Cneu Cornélio Cipião Asina: diferenças entre revisões

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5. Amílcar toma [[Enna]] e [[Camarina]] (259 BC).]]
{{AP|Batalha das ilhas Líparas}}
Cipião Asina foi eleito cônsul com [[Caio Duílio]] em 260 a.C., o quinto ano da [[Primeira Guerra Púnica]], e teve honra de ser o primeiro [[almirante romano|comandante]] de uma [[marinha romana|frota romana]] lançada no [[Mar Mediterrâneo]]. Enquanto patrulhava as águas do [[Estreito de Messina]], que separa a [[Sicília romana|Sicília]] da [[península Itálica]], com seus primeiros navios, soube que [[Lípara]], nas [[ilhas Líparas]], estava prestes a desertar para o lado romano. Ansioso para assegurar este importante porto marítimo e receber a glória pela conquista, Cipião Asina correu para as ilhas sem considerar a segurança de sua própria frota. Não se sabe ao certo se os [[cartagineses]] planejaram a situação toda, como propõe [[Floro]],<ref>[[Floro]], ''História Romana'', II, 2.</ref>, mas a frota romana foi aprisionada no porto da cidade por [[Aníbal Giscão]], o general que escapou do [[cerco de Agrigento]] dois anos antes. Sem experiência em batalhas navais, as tripulações romanas entraram em pânico e fugiram para terra firme, deixando os navios abandonados com seu capitão, que acabou aprisionado. Embora não tenha havido quase nenhuma luta, o encontro é conhecido como [[Batalha das ilhas Líparas]].
 
Esta trapalhada valeu-lhe o pejorativo [[cognome]] ''"Asina"'' (literalmente, "jumenta" em [[latim]]), patrocinado por seus adversários políticos. Segundo [[Macróbio]],<ref>[[Macróbio]], ''Saturnales'', I, 6.</ref>, a origem foi o o casamento de uma de suas filhas, que teria chegado ao [[Fórum Romano]] montada num jumento carregado de ouro.
 
== Segundo consulado (254 a.C.) ==
{{AP|Batalha de Panormo (254 a.C.)}}
Libertado provavelmente quando [[Marco Atílio Régulo]] desembarcou na África, nem a humilhação da derrota e nem o fato de ter sido o primeiro [[almirante romano]] derrotado em combate acabaram com sua carreira. Em 254 a.C., o décimo-primeiro ano da [[Primeira Guerra Púnica]], Cipião Asina foi novamente eleito, desta vez com [[Aulo Atílio Calatino]]. Os cônsules dedicaram-se à reconstrução da frota, com 220 novas naves, depois que a frota anterior se perdeu numa tormenta. Com uma nova frota, os dois percorreram a costa norte da Sicília e capturaram a cidade de [[Cefalù]] (''Kephalodon'') com a ajuda de um traidor. Enquanto tentavam cercar [[Drépano]], foram forçados a recuar para [[Messina]] devido à chegada de reforços cartagineses. Em seguida, os cônsules atacaram o porto de [[Panormo]] (moderna [[Palermo]], a atual capital da [[Sicília]]) e forçaram a [[Batalha de Panormo (254 a.C.)|rendição da cidade]].<ref>[[Políbio]], ''Histórias'', I, 38.</ref>. Os romanos permitiram que os que pudessem pagar 2 [[mina (unidade)|mina]]s de ouro por cabeça (o equivalente a 200 [[dracma]]s) comprassem sua segurança e saquearam a residência dos que não podiam.<ref name=Smith/>.
 
Contudo, apenas Asina celebrou o triunfo por esta importante vitória.<ref name=Smith>Smith, 560</ref><ref>[[Diodoro Sículo]], XXXIII, 18, 5</ref><ref>''[[Fastos Triunfais]]''.</ref>.
 
== Legado ==
Pelo fato de ter enfrentado na vida sucessos e derrotas, começando com um consulado, um longo período de aprisionamento, um novo consulado e finalmente um triunfo, Asina foi citado por [[Valério Máximo]] em suas histórias sobre como a vida pode sofrer grandes mudanças.<ref>[[Valério Máximo]], ''[[Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis]]'', VI, 9.11.</ref>.
 
== Árvore genealógica ==
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|ant2=[[Tito Otacílio Crasso (cônsul em 261 a.C.)|Tito Otacílio Crasso]]
|con1=[[Caio Duílio]]
|con2=[['''Cneu Cornélio Cipião Asina]]'''
|ano=260 a.C.
|seg1=[[Lúcio Cornélio Cipião (cônsul em 259 a.C.)|Lúcio Cornélio Cipião]]
Linha 57:
|ant2=[[Sérvio Fúlvio Petino Nobilior]]
|con1=[[Aulo Atílio Calatino]] II
|con2=[['''Cneu Cornélio Cipião Asina]]''' II
|ano=254 a.C.
|seg1=[[Cneu Servílio Cepião (cônsul em 253 a.C.)|Cneu Servílio Cepião]]