Nicolau II da Rússia: diferenças entre revisões

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Filho de [[Alexandre III da Rússia|Alexandre III]], governou desde a morte do pai, em [[1 de novembro]] de [[1894]], até sua abdicação em [[15 de março]] de [[1917]], quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o grão-duque [[Miguel Alexandrovich da Rússia|Miguel Alexandrovich]]. Durante seu reinado viu a Rússia decair de uma potência do mundo para um desastre econômico e militar. Nicolau foi apelidado pelos críticos de "o Sanguinário" por causa da [[Tragédia de Khodynka]], pelo [[Domingo Sangrento (1905)|Domingo Sangrento]] e pelos fatais [[pogrom]]s [[antissemita]]s que aconteceram na época de seu reinado. Como [[Chefe de Estado]], aprovou a mobilização de agosto de 1914 que marcou o primeiro passo fatal em direção à [[Primeira Guerra Mundial]], a revolução e consequente queda da [[dinastia Romanov]].
 
O seu reinado terminou com a [[Revolução Russa de 1917|Revolução Popular Russa de 1917]], quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, seu trem foi detido em [[Pskov]] e ele foi obrigado a abdicar.<ref>{{harvnb|Massie|2000|p=412-413}}</ref> A partir daí, o czar e sua família foram aprisionados, primeiro no [[Palácio de Alexandre]] em [[Tsarskoye Selo]], depois na Casa do Governador em [[Tobolsk]] e finalmente na [[Casa Ipatiev]] em [[Ecaterimburgo]]. Nicolau II, sua mulher, seu filho, suas quatro filhas, o médico da família imperial, um servo pessoal, a camareira da imperatriz e o cozinheiro da família foram executados no porão da casa pelos [[bolchevique]]s na madrugada de 16 para [[17 de julho]] de [[1918]]. É conhecido que esse evento foi ordenado de Moscou por [[Lenin]] e pelo também líder bolchevique [[Yakov Sverdlov]], afinal, com o Czar vivo, uma contrarrevolução poderia ser convocada, reprimindo o povo que lutava pela Revolução.<ref>{{harvnb|Massie|2000|p=522}}</ref> Mais tarde Nicolau II, sua mulher e seus filhos foram canonizados como [[neomártir]]es por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.
 
== Família ==
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Embora o Soviete oficial tenha esclarecido que a responsabilidade da decisão era dos superiores locais do Soviete Regional dos Urais, [[Leon Trotsky]], em seu diário declarou que a execução aconteceu com a autoridade de Lênin e [[Sverdlov]]. A execução realizou-se na noite de 16 para 17 de julho sob a liderança de [[Jacob Yurovsky|Yakov Yurovsky]] e resultou na morte de Nicolau II, sua esposa, suas quatro filhas, seu filho, seu médico pessoal [[Eugene Botkin]], a empregada de sua mulher [[Anna Demidova]], o cozinheiro da família [[Ivan Kharitonov]] e o criado [[Alexei Trupp]]. Nicolau foi o primeiro a morrer. Foi baleado múltiplas vezes na cabeça e no peito por Yurovsky. As últimas a morrer foram Anastásia, Tatiana, Olga e Maria, que foram golpeadas por baionetas.<ref>{{harvnb|Massie|1995|p=6}}</ref> Elas vestiam mais de 1,3 quilos de diamantes, o que proporcionou a elas uma proteção inicial das balas e baionetas.<ref>{{harvnb|Massie|1995|p=8}}</ref>
 
Em janeiro de 1998, os restos mortais escavados embaixo de uma estrada de terra perto de Ecaterimburgo, em 1991, foram identificados como sendo de Nicolau II e sua família (excluindo uma das filhas e Alexei). As identificações feitas separadamente por cientistas russos, britânicos e americanos usando análises de [[DNA]], concordaram e revelaram serem conclusivas.<ref>(em russo)[http://www.itartass.ur.ru/news/?id=42200 Экспертиза подтвердила, что найденные останки принадлежат Николаю II.] Acessado em 23 de fevereiro de 2009.</ref> Em abril de 2008, autoridades russas anunciaram que haviam encontrado dois esqueletos perdidos dos Romanovs perto de Ecaterimburgo e foi confirmado por testes de DNA que eles pertenciam a Alexei e a uma de suas irmãs.<ref>[http://www.cbsnews.com/stories/2008/04/30/tech/main4057567.shtml. DNA confirma restos mortais de filhos do czar.] Acessado em 09 de maio de 2009</ref> Em 1º de outubro de 2008, a Suprema Corte Russa determinou que o czar Nicolau II e sua família foram vítimas de repressão política e deveriam ser reabilitados.<ref>BBCNews. [http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7645776.stm Reabilitado o último czar russo.] Acessado em 23 de fevereiro de 2009</ref><ref>[http://www.russiatoday.com/news/news/31214 Reabilitada família do último czar.] Acessado em 23 de fevereiro de 2009.</ref><ref>[http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1846339,00.html Último czar russo declarado vítima de repressão.] Acessado em 23 de fevereiro de 2009.</ref>
 
== Canonização e reabilitação ==