Primatas: diferenças entre revisões

A ordem dos '''Primatas''' é um grupo de [[mamífero]]s que compreende os popularmente chamados de macacos, símios, lêmures e os seres humanos. É dividida informalmente em [[símio]]s e [[prossímio]]s.<ref name="Goodman2">{{citar periódico |periódico= Journal of Molecular Evolution | data= 1990 | volume= 30 | páginas= 260–266 | título= Primate evolution at the DNA level and a classification of hominoids | autor= Goodman, M., Tagle, D. A., Fitch, D. H., Bailey, W., Czelusniak, J., Koop, B. F., Benson, P. & Slightom, J. L. | doi= 10.1007/BF02099995 | pmid= 2109087 | número= 3}}</ref> Os primatas surgiram de ancestrais [[arborícola]]s nas florestas tropicais; muitas das características dessa ordem são adaptações a esse modo de vida. Entretanto, alguns primatas são parcialmente arborícolas.

Com exceção dos [[humano]]s, que habitam todos os continentes,{{Nota de rodapé|Humanos habitam todos os continentes se forem incluídas as estações científicas e meteorológicas na Antártida.}} a maior parte dos primatas vivem em florestas tropicais e subtropicais das Américas, África e Ásia.<ref name="britannica">{{citar enciclopédia |título= Primate |enciclopédia= Encyclopædia Britannica Online |publicado= [[Encyclopædia Britannica, Inc.]] |ano= 2008 | url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/476264/primate |acessodata=15 de fevereiro de 2013}}</ref> Variam de forma extrema em tamanho, indo desde ''[[Microcebus berthae]]'', que pesa 30 g, até ''[[Gorilla beringei graueri]]'', que pode pesar mais de 200&nbsp;kg. De acordo com o registro [[fóssil]], os ancestrais mais primitivos dos primatas viveram no [[Cretáceo Superior]], há cerca de 65 milhões de anos; o mais antigo primata conhecido é ''[[Plesiadapis]]'', do [[Paleoceno]] Tardio, entre 55 e 58 milhões de anos atrás.<ref name=chatterjee>{{Chatterjee et al 2009}}</ref> Estudos de [[relógio molecular]] sugerem que a origem dessa ordem é mais antiga, com estimativas ao redor de 85 milhões de anos atrás, no Cretáceo Médio.<ref name=chatterjee/>

O crânio possui uma arredondada [[caixa craniana]], especialmente desenvolvida em [[antropoide]]s. O crânio protege o cérebro, que é particularmente desenvolvido neste grupo.<ref name="pough" /> O volume endocranial é três vezes maior em humanos do que no maior primata não humano, refletindo o maior tamanho relativo de cérebro.<ref name="aiello" /> A média desse volume é de 1 201&nbsp;cm³ em humanos, 469&nbsp;cm³ em [[gorila]]s, 400&nbsp;cm³ em [[chimpanzé]]s e 397&nbsp;cm³ em [[orangotango]]s.<ref name="aiello">{{citar livro |autor = Aiello, L. & Dean, C. |ano=1990 |título=An Introduction to Human Evolutionary Anatomy |publicado=Academic Press |páginas=193 | isbn=0-12-045590-0}}</ref> A tendência na evolução dos primatas é o desenvolvimento do [[córtex cerebral]], particularmente o [[neocórtex]], que é envolvido na [[sentido|percepção sensorial]], na geração de [[córtex motor|padrões motores complexos]], [[consciência]], e em humanos, a [[fala]].<ref name="britannica">{{citar enciclopédia|título=Primate|enciclopédia=Encyclopædia Britannica Online|publicado=[[Encyclopædia Britannica, Inc.]]|ano=2008|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/476264/primate|acessodata=15 de fevereiro de 2013}}</ref> Enquanto outros mamíferos dependem muito do [[olfato]], o modo de vida arborícola dos primatas o torna mais dependentes da [[visão]] e do [[tato]],<ref name="britannica" /> e a vivência em complexos meios sociais foi pressão seletiva para o aumento de áreas do córtex envolvidas na consciência e comunicação, o que culminou na redução do senso olfatório.<ref name="adw">{{citar web | url=http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Primates.html | título="Primates" (On-line) |publicado=Animal Diversity Web | autor=Myers, P. | data=1999 | acessodata=16 de fevereiro de 2013}}</ref>