Servidão na Rússia: diferenças entre revisões

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A '''servidão na Rússia''' (em [[língua russa|russo]]: ''Крепостное право'', '''''Krepostnoie pravo''''') foi um sistema de [[servidão]] que existiu no [[Império Russo]]. Foi criado em [[1649]] pelo [[czar]] [[Aleixo da Rússia|Aleixo]] após casos de fuga dos camponeses. Esta lei forçou os camponeses russos a manterem-se nas terras, sem as poder possuir. Os donos das terras, sobretudo nobres, podiam vender as terras juntamente com os servos que nela trabalhavam. Tinham o direito de dispor dos servos quase da forma como quisessem, desde que não os matassem.
 
Durante os séculos XIII a XV, a dependência feudal se aplicava a um número significativo de camponeses, mas a servidão, tal como a conhecemos, ainda não era um fenômeno generalizado.
 
Os russos lutaram persistentemente contra os estados sucessores da [[Horda de ouro|Horda de Ouro]], principalmente o [[Khanato da Criméia|Khanato da Crimeia]]. Anualmente, a população russa da fronteira sofria com as invasões [[Tártaros|tártaras]] e dezenas de milhares de nobres protegiam a fronteira do sul (um pesado fardo para o estado), o que retardou seu desenvolvimento social e econômico e ampliou a tributação dos camponeses.
 
O código legal de [[Ivã III de Moscou|Ivan III]] da Rússia (Sudebnik de 1497), fortaleceu a dependência dos camponeses, em todo o estado, e restringiu sua mobilidade. O Sudebnik de 1550 introduziu um imposto adicional chamado za povoz (за повоз , ou taxa de transporte), no caso de um camponês se recusar a levar a colheita dos campos para o seu senhor.
 
Um período temporário (Заповедные лета, ou anos proibidos) e, posteriormente, uma proibição aberta para que os camponeses deixassem seus senhores foi introduzida em 1597 sob o reinado de [[Boris Godunov]], que tirou o direito dos camponeses à livre circulação em torno do Dia de Yuri (em novembro) fixando-os definitivamente à gleba e lançando a grande maioria do campesinato russo à plena [[servidão]].
 
Em 1607, um novo edito definiu sanções para aqueles que escondessem e mantivessem os fugitivos: a multa tinha de ser paga ao estado e ao proprietário anterior do camponês.
 
O código de 1649 ([[Sobornoye Ulozheniye]]), durante o reinado de [[Aleixo da Rússia|Aleixo I]], consolidou os camponeses em uma nova classe de servos, hereditária e imutável. O novo código proibiu a viagem entre cidades sem passaporte interno; tendo a nobreza russa o privilégio exclusivo de possuir servos.
 
Esta lei forçou os camponeses russos a manterem-se nas terras, sem as poder possuir. Os donos das terras, sobretudo nobres, podiam vender as terras juntamente com os servos que nela trabalhavam. Tinham o direito de dispor dos servos quase da forma como quisessem, desde que não os matassem.
 
Entre 1773 e 1775, houve revoltas dos camponeses nos [[Urais]] e na zona do [[Volga]]. No seguimento destas revoltas, [[Catarina II da Rússia]] tornou as leis ainda mais favoráveis aos nobres, que podiam agora deportar os servos que causassem problemas, podendo igualmente separar famílias.