Doutrina Monroe: diferenças entre revisões

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A Doutrina reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o [[colonialismo]] europeu, inspirando-se na política isolacionista de [[George Washington]], segundo a qual "''a [[Europa]] tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente''" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em [[17 de Setembro]] de [[1796]]), e desenvolvia o pensamento de [[Thomas Jefferson]], segundo o qual "''a [[América]] tem um Hemisfério para si mesma''", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio [[país]].
 
O governo dos Estados Unidos, na época um país recém-independente que havia alcançado sua independência a apenas 2 gerações (40 anos), temia que as potências europeias vitoriosas que emergiam do [[Congresso de Viena]] (1814-1815) revivessem seus impérios coloniais nas Américas. À medida que as revolucionárias [[guerras napoleônicas]] (1803-1815) terminavam, a [[Prússia]], a [[Áustria]] e a [[Rússia]] formavam a Santa Aliança para defender o monarquismo. Em particular, a Santa Aliança autorizou incursões militares para restabelecer o domínio dos [[Bourbon]] sobre a [[Espanha]] como também sob suas colônias, que estavam na época estabelecendo sua independência.
À época, a '''Doutrina Monroe''' representava uma séria advertência não só à [[Santa Aliança]], como também à própria [[Grã-Bretanha]], embora seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses econômicos e a capacidade política e militar dos Estados Unidos não ultrapassavam a região do [[Caribe]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América e permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá habitavam.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} Essa expansão no continente americano teve como pressuposto o [[Destino Manifesto]], e marcou o início da política expansionista do país no continente.
 
À época, a '''Doutrina Monroe''' representava uma séria advertência não só à [[Santa Aliança]], como também à própria [[Grã-Bretanha]] (com quem os americanos haviam travado recentemente a [[Guerra de 1812]]), embora seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses econômicos e a capacidade política e militar dos Estados Unidos na época não ultrapassavam a região do [[Caribe]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}. É muito importante ressaltar que os Estados Unidos nesta época ainda estava longe de ser considerado sequer uma [[potência regional]]. De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América e permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá habitavam.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} Essa expansão no continente americano teve como pressuposto o [[Destino Manifesto]], e marcou o início da política expansionista do país no continente.
 
Na época, a reação na [[América Latina]] à Doutrina Monroe foi geralmente favorável, mas em algumas ocasiões suspeita. [[John Crow]], autor de ''The Epic of Latin America'', afirma: "O próprio [[Simón Bolívar]], ainda no meio de sua última campanha contra os espanhóis, [[Francisco de Paula Santander|Santander]] na [[Colômbia]], [Bernardino Rivadavia|Rivadavia]] na [[Argentina]], [[Guadalupe Victoria|Victoria]] no [[México]] - líderes dos [[Independência da América Espanhola| movimentos de emancipação]] em todos os lugares - receberam as palavras de Monroe com a mais sincera gratidão ". <ref name="Crow1">{{cite book |title=The Epic of Latin America |edition=4th |first=John A. |last=Crow |chapter=Areil and Caliban |location=Berkeley |publisher=University of California Press |year=1992 |pages=676 |isbn=0-520-07723-7}}</ref> Crow argumenta que os líderes da América Latina eram realistas. Em seu contexto histórico, eles sabiam que o Presidente dos Estados Unidos exercia muito pouco poder na época, particularmente sem o apoio das forças britânicas, e descobriram que a Doutrina Monroe era inaplicável se os Estados Unidos estivessem sozinhos contra a Santa Aliança. <ref name="Crow1">{{cite book |title=The Epic of Latin America |edition=4th |first=John A. |last=Crow |chapter=Areil and Caliban |location=Berkeley |publisher=University of California Press |year=1992 |pages=676 |isbn=0-520-07723-7}}</ref>. Enquanto eles apreciavam e louvavam seu apoio no norte, eles sabiam que o futuro de sua independência estava nas mãos dos britânicos e da sua poderosa marinha. Em 1826, Bolívar apelou ao seu [[Congresso do Panamá]] para sediar a primeira reunião "Panamericana". Nos olhos de Bolívar e seus homens, a Doutrina Monroe devia tornar-se nada mais do que uma simples ferramenta de política nacional dos estadunidenses em relação ao próprio território. De acordo com Crow, "não deveria ser, e nunca foi destinado a ser uma carta de ação hemisférica concertada". <ref name="Crow1">{{cite book |title=The Epic of Latin America |edition=4th |first=John A. |last=Crow |chapter=Areil and Caliban |location=Berkeley |publisher=University of California Press |year=1992 |pages=676 |isbn=0-520-07723-7}}</ref>
 
Ao mesmo tempo, algumas pessoas questionaram as intenções por trás da Doutrina Monroe. Diego Portales, empresário e ministro chileno, escreveu a um amigo: "Mas temos que ter muito cuidado: para os americanos do norte [dos Estados Unidos], os únicos americanos são eles próprios".
 
== Ver também ==