Primeira República Brasileira: diferenças entre revisões

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Houve uma tentativa de se criar um partido político nacional no início da república que foi o [[Partido Republicano Federal]], de [[Francisco Glicério]], e que teve curta existência. Outro partido organizado a nível federal que teve também curta existência foi o [[Partido Republicano Conservador]], criado pelo senador Pinheiro Machado em 1910, e que se esvaziou com a morte daquele senador em 1916.
 
Predominava nestes políticos o espírito liberal de governo, sendo que políticos de tendência esquerdista apareceriam, em partidos políticos legalizados, somente depois de 1930, na "República Nova".
O acesso à carreira política era aberto a todos, nos partidos republicanos estaduais, desde que não se desviasse do credo liberal republicano, na época chamado de conservador. [[Monarquista]]s, à época, não mais foram aceitos na política.
 
O acesso à carreira política era aberto a todos, nos partidos republicanos estaduais, desde que não se desviasse do credo liberal republicano, na época chamado de conservador. [[Monarquista]]s, à época, nãonunca mais foram aceitos na política, até os dias de hoje.
 
Houve um presidente [[mulato]]: [[Nilo Peçanha]] e um vice-presidente mulato [[Fernando de Mello Vianna]]; vários que tiveram infância pobre, como o próprio Nilo Peçanha, [[Epitácio Pessoa]], [[Artur Bernardes]] e [[Delfim Moreira]].
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A maioria dos presidentes da República Velha começou a carreira profissional como [[advogado]]s e [[promotor de justiça|promotores]] públicos. Em geral, os presidentes da República Velha iniciaram suas carreiras políticas apoiados por líderes políticos locais (os Coronéis), mas, com exceção dos 3 presidentes paulistas, não eram eles próprios coronéis.
 
A Política dos Estados significava, na verdade, a impossibilidade de umada oposição mais acentuada aosesquerdista ditamesna daspolítica elitesbrasileira, uma vez que os representantes populares eram escolhidos mediante pactos entre o governo federal e os governos estaduais, legalizadoslegalizado por eleições fraudulentas, sem espaço para candidatos independentes de esquerda.
 
Nesse período, havia a "Comissão de Verificação de Poderes" do [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], que era um órgão encarregado de fiscalizar o sistema eleitoral brasileiro, que não ratificava parlamentares eleitos que não apoiassem a "Política dos Estados".
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São Paulo conseguiu ficar livre de intervenção federal, especialmente porque tomou posse, como seu presidente, em [[1 de maio]] de 1912, o Conselheiro [[Rodrigues Alves]], que gozava de grande prestígio em todo o Brasil, não se atrevendo o governo de Marechal Hermes da Fonseca a derrubá-lo.
 
=== Política dos governadores ===
{{artigo principal|Política dos governadores}}
Existia uma política em que o [[presidente do Brasil|presidente]] apoiava os [[governador]]es dos [[estado]]s e os governadores garantiam a eleição para o [[congresso]] de certos candidatos oficiais,<ref>{{citar web|url=http://www.infoescola.com/historia/politica-dos-governadores/|título=Política dos Governadores|autor=Cristiana Gomes|data=23 de fevereiro de 2007|publicado=Info Escola|acessodata=10 de junho de 2011}}</ref> estabelecendo assim um apoio mútuo entre os governadores e o presidente. Essa política, firmada no governo de Campos Salles, foi chamada de política dos governadores. Confundida erroneamente com a política do café-com-leite, ela foi um desdobramento da política dos governadores.<ref name="UOL2">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/politica-dos-governadores.jhtm|título=Política dos governadores:Entenda esse acordo do período republicano|autor=Vitor Amorim de Angelo|data=|publicado=UOL|acessodata=10 de junho de 2011}}</ref>
 
Essa política uniu os interesses dos políticos locais, que estavam sendo sufocados pela [[monarquia]], à política federal, que estava apoiando o setor cafeeiro. Dessa maneira, uma [[autonomia]] tanto para o governo federal quanto para as oligarquias estaduais, embora um dependesse politicamente do outro.<ref name="UOL2" />
 
O fortalecimento dos [[coronel|coronéis]] foi uma das consequências dessa política. Como os governadores precisavam sustentar politicamente o governo federal, as oligarquias estaduais passaram a manipular as eleições de [[senador]]es e [[deputado]]s, para assim fortalecer o presidente da república. Para isso, o modelo de eleição da época, que não exigia o voto secreto, era fundamental.<ref name="UOL2" />
 
Outra consequência dessa política era a predominância de [[São Paulo]] e [[Minas Gerais]] perto dos demais estados, chegando ao ponto de controlar acordos para a sucessão presidencial por mais de trinta anos. Essa consequência era a política do café-com-leite.<ref name="UOL2" />
 
=== Coronelismo ===
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{{quote1|No Brasil manda o "Chiquinho de Paula", aqui em [[Guaratinguetá]], mando eu!}}
 
Os [[jagunço]]s controlavam os [[voto]]s através da [[coerção]] física. Dessa maneira, os eleitores que fossem contra a aspiração do coronel, eram punidos,<ref name="IF" /> com perda de [[Trabalho (economia)|trabalho]] ou até mesmo sendo [[vítima]]s de [[homicídio]].<ref name="Mundo Educação">{{citar web|url=http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/coronelismo.htm|título=Coronelismo|autor= Rainer Sousa|data=|publicado=Mundo Educação|acessodata=11 de junho de 2011}}</ref> Para controlar os votos, os coronéis também fraudavam as votações, alterando votos, sumindo com as [[Urna eleitoral|urnas]] e até mesmo patrocinavam a prática do [[voto fantasma]]. Essa prática consistia em falsificar documentos para que os eleitores pudessem votar várias vezes e até mesmo utilizar nomes de [[falecido]]s nas [[eleições]].<ref name="Sua Pesquisa 2" />
 
Entre trocas de alguns favores políticos, os coronéis garantiam a eleição de certos representantes que controlavam o cenário político nacional.Sem dificuldades, o resultado das eleições poderiam ser forjadas para favorecer a pequena elite de [[proprietário]]s.<ref name="Mundo Educação" />
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STANICH NETO em "''Bucha, a sociedade secreta do Direito''", também explica que A Bucha viveu sua maior crise em 1926, quando uma cisão na maçonaria de São Paulo, fez com que o grão-mestre do Grão Oriente de São Paulo José Adriano Marrey Júnior criasse o [[Partido Democrático (1930)|Partido Democrático]] em São Paulo, quebrando a hegemonia do [[Partido Republicano Paulista|PRP]], e posteriormente se unindo aos gaúchos na [[Revolução de 1930]]. Conta também STANICH NETO que ao triunfar a Revolução de 1930, a revolta contra a Bucha foi grande sendo o túmulo de Júlio Frank profanado.<ref name="Neto" />
 
Depois de vitoriosa a Revolução de 1930, a revolta contra a Bucha foi tanta que se tentou profanar o túmulo do professor [[Julius Frank]], fundador da Bucha, na [[Faculdade de Direito do Largo de São Francisco]] de São Paulo. Porém, dois dos ministros de Getúlio Vargas, no Governo Provisório, pertenciam à Bucha.
 
== Economia ==
{{Artigo principal|[[Convênio de Taubaté]]}}
No campo da [[economia]], predominarampredominou as exportações de café, base da economia e maior fonte de receita tributária. Foi também um período de modernização, com grandes surtos de industrialização, como o ocorrido durante a [[Primeira Guerra Mundial]], porém, a economia continuaria dominada pela cultura do café, até a Quebra da [[Bolsa de valores]] de [[Nova Iorque]], durante a [[Crise de 1929]].
 
=== O ciclo da borracha ===