Fulniôs: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|pela língua dessa família, falada pelos fulniô|língua iatê}}
{{Info/Grupo étnico
| imagem = [[Imagem:F29-Com_o_índio_fulniô_Lourenço,colaborador_em_seu_trabalho.jpg|250px]]
| legenda_imagem = À esquerda, o pesquisador [[Geraldo Lapenda]] e, à direita, o índio fulniô Lourenço
| |grupo = Fulniôs<br/>(Fulni-ô)
| população = 4.689
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|línguas = [[Língua iatê]]
| ref1 = Siasi/Sesai, 2014<ref name="quadro">{{citar web|url=http://pib.socioambiental.org/pt/c/quadro-geral|título=Quadro Geral dos Povos|obra=Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil|último=Instituto Socioambiental|acessodata=17 de setembro de 2017}}</ref>
| lugares = [[Águas Belas (Pernambuco)|Águas Belas]], em [[Pernambuco]], no [[Brasil]]
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}}
 
Os '''fulni-ô''', também conhecidos como '''carnijó''' e '''formió'''<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 355.</ref>, são um grupo [[Povos indígenas do Brasil|indígena]] que habita próximo ao [[rio Ipanema]], no [[Municípios do Brasil|município]] de [[Águas Belas (Pernambuco)|Águas Belas]], no [[Unidades federativas do Brasil|estado]] de [[Pernambuco]], no [[Brasil]]. Da etnia, descende um dos maiores ídolos da história do [[futebol brasileiro]]: [[Mané Garrincha]]<ref>BARTHOLO, T. L. e SOARES, A. J. G. ''Mané Garrincha como síntese da identidade do futebol brasileiro''. Disponível em http://comunicacaoeesporte.files.wordpress.com/2010/10/mane-garrincha-como-sintese-da-identidade-do-futebol-brasileiro1.pdf. Acesso em 20 de junho de 2013.</ref> e a tenista Teliana Pereira.
 
== História ==
 
O grupo surgiu a partir de um reagrupamento de diversos povos indígenas que habitavam a região.
Documentos indicam que, desde a década de 1700, os indígenas daquela região enfrentam problemas com a ocupação não indígena da região. A distribuição de terras no Brasil, a partir das [[capitanias hereditárias]], serviu como um mecanismo de dispersão de populações nativas, como ocorreu, por exemplo, nas terras interioranas de Pernambuco. Os indígenas fulniôs resistiram à ocupação não índia, mantendo, até hoje, por exemplo, o ritual do ouricuri. Entre isso , outros rituais. Aliás de várias guerras.
 
== Ritual do ouricuri ==
 
O ouricuri é uma região que integra as terras fulni-ô em Águas Belas, e onde os índios fulniôs praticam reclusão coletiva durante três meses. Neste local, os não fulniôs só podem adentrar com autorização do [[pajé]], e nunca durante a prática do ritual. Os fulni-ô mantêm o conjunto de elementos que compõe a religião em segredo, pois acreditam que o segredo protege suas especificidades culturais.
 
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== Bibliografia ==
 
As principais obras sobre esses índios foram escritas por Estevão Pinto, no ano de 1955, e por [[Geraldo Lapenda]], no ano de 1968.
 
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*PINTO, Estevão. Estórias e Lendas indígenas. Secção E (História e Geografia), 15. Recife: Faculdade de Filosofia de Pernambuco, 1955. Disponível em Biblioteca Digital Curt Nimuendajú: http://biblio.etnolinguistica.org/obras; e NEPE (UFPE): http://www.ufpe.br/nepe/?p=documentosPublicacoes
* Barbosa, Eurípedes. Aspectos fonológicos da língua Yatê. Dissertação (Mestrado). Brasília: UnB, 1992.
*LAPENDA, Geraldo Calábria. Estrutura da Língua Iatê - falada pelos índios fulni-ô. Recife, Imprensa Universitária (Universidade Federal de Pernambuco), 1968.
*Barbosa Braga, EurípedesPalloma C. AspectosR. fonológicosCorpo, daSaúde línguae YatêReprodução entre os índios Fulni-ô. Dissertação (Mestrado)de mestrado. BrasíliaRecife: UnBUFPE, 19922010.
* Coutinho, Walter. J. & Melo, Juliana G. Reflexões sobre a questão fundiária Fulni-ô. In: Marco Antonio do Espírito Santo (Org.), Política indigenista: Leste e Nordeste brasileiros: 55-64. Brasília: Funai, 2000.
*Braga, Palloma C. R. Corpo, Saúde e Reprodução entre os índios Fulni-ô. Dissertação de mestrado. Recife: UFPE, 2010.
* Dantas, Sérgio N. Sou Fulni-ô, meu branco. Tese (doutorado). São Paulo: PUC, 2002.
*Coutinho, Walter. J. & Melo, Juliana G. Reflexões sobre a questão fundiária Fulni-ô. In: Marco Antonio do Espírito Santo (Org.), Política indigenista: Leste e Nordeste brasileiros: 55-64. Brasília: Funai, 2000.
* Foti, Miguel V. Resistência e segredo: relato de uma experiência de antropólogo com os Fulniô. Dissertação de mestrado. Brasília: UnB, 1991.
*Dantas, Sérgio N. Sou Fulni-ô, meu branco. Tese (doutorado). São Paulo: PUC, 2002.
* Lapenda, Geraldo Calábria. Perfil da língua yathê. Recife: Secretaria de Educação e Cultura (Prefeitura Municipal do Recife)/Imprensa Universitária, 1965. Disponível em Biblioteca Digital Curt Nimuendajú:[http://biblio.etnolinguistica.org/obras];
*Foti, Miguel V. Resistência e segredo: relato de uma experiência de antropólogo com os Fulniô. Dissertação de mestrado. Brasília: UnB, 1991.
* Lapenda, Geraldo Calábria. PerfilEstrutura da língua yathêiatê. Recife: SecretariaImprensa de Educação e CulturaUniversitária (PrefeituraUniversidade MunicipalFederal dode RecifePernambuco)/Imprensa Universitária, 1965.1968 Disponível em Biblioteca Digital Curt Nimuendajú:[http://biblio2ªed.etnolinguistica.org/obras];, 2005].
*Lapenda LAPENDA, Geraldo Calábria. Estrutura da línguaLíngua iatêIatê - falada pelos índios fulni-ô. Recife:, Imprensa Universitária (Universidade Federal de Pernambuco), 1968 [2ªed., 2005].
* Nimuendajú, Curt (1982). Textos indigenistas. Introdução Carlos de Araújo Moreira Neto, Prefácio e coordenação: Paulo Suess. Loyola, São Paulo.
* Oliveira, Carlos Estevão de. O ossuário da ‘Gruta-do-Padre’ em Itapirica e algumas notícias sobre remanescentes indígenas do Nordeste. BMN 14/17, 1942.
* PINTO, Estevão. Estórias e Lendas indígenas. Secção E (História e Geografia), 15. Recife: Faculdade de Filosofia de Pernambuco, 1955. Disponível em Biblioteca Digital Curt Nimuendajú: http://biblio.etnolinguistica.org/obras; e NEPE (UFPE): http://www.ufpe.br/nepe/?p=documentosPublicacoes
* Pinto, Estevão. Etnología brasileira. Fulniô, os últimos Tapuias. São Paulo: Editora Nacional, 1956.
* Pinto, Estevão. Etnología brasileira. Fulniô, os últimos Tapuias. São Paulo: Editora Nacional, 1956. * Pompeu Sobrinho, T. Índios Fulniôs, karnijós de Pernambuco. Revista do Instituto Ceará 49: 31-58. Fortaleza, 1935.
* Pompeu, Sobrinho. Contribuição para o estudo da língua tapuia dos índios Fulniôs. Boletim de Antropologia da Universidade de Ceará 5/1: 3-58. Fortaleza, 1966.
* Rodrigues, Aryon D. Macro-Jê. In: R.M.W. Dixon & Alexandra Y. Aikhenvald (Orgs), The languages of Amazonia: 165-206. Cambridge: CUP, 1999.
* SÁ, Aluízio Caetano de. Dicionário Iatê-Português. Águas Belas, PE: Edición del autor, 2000.
* Secundino, Marcondes de A. Voto Indígena e Representação Política entre os Fulni-ô na década de 1990. In: ATHIAS, Renato (Org). Povos Indígenas de Pernambuco Identidade Diversidade e Conflito. Recife: Editora universitária UFPE: 87-112, 2007.
* Vasconcelos, Sanelva de. Os Carnijós de Águas Belas: estudo histórico, geográfico, sociológico e estatístico de Águas Belas e genealógico de seu fundador. Recife: Arquivo Público Estadual, 1962.
* Vianna, Mabel C. Aspectos Socioeconômicos e Sanitário dos Fulni-ô de Águas Belas-Pernambuco. DIV. Documentação: Recife, 1966.
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== Ligações externas ==
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}}
* {{Link||2=http://arquivo.pernambuco.com/isearch/interface/interface.jsp?Caderno=C&Midia=1&Pagina=1&Data=19/04/1980&ParametroImagemPequena=/images/smallimage/DP/D4/1980/04/19/DP1980-04-19-C(01).jpg&ParametroImagem=/images/image/DP/D4/1980/04/19/DP1980-04-19-C(01).jpg&tipoPaginas=N&ParametrosSublinhado=833,1948,876,1957>880,1948,931,1958> |3=Índios: a longa história de uma maginalização (Diário de Pernambuco)}}
* {{link|pt|2=https://pib.socioambiental.org/pt/povo/fulni-o|3=Povos Indígenas no Brasil - Fulni-ô}}
 
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