viagem demorada, havia o receio de o cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador, o ataúde começou a abrir fendas, pelas quais elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que em vez do mau cheiro esperado, saía um aroma suavíssimo do ataúde. O seu marido, D. Dinis, repousa no Mosteiro de São Dinis em Odivelas.
 
 
Túmulo da Rainha Santa Isabel por Mestre Pero, hoje no Convento de Santa Clara-a-Nova
Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua canonização, pelo Papa Bento XIV em 1742. É reverenciada a 4 de julho, data do seu falecimento.
 
Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à trasladação do corpo da Rainha Santa. O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal, mandado fazer depois da trasladação para Santa Clara-a-Nova.
 
No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no castelo de Estremoz.
 
Actualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É ainda padroeira da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua memória (4 de julho), e também em outras localidades fora de Portugal, como é o caso da província filipina de Basilan[2]. Alfredo Marceneiro dedicou-lhe o fado Rainha Santa, com letra de Henrique Rego. Desde a criação em 1819 da diocese de San Cristóbal de La Laguna também chamada diocese de Tenerife (Ilhas Canárias), Santa Isabel de Portugal é co-padroeira da mesma e da catedral diocesana por Bula do Papa Pio VII.[3]
 
O seu túmulo, bem como o Mosteiro Novo de Santa Clara (Santa Clara-a-Nova), está confiado à guarda da Confraria da Rainha Santa Isabel.
 
A lenda do milagre das rosas[editar | editar código-fonte]
 
Estátua da Rainha Santa Isabel na igreja do Palácio Nacional de Mafra
A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo do Sabugal numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor!. Desconfiado, D. Dinis inquirido: Rosas, em Janeiro?. D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que ocultara.
 
A época exacta do aparecimento desta lenda na tradição portuguesa não está determinada. Não consta de uma biografia anónima sobre a rainha escrita no século XIV, mas circularia oralmente pelo país nas últimas décadas desse século. O mais antigo registo conhecido é um retábulo quatrocentista conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha.
 
Isabel de Aragão, Rainha de Portugal levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas. Isabel de Aragão, Rainha de Portugal
— Crónica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562
O primeiro registo escrito do milagre das rosas encontra-se na Crónica dos Frades Menores.
 
Em meados do século XVI a lenda já tinha sido amplamente difundida, e foi ilustrada por uma pintura anónima, conhecida por Rainha Santa Isabel, no Museu Machado de Castro de Coimbra, e por uma iluminura da Genealogia dos Reis de Portugal de Simão Bening sobre desenho de António de Holanda. No século XVII surgem mais dois trabalhos anónimos retratando a rainha, a pintura a óleo no átrio do Instituto de Odivelas e o retábulo do Mosteiro do Lorvão.
 
Note-se que da sua tia materna, Santa Isabel da Hungria, e assim como da Santa Cacilda[4] e da Santa Zita[5], se conta uma lenda muito idêntica à do Milagre das Rosas.
 
Também reza-se a história nos Açores que pela sua bondade ao alimentar os pobres se criou as tradicionais Festas de Espírito Santo que ocorre nas ilhas dos Açores entre Maio e Setembro de cada ano.
 
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
A primeira biografia de Isabel de Aragão foi escrita logo após a sua morte, por alguém próximo à rainha, talvez o seu confessor Frei Salvado Martins, bispo de Lamego, ou uma das aias de Santa Clara. É geralmente conhecida por Lenda ou Relação, mas apesar de o original se ter perdido, o Museu Machado de Castro conserva uma cópia quinhentista, manuscrita e iluminada, com o título: Livro que fala da boa vida que fez a Rainha de Portugal, Dona Isabel, e seus bons feitos e milagres em sua vida, e depois da morte.
 
Esta obra, de natureza hagiográfica, serviu de base às biografias e crónicas posteriores, incluindo a Crónica de 1419 e as Crónicas de D. Dinis e de D. Afonso IV, de Rui de Pina. Foi publicada no século XVII por Frei Francisco Brandão, na parte VI da Monarquia Lusitana.
 
Referências
Ir para cima ↑ "Normas para o Ano Cristão". Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. 27 de novembro 2014. Disponível em: [1]. Página visitada em 20 de julho de 2015.
Ir para cima ↑ «Fiestas and Festivals». Provincial Government of Basilan
Ir para cima ↑ Patrimonio e historia de la antigua Catedral de La Laguna.
Ir para cima ↑ Santa Cacilda, princesa moura, eremita, +1007, evangelizo.org, 8 de Abril de 2013
Ir para cima ↑ Santa Zita, virgem, +1278, evangelizo, 27 de Abril de 2013
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
 
O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Isabel de Aragão, Rainha de Portugal
Confraria da Rainha Santa Isabel
Isabel de Aragão, Rainha Santa: da História ao Mito, M. Lourdes Cidraes (em português)
A Rainha Isabel nas estratégias políticas da Península Ibérica: 1280-1336, José Carlos Gimenez, Fátima Regina Fernandes Frighetto, Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes - Programa de Pós-Graduaçăo em História (em português)
Monarquia Lusitana, Frei Bernardo de Brito et al., Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1973-1988 (8 volumes) (em português)
Precedida por:
Beatriz de Castela PortugueseFlag1248.svg
Rainha de Portugal
1282 — 1325 Sucedida por:
Beatriz de Castela
 
 
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