Bento de Núrsia: diferenças entre revisões
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|canonizado_por =[[Papa Honório III]]
|atribuições = Cruz, livro da Regra, sino, copo quebrado, serpente representando veneno, uma vareta de disciplina, corvo e pão.
|patrono =[[Europa]], [[Alemanha]], [[Intercessão
|patrona =
|principal_templo = Abadia do [[Monte Cassino]], também [[Saint-Benoît-sur-Loire]], perto de [[Orleães]], [[França]] e Sacro Speco, em [[Subiaco]]
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|polêmicas =
|passagem = "Reza e trabalha".
|autor_passagem = S. Bento – lema da [[Ordem de São Bento
}}
São '''Bento de Núrsia''', nascido '''Benedito da Nórcia''' ({{langx|it|''Benedetto de Norcia''}}; {{lang-la|''Benedictus''}}; [[Nórcia]], [[Reino Ostrogótico]], c. [[480]] – [[Abadia do Monte Cassino]], c. [[547]]) foi um [[monaquismo
== Biografia ==
A fonte de todos os acontecimentos da vida de São Bento são os ''Diálogos'' de [[São Gregório Magno]], redigidos por volta de [[593]], que se baseou em fatos narrados por monges que conheceram pessoalmente São Bento.
Segundo [[Papa Gregório I|São Gregório]], São Bento foi filho de um nobre romano, tendo realizado os primeiros estudos na região de [[Núrsia]] (próximo à cidade italiana de [[Espoleto]]). Mais tarde, foi enviado a [[Roma]] para estudar [[retórica]] e filosofia, mas, tendo se decepcionado com a decadência moral da cidade, abandona logo a capital e se retira para Enfide (atual [[Affile]]), em AD [[500]]. Ajudado por um abade da região chamado Romano, instalou-se em uma gruta de difícil acesso, a fim de viver como [[eremita]]. Depois de três anos nesse lugar, dedicando-se à oração e ao sacrifício, foi descoberto por alguns pastores, que divulgaram a fama de santidade. A partir de então, foi visitado constantemente por pessoas que buscavam conselhos e direção espiritual.{{
Foi então eleito abade de um mosteiro em ''Vicovaro'', no centro da [[Itália]]. Por causa do regime de vida exigente, os monges tentaram envenená-lo, mas, no momento em que dava a bênção sobre o alimento, saiu da taça que continha o vinho envenenado uma serpente e o cálice se fez em pedaços. Com isso, São Bento resolve deixar a comunidade e retornando à vida solitária, vivendo consigo mesmo: ''habitare secum''.{{Sfn | Anício | 2009 | pp = 82-84}}
Em [[503]] recebe grande quantidade de discípulos e funda doze pequenos mosteiros.{{Sfn | Anício | 2009 | p = 193}} Em [[529]], por causa da inveja do sacerdote Florêncio, tem de se mudar para [[Monte Cassino]], onde funda o mosteiro que viria a ser o fundamento da expansão da ''[[Ordem de São Bento
Em [[534]] começa a escrever a ''Regula Monasteriorum'' (''Regra dos Mosteiros''). Morre em [[21 de março]] de [[547]], tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia falecido em [[10 de fevereiro]] do mesmo ano.<ref>Magno, Gregório. ''op.cit''. p.178-179;193</ref>
As representações de São Bento geralmente mostram, junto com o santo, o livro da ''Regra'', um cálice quebrado e um corvo com um pão na boca, em memória ao pão envenenado que recebeu do sacerdote invejoso.
As [[relíquia]]s de São Bento estão conservadas na cripta da Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire (Fleury), próximo a Orleáns e Germigny-des-Prés, no centro da França.
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[[File:Medalla San Benito.PNG|thumb|x180px|Medalha de São Bento - frente]]
[[File:CSPB.png|thumb|x180px|Medalha de São Bento - verso]]
A origem da Cruz-Medalha de São Bento é incerta, sabe-se que ela foi redescoberta em [[1647]], em Nattremberg, na Baviera, por ocasião da condenação de algumas [[bruxas]], que afirmaram não conseguir praticar qualquer tipo de feitiçaria ou encanto contra lugares em que houvesse a imagem da Cruz, em especial, a abadia de São Miguel em Metten. Intrigados com o fato, as autoridades foram averiguar o que existia no mosteiro. Ao entrarem em uma das dependências, observaram entalhadas nas paredes imagens da cruz tal como estão representadas nas Medalhas utilizadas hoje. Na biblioteca dessa mesma abadia, encontraram um manuscrito do ano de [[1415]], o qual continha, além de textos, ilustrações, sendo uma delas a de São Bento, com uma cruz e uma flâmula, com os versos da medalha: ''Crux sacra sit mihi lux, non draco sit mihi dux. Vade retro satana, nunquam suade mihi vana. Sunt mala quae libas, ipse venena bibas". Por esse motivo, estima-se que a origem da imagem da medalha situa-se no século XV.<ref name="gueranger1996">{{Citar livro
A medalha, com algumas variações, possui na frente a imagem de São Bento, vestindo o traje monástico - chamado cógula - trazendo na mão direita uma cruz e na mão esquerda uma flâmula ou livro aberto, que representa a Regra. No verso, há uma imagem da cruz. Ambas as faces trazem inscrições em latim, seja apenas letras ou em palavras, a saber:
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Essa oração, acrescida da jaculatória ''"Rogai por nós bem aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo"'', se tornou uma fórmula de oração a São Bento.
Em [[1742]], o [[Papa Bento XIV]] aprovou a medalha, concedendo indulgências a quem a usar e estabelecendo a oração do verso da medalha como uma forma de exorcismo, que se tornou conhecida como [[Vade retro Satana]]. Atualmente, uma forma comum da medalha é a que vemos nessas ilustrações, conhecida como ''Medalha do Jubileu'', pois foi cunhada em [[1880]] por ocasião do XIV Centenário do nascimento de São Bento, pelos monges de [[Beuron]] para a abadia de Monte Cassino. Essa medalha acrescenta a palavra ''pax'' - paz - no alto da cruz e aos pés de São Bento os dizeres ''Ex S.M. Casino MDCCCLXXX'' - Do Santo Monte Casino - 1880.<ref>
==Cronologia==
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</timeline>
==
* [[Santa Escolástica]]
* [[Mosteiro de São Bento (Rio de Janeiro)]]
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==Bibliografia==
*{{Citar livro
*{{Citar livro |nome=D. Próspero |sobrenome=Guéranger | título=A medalha de São Bento | edição=2 |local=São Paulo |editora=Artpress | ano=1996 |páginas=142 | isbn= 85-7206005-7 | notas= introd. e trad. Armando Alexandre dos Santos}}
*{{Citar livro |nome=Gregório Magno |sobrenome= Anício | título=São Bento: vida e milagres|subtítulo= segundo livro dos Diálogos | edição=2 |local=Juiz de Fora, MG |editora=Subiaco | ano=2009 |páginas= 212 | isbn= 978-85-8679364-6 | notas= introd e notas de D. Justino de Almeida Bueno. trad. D. Leão Dias Pereira |ref= harv}}
{{Wikilivros|Santos Católicos}}
{{commonscat|Benedict of Nursia}}
{{esboço-cristianismo}}
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