Guerras romano-partas: diferenças entre revisões

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==A República Romana contra a Pártia==
{{AP|Guerra romano-parta de 40-33 a.C.}}
Quando [[Pompeu]] assumiu o comando da guerra no Oriente, ele reiniciou as negociações com [[Fraates III da Pártia|Fraates III]]. Ambos chegaram a um acordo, e as tropas romano-partas invadiram a [[Reino da Armênia (Antiguidade)|Armênia]] em {{AC|66/65 a.C.|x}} Logo, no entanto, teve início um conflito a respeito da fronteira exata, ao longo do [[Eufrates]], que separaria as duas potências. Pompeu recusou-se a reconhecer o título de "[[Rei dos Reis]]" assumido por Fraates, e ofereceu sua arbitragem ao conflito entre Tigranes e o rei[[xá parta|xá]] sobre a questão de [[Corduena]]. Finalmente, Fraates reafirmou seu controle sobre a [[Mesopotâmia]], com exceção do distrito ocidental de [[Osroena (província romana)|Osroena]], que se tornou uma dependência romana.<ref>Sherwin-White (1994), 264</ref>
 
Em 53 a.C., [[Marco Licínio Crasso]] liderou uma invasão da Mesopotâmia que teve resultados catastróficos; durante a [[Batalha de Carras]], a pior derrota romana desde a [[Batalha de Canas]], Crasso e seu filho, [[Públio Licínio Crasso (morto em 53 a.C.)|Públio Licínio Crasso]], foram derrotados e mortos por um exército parta liderado pelo general [[Surena (aspabedes)|Surena]]. A maior parte de sua tropa foi morta ou capturada; de 42.000 homens, cerca de metade foi morta, um quarto conseguiu retornar à [[Síria (província romana)|Síria]], e os homens restantes foram feitos prisioneiros de guerra.<ref>Mackay (2004), 150</ref> No ano seguinte, os partas passaram a fazer incursões dentro do território da Síria, e, em 51 a.C., colocaram em prática uma grande invasão, liderada pelo príncipe herdeiro, [[Pácoro I da Pártia|Pácoro]], e o general [[Osaces]]; suas tropas, no entanto, sofreram uma emboscada nas proximidades [[Antigoneia (Síria)|Antigoneia]] pelas tropas romanas, comandadas por [[Caio Cássio Longino]], e Osaces foi morto.<ref>Bivar (1968), 56</ref>
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===Guerras inconclusivas===
{{AP|Guerra romano-parta de 58–63}}
[[Imagem:Parthia 001ad-pt.svg|thumb|upright=2.0|A Pártia em {{DC|1 d.C.|x}}]]
Sob a ameaça de uma guerra iminente entre as duas potências, [[Caio César]] e [[Fraates V da Pártia|Fraataces]] se esforçaram para estabelecer um acordo entre os dois impérios, em {{DC|1 d.C.|x}}; de acordo com os termos do acordo, a Pártia deveria retirar suas tropas da Armênia, e reconhecer um protetorado romano ''[[de facto]]'' sobre aquele país. Ainda assim, a rivalidade romano-persa pelo controle e influência sobre a Armênia continuou a ser motivo de tensão pelas décadas seguintes.<ref>Sicker (2000), 162</ref>
 
A decisão do rei[[xá parta|xá]] [[Artabano II da Pártia|Artabano II]] de colocar seu filho, Ársaces, no trono armênio desencadeou uma guerra contra Roma, em {{DC|36 d.C.|x}} Artabano chegou a um acordo com o general romano [[Lúcio Vitélio]], abandonando as pretensões partas de estabelecer uma esfera de influência parta sobre a Armênia.<ref>Sicker (2000), 162–163</ref> Uma nova crise, no entanto, se iniciou em {{AC|58 d.C.|x}}, quando os romanos invadiram a Armênia depois de o rei parta [[Vologases I]] colocar à força seu irmão, [[TiridatesTirídates I da Armênia|TiridatesTirídates]], no trono armênio.<ref>Sicker (2000), 163</ref> Tropas romanas, comandadas por [[Cneu Domício Córbulo]], derrubou TiridatesTirídates e colocou em seu lugar um príncipe da [[Reino da Capadócia|Capadócia]]; isto levou a uma retaliação parta, e a uma série de campanhas malsucedidas na região. A [[Guerra Romano-Parta de 58-63|guerra que se seguiu]] chegou ao fim em 63 d.C., quando os romanos concordaram em deixar Tiridates e seus descendentes no trono da Armênia, com a condição de que recebessem este título do imperador romano.<ref>Rawlinson (2007), 286–287</ref>
 
===A guerra parta de Trajano===