Slash fiction: diferenças entre revisões

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{{Sexo na ficção}}
'''Ficção ''Slash fiction ''''' ("em português, literalmente, 'ficção de barra"', em portuguêsalusão ao sinal gráfico '''/''' usado entre os nomes de personagens) é um [[gênero literário|subgênero]] de ''[[Fanficfanfic]]'' que se concentra na atração interpessoal e as relações sexuais entre personagens fictícios do mesmo sexo.<ref name="SATW">Bacon-Smith, Camille. "Spock Among the Women." New York Times Sunday Book Review, November 16, 1986.</ref><ref name=VisCult>{{citar livro|título=Visual Culture: Images and Interpretations|autor1 =Norman Bryson |autor2 =Michael Ann Holly |autor3 =Keith P. F. Moxey |last-author-amp=yes |páginas=304–305|capítulo=Feminism, Psychoanalysis, and Popular Culture|ano=1994|publicado=Wesleyan University Press|isbn=0-8195-6267-X}}</ref>
{{Título em itálico}}
Embora o termo foitenha sido, originalmente, aplicado restritoapenas a histórias emcuja quetrama osprincipal personagens masculinosenvolvia foram envolvidos em um relacionamento sexual explícito comoentre umpersonagens elemento da trama principalmasculinos (também conhecidoconhecidas como "''m/m" slash''), agorapassou éposteriormente usadoa para se referir adesignar qualquer história''fanfic'' deem que contendo um emparelhamentorelações entre os personagens do mesmo sexo. Muitos fãs distinguirdistinguem ''slash'' focadocom nopersonagens sexo femininofemininos como um gênerosubgênero separado, comumentetambém referido como ''[[femslash]]'', (também conhecido como "''f/f",'' "ou ''saffic")''. Os personagens geralmente não estão envolvidos em tais relações no seu universo ficcional.,<ref name="Kustritz" />{{cite journal
| last = Kustritz
 
| first = Anne
|date=September 2003
| title = Slashing the Romance Narrative
| journal = The Journal of American Culture
| volume = 26
| issue = 3
| pages = 371–384
| doi = 10.1111/1542-734X.00098
|url=http://www.asu.edu/courses/fms351vm/total-readings/fms351-L14-reading01.pdf
}}</ref>
== Crítica e recepção ==
FicçãoA ''slash fiction'' tem recebido mais atenção acadêmicada academia do que outros gêneros de ''fanfic''.<ref>Laura, Marcus; Peter Nicholls (2004). ''The Cambridge history of twentieth-century English literature''. Cambridge University Press. p. 799. ISBN 978-0-521-82077-6.</ref> A ficção ''slash'' foi objeto de vários estudos acadêmicos notáveis, ​​no início de 1990, como parte do movimento de [[estudos culturais]], no dentroâmbito das [[Ciências Humanas|humanidades]]. A maioria delasdeles, como é característico dos estudos culturais, faz aborda a abordagem do ''slash'' a partir de uma perspectiva [[etnográfica]] e focase concentra principalmente sobre osnos escritores dedo ficção slashsubgênero e nas comunidades que se formam em torno dele. Slashers é utilizado pelos fãs que resistiram a culturadelea.<ref>Allington, Daniel (March 2007). [http://www.informaworld.com/smpp/section?content=a770517949&fulltext=713240928 "How Come Most People Don't See It?": Slashing the Lord of the Rings"]. ''Social Semiotics''. 17 (1): 43–62. doi:10.1080/10350330601124650.</ref> Alguns estudos, como o da [[antropóloga]] italiana Mirna Ciconi, focaconcentram-se na análise textual da própria ficção ''slash fiction'' em si.
 
FicçãoA ''slash'' foi muitas vezes ignorada pelos [[teoria queer|teóricos queer]].<ref>{{citar periódico
|autor1 =Dhaenens F. |autor2 =Van Bauwel S. |autor3 =Biltereyst D. |ano= 2008
|título= Slashing the Fiction of Queer Theory
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|páginas= 335–347
| doi = 10.1177/0196859908321508
}}</ref> No entanto, ''slash'' tem sido descritodescrita como importante para a [[comunidade LGBT]] e prapara a formação de identidades ''queer'', poispor representarepresentar uma resistência à expectativa de [[heterossexualidade]] compulsória,.<ref>{{citar livro|título=Science Fiction Curriculum, Cyborg Teachers, & Youth Culture(s) |último =Weaver |primeiro =John A. |autorlink = |autor2 =Karen Anijar |autor3 =Toby Daspit |página=84|ano=2003 |publicado=P. Lang |local=US |isbn=0-8204-5044-8}}</ref> e também foi notada como sendo representativo para comunidade gay,<ref>{{citar periódico|url = http://ics.sagepub.com/content/17/4/363.abstract|título= ‘Fandom is full of pearl clutching old ladies’: Nonnies in the online slash closet|último = Brennan|primeiro = Joseph|data= 2014|periódico= International Journal of Cultural Studies|doi = 10.1177/1367877913496200|pmid = |acessodata= |número= 4|volume = 17|páginas= 363–380}}</ref> como um meio para expressar a frustração [[feminista]] com a [[Ficção especulativa|ficção popular e especulativa]].<ref>{{citar livro|título=Liquid Metal: The Science Fiction Film Reader |último =Sean |primeiro =Redmond |página= 279 |ano=2004 |publicado=Wallflower Press |local=US |isbn=1-903364-87-6}}</ref>
 
A autora de [[ficção científica]],escritora [[Joanna Russ]], (uma [[lésbica]]) assumida, foiestá umaentre dosos primeiros grandes escritores de [[ficção científica]] a transformar ''slash'' e suas implicações culturais em literatura séria.<ref>[http://jprstudies.org/2011/03/interview-joanna-russ/ Francis, Conseula and Piepmeier, Alison. "Interview: Joanna Russ" '&#39;Journal of Popular Romance Studies'&#39; #1.2; March 31, 2011]. Jprstudies.org. Retrieved on 17 October 2011.</ref>
 
== Definição e ambiguidade ==
[[Ficheiro:Slash.svg|miniaturadaimagem|197x197px|A denominação ''slash fiction'' deriva da barra simbólica ("slash") utilizada para separar os dois nomes emde um par romântico emparelhamento, a partir do qual a ficção slash leva o seu nome.]]
AO ficçãotermo ''slash fiction'' tem várias ambiguidades. DevidoDada àa falta de relaçõesrelacionamentos homossexuais canônicas na mídia, inicialmente, alguns viram a ficção ''slash'' como sendo exclusivamente algo fora do cânone. EstasEssas pessoas consideraramconsideravam que o termo "ficção ''slash" fiction'' só se aplicaaplicava quando o relacionamento descrito não fazfazia parte dado versão oficialcânone, e que ''fanfic'' sobre relações homossexuais canônicas não sãoseriam, portanto, ''slash''.<ref name=Tosenberger>{{citar periódico|último1 = Tosenberger |primeiro1 = Catherine |ano= 2008 |título= Homosexuality at the Online Hogwarts: Harry Potter Slash Fanfiction | url = |periódico= Children's Literature | volume = 36 |número= |páginas= 185–207 | doi = 10.1353/chl.0.0017 }}</ref> O recente aparecimentosurgimento de personagens abertamente gaygays e bissexuais no cinema e na TV, tais como [[Willow]] e [[Tara Maclay|Tara]] na série [[Buffy the Vampire Slayer]], os personagens de [[Queer as Folk]], [[Jack Harkness]] em ''[[Doctor Who]]'', e numerosos personagens de ''[[Torchwood]]'',<ref>Sarah Nathan (September 2006) [http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/showbiz/tv/article64139.ece "Dr Ooh gets four gay pals"], ''The Sun", Retrieved 2006-10-06. "GAY Doctor Who star John Barrowman gets four BISEXUAL assistants in raunchy BBC3 spin-off Torchwood."</ref> tem acrescentado muito aalimentou estaessa discussão. RespeitandoMantida a definição supracitadaanteriormente citada, estasessas histórias ficamficariam sem um rótulo conveniente,; por isso,portanto estaessa distinção não tem sido amplamente adotada.<ref name=Tosenberger/>
 
DevidoNos àúltimos crescenteanos, popularidadedada ea prevalênciacrescente depopularidade da ''slash fiction'' na [[internetInternet]] nos últimos anos, alguns usam ''slash''o comotermo umde termomaneira genéricogenérica, para designar qualquer ''[[fan fiction]]'' eróticoerótica, quesejam retratasobre relações heterossexuais ou homossexuais. IstoIsso tem causado preocupação para outros autores de ''slash'' que acreditam que, embora o subgênero possa ser erótico, slash não é assim por definição assim, e que definir todas as ''fanfics'' eróticas como ''slash,'' excluiresulta todasem asdistanciá-la fanficsda de''fanfic'' idadeshomo-apropriadasromântica, elivre homo-românticas para todas as idades. Além disso, os jornalistas que escrevem sobre o fenômeno ''fan fiction'', emparecem geral,geralmente parecem acreditar que toda fanfic é ''slash'', ou pelo menos tem personagemum erotizadocaráter erótico.<ref>Dery, Mark. Glossary. Flame Wars: The Discourse of Cyber Culture. North Carolina: Duke UP, 1994.</ref><ref>Viegener, Matias. "The Only Haircut That Makes Sense Anymore." Queer Looks: Lesbian & Gay Experimental Media. Routledge, New York: 1993.</ref><ref>Dundas, Zach, "[http://wweek.com/story.php?story=5307 Hobbits Gone Wrong]." In ''Willamette Week'', July 14, 2004, retrieved 2008-07-15. A less-than-complimentary report on slash fiction and its role in the "Bit Of Earth" scam involving fans of ''[[The Lord of the Rings]]'' films.</ref> Tais definições não conseguemfazem distinguirdistinção entre o''slash'' erótico e românticoo ''slash'' romântico, eou entre ''slash'', ''het'' (sobreque aborda principalmente relacionamentos heterossexuais) e ''gen'' (obras que não tem um foco romântico). A própria barra ("slash", /), quando colocada entre os nomes dos personagens, acabou por tornar-se uma etiqueta abreviada para um relacionamento romântico, independentemente se o par é heterossexual ou homossexual, romântico ou erótico.<ref name=Tosenberger/>
 
A própria barra ("slash", /), quando colocada entre os nomes do personagem, passou a significar uma etiqueta abreviada para um relacionamento romântico, independentemente se o emparelhamento é heterossexual ou homossexual, romântico ou erótico.<ref name=Tosenberger/>
 
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{{referências}}
{{LGBT}}