Godofredo de Bulhão: diferenças entre revisões

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== Primeiros anos ==
Godofredo de Bulhão nasceu em c.[[1060]], mais provavelmente em [[1058]] no [[condado de Bolonha]], parte do [[Sacro Império Romano-Germânico]], em [[Bolonha-sobre-o-Mar]] (actualmenteatualmente na [[França]]) ou em [[Baisy-Thy|Baisy]] ([[cidade]] da actualatual [[província]] do [[Brabante Valão]] na [[Bélgica]]).
 
Descendente de [[Carlos Magno]], era filho do [[conde]] [[Eustácio II de Bolonha]] com a [[Santa Ida da Lorena]], filha de [[Godofredo II da Lorena|Godofredo ''o Barbudo'']], [[Ducado da Lorena|duque da Baixa Lorena]] e conde de [[Verdun (Meuse)|Verdun]]. Os seus irmãos foram [[Eustácio III de Bolonha]] e [[Balduíno I de Jerusalém]]. O factofato de ser o segundo filho determinou o seu futuro, uma vez que na [[Idade Média]] o filho primogénito, neste caso o seu irmão Eustácio, geralmente herdava todos os territórios dos pais.
 
A sua oportunidade surgiu pelo seu tio materno [[Godofredo III da Lorena|Godfredo ''o Corcunda'']]: foi ele quem o [[educação|instruíu]] sobre a [[cavalaria medieval|cavalaria]] no seu [[castelo]] de [[Bouillon (Bélgica)|Bulhão]]; e quando foi [[assassínio|assassinado]], morrendo sem descendência, nomeou-o seu herdeiro e sucessor no [[Ducado da Lorena|Ducado da Baixa Lorena]].
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[[Ficheiro:Bouillon (Belgique); le vieux pont sur la Semois et le château-fort (Xe–XVIe siècles).jpg|thumb|left|250px|Vista do [[castelo]] de [[Bouillon (Bélgica)|Bulhão]] a partir do [[rio Semois]]]]
 
Este território tinha um papel político importante na época, uma vez que ficava na [[fronteira]] do reino da França com o Sacro Império. De factofato, a Baixa Lorena era tão importante que [[Henrique IV da Germânia|Henrique IV]], [[Lista de reis da Germânia|rei da Germânia]] e futuro [[Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico|imperador]] ([[1084]]-[[1105]]), decidiu ceder esse domínio ao seu filho [[Conrado II da Itália]] em [[1076]], e deixar a Godofredo apenas Bulhão e a [[Marca de fronteira|Marca]] de [[Antuérpia (província)|Antuérpia]], como um teste às suas capacidades e [[lealdade]].
 
O jovem nobre serviu Henrique IV, apoiando-o na [[questão das investiduras]] contra o [[papa Gregório VII]], lutando ao seu lado contra as forças do seu rival [[Rudolfo da Suábia]] e em [[batalha (guerra)|batalhas]] na [[Itália]], ajudando o imperador a tomar a cidade de [[Roma]] do [[papa]].
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* O papel de Godofredo na cruzada foi também descrito por [[Alberto de Aquisgrão]], cronista do [[século XII]] em [[Aachen|Aix-la-Chapelle]], pelo autor anónimo da ''Gesta Francorum'' (''Os Feitos dos Francos''), e por [[Raimundo de Aguilers]], entre outros.
 
* Na [[literatura]] [[ficção|ficcional]], foi o [[herói]] de numerosas ''[[Canção de gesta|canções de gesta]]'' [[França|francesas]] sobre as [[cruzadas]]: o chamado ''Ciclo das Cruzadas'', que ligou os seus ancestrais à lenda do [[Cavaleiro do Cisne]]<ref>''Married Saints and Blesseds'', Ferdinand Holböck, p. 147, tradução para o [[línguaLíngua inglesa|inglês]] de Michael J. Miller, Ignatius Press, 2002 (ISBN 0-89870-843-5)</ref>, actualmente mais conhecida como a trama da [[ópera]] ''[[Lohengrin (ópera)|Lohengrin]]'' de [[Richard Wagner]].
 
* No tempo de Guilherme de Tiro, Godofredo já era um herói lendário entre os descendentes dos primeiros cruzados. Acreditava-se que tinha sido possuidor de uma imensa força física - inclusivamente que lutara e vencera contra um [[urso]] na [[Cilícia]], e que [[decapitação|decapitara]] um [[camelo]] com um golpe da sua [[espada]].