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'''Sapatos Pretos''' é um [[filme]] português, realizado por [[João Canijo]], no ano de [[1998]].O argumento foi escrito pelo próprio realizador e por Pierre Hodgson, tratando-se de uma produção luso-francesa. A história foi baseada num caso real que ocorreu em Portugal, e a pretensão do realizador foi entrar no Portugal rural e questionar os tão conhecidos "brandos costumes" portugueses, como o próprio afirmou no [[making of]], disponível no [[DVD]] editado pela produtora "MADRAGOA FILMES". O filme conta a história de uma mulher em desespero de vida, que é agredida muito violentamente pelo marido, e começa uma tentativa de escape, realizando uma mudança radical de imagem. A partir desta mudança, a mulher continua a querer fugir cada vez mais do marido e da sua mãe chantagista, e o seu desejo de libertação culmina com a morte do marido. O filme fez bastante sucesso em Portugal, tendo sido o 21º maior sucesso de público no período 1980-2001. A recepção pela crítica não foi coesa.
O filme fez bastante sucesso em Portugal,tendo sido o 21º maior sucesso de público no período 1980-2001). A recepção pela crítica não foi coesa.
 
== História ==
Dalila (Bustorff) é uma mulher casada e com um filho que não quer de modo algum envelhecer. O seu marido, Marcolino (Norte) é um homem violento e obscuro, que em actos inconscientes, dá tudo pela ostentação (oferece à mulher um descapotável novo após ter assinado uma hipoteca). Dalila sofre diariamente de violência doméstica por parte do marido, que chega a ser sádico. Mas, certa vez, Dalila ingressa em Lisboa,e quando regressa, torna-se alvo de falatório por parte dos cidadãos de Sines, isto porque ela consuma uma mudança radical: descolora o cabelo, muda o guarda-roupa, utilizando vestidos muito justos e curtos. Resumidamente, passa de comedida a desmedida; Mas Marcolino na verdade, não se importa que Dalila seja observada/comentada por outros homens. Ele usa-a como um objecto para revelar às outras pessoas. Esta nova Dalila, inventa um cancro no peito para poder realizar um aumento, o que desagrada ao marido,e é nesse momento em que o espectador se apercebe de que o marido é sádico, na cena mais violenta do filme. A renovada Dalila decide também arranjar um amante, e à medida que se moderniza, começa a perceber que não tem de ser batida, e a odiar cada vez mais o marido. Porém, Dalila está condicionada a não se divorciar do marido, já que a mãe(Breia), a chantageou, afirmando que ela "deixaria de ser filha dela" se se divorciasse do marido. Então Dalila, encurralada, considera que a única opção que lhe resta para se livrar do marido, é matá-lo. Ela pede esse favor ao amante, mas este não está disposto a fazê-lo. Então, ela contrata um matador, e tenciona pagar-lhe com a mala de jóias da pasta de Marcolino, que é vendedor de jóias. Dalila está a enganar o amante, Pompeu (Reis), já que este pensa que eles vão fugir e utilizar o dinheiro para abrir um restaurante no México. Ela planeia um crime perfeito, para enganar tudo e todos, mas é encriminada por uns sapatos pretos que comprou numa sapataria em Lisboa, através de uma vizinha, Ercília (Madruga) que apenas juntou "A mais B"...
 
== Produção ==
O projecto original de João Canijo era fazer um filme rude e agressivo, por isso tentou fugir ao lado de [[telenovela]] da história acrescentando-lhe muita agressividade, utilizando uma técnica de filmagem de estilo amador e pouca luz, o que chega a ser incomodativo para o espectador. [[Ana Bustorff]] referiu que sabia que aceitar o papel principal era expor-se extremamente em frente a uma câmara e aos espectadores que iam assistir ao filme (contém cenas de nudez muito explícitas), mas também disse que só entendia o trabalho arriscando nos papéis que fazia, mas acrescentou que se sentiu muito descompensada e confusa durante momentos de filmagem. [[Vítor Norte]] e [[João Reis]] disseram que algumas cenas foram difíceis de fazer devido ao pudor, mas que, acima de tudo, foi uma rodagem divertida.
 
== Reacção ao filme ==
O filme foi bem recebido pelo público,tendo tido aproximadamente 52387 espectadores em Portugal, o que é um número aceitável, dada a época. A reacção pela crítica foi misturada: uma crítica no Jornal Expresso, a 10-4-1998, chamou-lhe "um filme grosseiro". Outras críticas elogiaram o filme, algumas chamaram-no de "grande filme português"(Mário Jorge Torres, ''in'' Jornal Público), e uma crítica disse que a personagem principal não iria ser esquecida pelos portugueses.
 
== Elenco Principal ==