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'''Maracanaço''' (em [[Língua castelhana|espanhol]]: ''Maracanazo''<ref name="CorreioPopular" <ref>VERZIGNASSE, Rogério. ''Fama de vilão acompanha campineiro Barbosa até hoje.'' Correio Popular, Cidades, p. A6, Campinas, 22 de junho de 2014. Acesso em 23 jun. 2014.</ref>) é o termo usado em referência à partida que decidiu a [[Copa do Mundo de 1950|Copa do Mundo de Futebol de 1950]] a favor da [[Seleção Uruguaia de Futebol]], deixando desolados os brasileiros. A partida ocorreu no estádio do [[Maracanã]], e é consideradaconsiderado um dos maiores reveses da história do [[futebol]].
 
==Antecedentes==
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[[Ficheiro:Urug1950.jpg|thumb|A seleção uruguaia momentos antes do início da partida.]]
 
No vestiário do Uruguai momentos antes da partida, o técnico [[Juan López Fontana]] determinou que uma estratégia defensiva seria o modo mais adequado de encarar o poder ofensivo Brasileirobrasileiro. Depois que ele saiu, [[Obdulio Varela]], capitão do time, levantou-se e disse ao time, "Juancito é um bom homem, mas hoje, ele está errado. Se jogarmos defensivamente contra o Brasil, nosso destino não será diferente do da Espanha e Suécia." Varela então fez um emocionado discurso sobre como eles precisavam encarar todas as dificuldades e não serem intimidados pela torcida brasileira. O discurso, como depois foi confirmado, teve uma enorme importância no desfecho que teria a partida. Algo que ele disse foi "''Muchachos, los de afuera son de palo. Que comience la función''", que poderia ser traduzido como "Rapazes, quem está do lado de fora não joga. Que comece o jogo".
 
==Partida==
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O Uruguai realmente conseguiu inverter o jogo. Apesar da sua admirável capacidade ofensiva, o time do Brasil mostrava falhas na sua defesa, e aos 21 minutos, [[Juan Alberto Schiaffino]] empatou o jogo. Enquanto o Brasil colocava a bola no centro para recomeçar a partida, Varela gritou para seus companheiros: "Mais alma! Mais alma!".
 
A multidão calou-se, em contraste com a erupção de gritos e vivas que havia, pouco antes de levar o gol (quando o resultado ainda era favorável para o Brasil). Restando apenas 11 minutos de jogo, [[Alcides Edgardo Ghiggia]], correu pelo lado direito do campo e fez outro gol. A multidão morrera. E assim continuou até o árbitro da partida, George Reader da [[Inglaterra]], apitar o fim do jogo.
 
[[Jules Rimet]], presidente da [[FIFA]] e organizador da copa, comentou o que acontecera: "O silêncio era absoluto, às vezes difícil de se acreditar", já que uma multidão de duzentas mil pessoas continuava sem acreditar que tinha perdido um título que considerava seu, por direito.
 
Jules Rimet havia preparado um discurso em português para parabenizar os vencedores, que ele esperava seriamser os brasileiros, sendo assim, levou um susto quando, a caminho do campo, a multidão estava parada, não havia hino, nem celebração pela conquista deda copa, nem nada.
 
A Confederação Brasileira de Desportos tinha preparado 22 [[medalha]]s de ouro, com os nomes dos seus jogadores gravados (na época a FIFA não dava medalhas aos vencedores, como agora), que também nunca cumpriram a sua finalidade.
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Com aquele resultado e com a consequente ruína da celebração, os organizadores da Copa do Mundo deixaram [[Jules Rimet]] sozinho no campo, com a taça nas mãos. Sem nenhuma cerimônia a ajudá-lo, Jules Rimet acabou por chamar Varela para entregar-lhe a taça. Este foi o segundo e, até o presente momento, o último título mundial conquistado pelo Uruguai.
 
A sociedade brasileira ficou em estado de choque, com o desfecho dessa copa. Muitos jornais pareciam não aceitar o fato de que a seleção tinha sido derrotada. Alguns dos jogadores aposentaram-se, nenhum deles, jamais, foi considerado para a Seleção. O goleiro [[Moacir Barbosa Nascimento|Barbosa]], que entrou na história do futebol por ter supostamente falhado ao levar o gol da derrota, carregou até a morte o fardo da derrota.<ref name="CorreioPopular"/>
 
A Confederação Brasileira de Desportos decidiu mudar a cor dos uniformes da seleção, pois considerou o azar como motivo da derrota. Antes do Maracanaço, o uniforme titular brasileiro era composto de camisa branca com gola azul e calções brancos, tendo sido mudado para o que é usado até hoje, camisa amarela com gola verde e calções azuis.