Grande Guerra do Norte: diferenças entre revisões
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Entre os principais combates deste longo conflito destacam-se as batalhas de [[Batalha de Narva|Narva]], [[Batalha de Lesnaia|Lesnaia]] e [[Batalha de Poltava|Poltava]].
==Aliança Anti-Sueca==
A expansão da Suécia pela costa do Mar Báltico nos séculos XVI e XVII alarmara os estados vizinhos, que viram na morte do rei sueco Carlos XI em 1697, uma oportunidade de reação, considerando que seu herdeiro, Carlos XII, seria demasiado jovem e inexperiente para se contrapor à coligação. [1]
A aliança entre a [[Dinamarca]], [[Rússia]], [[Polónia]] e [[Saxônia]] deu-se em segredo, durante o outono de 1699. Naquela época o governante (dito "Eleitor") da Saxônia era também rei da Polónia. Em 12 de fevereiro de 1700, tropas saxônicas atacaram a cidade sueca de [[Riga]] e outras fortificações na [[Livônia]]. No dia 20 de março [[Frederico IV da Dinamarca|Frederico IV]] a Dinamarca interveio militarmente contra o ducado de Holstein-Gottorp, aliado da Suécia, dando início à guerra. A Rússia, por sua vez, não demoraria a assediar o porto sueco de [[Narva]], completando a ofensiva geral.▼
A aliança entre Frederico IV da Dinamarca, Pedro I da Rússia e Augusto II da Polónia e Saxônia deu-se em segredo, durante o outono de 1699. Naquela época o governante (dito "Eleitor") da Saxônia era também rei da Polónia e Grão-Duque da Lituânia.
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==Contra-Ofensiva Sueca==
[[Ficheiro:Karl XIIs polska fälttåg 1700-1706.png|250px|left|thumb|As primeiras Campanhas de [[Carlos XII]] (1700-1706)]]
A Suécia possuía um excelente exército, de cerca de 77 mil homens. O rei sueco [[Carlos XII da Suécia|Carlos XII]] lançou-se primeiro contra a Dinamarca, contando com a ajuda de navios holandeses e ingleses (nações favoráveis à independência do ducado de Holstein-Gottorp). Desembarcando na ilha onde se situa a capital dinamarquesa, Carlos XII em pouco tempo forçou [[Frederico IV da Dinamarca|Frederico IV]] a se retirar do conflito, assinando o [[Tratado de Traventhal]], em 8 de agosto de 1700.▼
▲A Suécia possuía um excelente exército, de cerca de 77 mil homens. O jovem rei sueco
Sem perder muito tempo, Carlos XII lançou-se então contra os russos. Desembarcando o seu pequeno exército na Livônia, ele marchou sobre
Em lugar de se voltar contra a Rússia de
Abastecido com recursos tirados da Saxônia e com um exército de 42 mil homens, o rei sueco deixou as terras de Augusto II em agosto de 1707, disposto a atacar a Rússia. O czar Pedro fez algumas propostas de paz, mas foram ignoradas. Após expulsar as forças russas posicionadas no leste da Polónia, Carlos XII invadiu a Rússia. ▼
==Invasão da Rússia==
O exército de Pedro, o Grande havia evoluído desde a batalha de Narva, mas ainda assim os russos optaram por uma tática de terra arrasada, levando o exército sueco a sofrer problemas de abastecimento.
Buscando resolver este problema e também evitar o rigor do inverno russo, Carlos XII rumou para a Ucrânia, onde recebeu o auxílio do hetman Ivan Mazepa. Esta estratégia, porém, não teve sucesso pois Mazepa, não conseguiu inspirar a população ucraniana a se revoltar contra os russos nem pôde fornecer aos suecos um número suficientes de cossacos. [3]
O principal comboio sueco foi interceptado e destruído durante a Batalha de Lesnaya em outubro de 1708. [1]
Em 1709 o suecos assediaram pequena fortificação de Poltava, mas foram derrotados decisivamente pelos Russos liderados por Pedro I, o Grande. Acompanhado por Mazeppa e apenas 1.500 homens restantes, o rei da Suécia teve de fugir na direção da Moldávia onde viveu durante cinco anos acolhido pelo governo do sultão Ahmed III. [2][5]
Carlos XII induziu os otomanos a declararem a guerra à Rússia (1710). Após a vitória do Império Otomano na campanha do Rio Pruth (1711), Ahmed III negociou a paz com os russos e obteve o controle de Azov, retirando-se da guerra. [1] [2]
▲Em lugar de se voltar contra a Rússia de [[Pedro I da Rússia|Pedro I]], Carlos XII deixou-se ficar na Saxônia durante dois anos, consumindo os recursos locais e levantando um grande exército de mercenários. Esta sua inacção permitiu ao czar Pedro fundar a cidade de [[São Petersburgo]] e capturar pequenas guarnições suecas ao longo do Báltico.
==Fase Final da Guerra==
▲Abastecido com recursos tirados da Saxônia e com um exército de 42 mil homens, o rei sueco deixou as terras de Augusto II em agosto de 1707, disposto a atacar a Rússia. O czar Pedro fez algumas propostas de paz, mas foram ignoradas.
A coalizão anti-sueca, reviveu após a Batalha de Poltava. Estanislau Leszczyński foi deposto do trono polonês, propiciando o retorno de Augusto II, apoiado pelos russos. [4]
Em maio de 1713, o exército sueco foi derrotado em Tönning. Em 1714, os russos derrotaram a frota naval sueca em Hangö (Hanko) e, depois de terem capturado as ilhas Åland, ameaçaram Estocolmo. [1]
Frederico Guilherme I da Prússia e Jorge I da Inglaterra, na qualidade de eleitor de Hanover, juntaram-se à coalizão depois de terem exigido territórios da Suécia em troca de sua continuada neutralidade; o que foi recusado substancialmente pelos suecos. [1]
Carlos XII voltou ao território sueco em novembro de 1714, seu retorno deu um temporário impulso ao esforço de guerra do país, mas o rei acabaria por ser morto em 1718 durante o cerco de Fredrikshald (Halden), quando tentava tomar a Noruega. [2]
A guerra finalmente terminou em 1721 pelo Tratado de Nystad, pelo qual a Suécia cedeu Ingria, Estônia, Livonia e uma parte da Carelia finlandesa à Rússia. Os tratados de Estocolmo, foram negociados no ano anterior entre Suécia, Dinamarca, Saxônia, Hanover, Prússia e Polônia pelo qual a Dinamarca devolveu suas conquistas à Suécia em troca de uma quantia substancial de dinheiro, enquanto a Suécia cedeu Bremen a Hanôver e desistiu de Stettin (Szczecin) e teve parte da Pomerânia Sueca cedida à Prússia [1].
Após o fim da Grande Guerra do Norte, a Suécia perdeu grande parte do território que conquistara durante o século XVII e perdeu para sempre o papel de potência europeia. A República das Duas Nações dilacerada por lutas internas também entrou em declínio, enquanto o Império Russo emergiu como grande potência nessa região. [1]
==Referências==
[1] https://www.britannica.com/event/Second-Northern-War
[2] https://www.britannica.com/biography/Charles-XII
[3] https://www.britannica.com/biography/Ivan-Mazepa
[4] https://www.britannica.com/biography/Augustus-II
[5] https://www.britannica.com/event/Battle-of-Poltava
== Bibliografia ==
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