Boca do Lixo: diferenças entre revisões

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O fim da [[ditadura militar no Brasil]] trouxe a liberação de filmes com cenas de [[sexo explícito]], o que acabou matando essa indústria cinematográfica.<ref>Vídeo: [http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/02/1413087-cineastas-relembram-auge-da-boca-do-lixo-veja.shtml Cineastas lembram Auge da Boca do Lixo]. TV Uol, 16 de fevereiro de 2014</ref>
 
Nos [[anos 1990]], parte da área da Boca do Lixo veio a ser chamada de [[Cracolândia]] e se tornou uma da regiões mais degradadas da cidade de São Paulo. A partir de 2005, a prefeitura de São pauloPaulo começa a intervir neste espaço através de uma estratégia repressiva, aumentando o policiamento local e fechando hotéis e bares supostamente ligados ao [[tráfico de drogas]] e à [[prostituição]]. Centenas de imóveis residenciais ou utilizados por pequenos comerciantes foram declarados de utilidade pública e [[desapropriação|desapropriados]] a fim de atrair investimentos privados e empresas do setor imobiliário. Em 2007 é lançado o programa ''[[Nova Luz]]'', destinado a promover a [[requalificação]] da região através da renúncia fiscal do [[IPTU]] como estímulo a reformas das fachadas. Paralelamente, tratava-se de afugentar os grupos socialmente mais vulneráveis: os [[sem teto]]s eram retirados ou expulsos sumariamente; [[catadores]] de material reciclável tinham seu trabalho dificultado; usuários de [[crack]] e outras drogas (entre eles, muitas crianças e adolescentes) eram impedidos de se reunir no local e impelidos a perambular, sem rumo, por bairros vizinhos. O programa revelava assim seu caráter [[higienista]]. Em 2012, tem início a "Operação Centro Legal", de combate ao tráfico na região e internação compulsória dos dependentes de crack. Já no primeiro mês, pequenas cracolândias se espalharam pela cidade - distribuindo-se, segundo a [[Polícia Militar do Estado de São Paulo|Polícia]], por 27 bairros, entre eles a [[Barra Funda]], [[Higienópolis]], [[Santa Cecília]] e Luz. Na época, segundo um relatório do governo de São Paulo, 155 usuários de drogas foram internados, 191 pessoas foram presas em flagrante e 63 toneladas de drogas (incluindo três toneladas de crack) foram apreendidas.<ref>[http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/index.php?apg=b_visor&pub=29&ordem=3 Dossiê Cracolância]. [[Instituto Sedes Sapientiae|Sedes Sapientiae]]. Departamento de Psicanálise. Junho de 2014.</ref>
 
{{Referências}}