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[[File:Bentinho e Topázio.jpg|thumb|Um criador e seu cavalo [[mangalarga marchador]]. O mangalarga marchador é considerado uma raça de [[cavalo]]s.]]
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Os [[antropologia|antropólogos]], durante a época [[colonialismo|colonial]] do [[século XVI]] (após os europeus terem notado a existência de seres humanos bem diferentes dos europeus, como [[Povos ameríndios|índios]] ou [[Khoisan|bosquímanos]], nos novos continentes recém-descobertos e terem começado a estudar essas "criaturas") até o final do [[século XX]], acreditavam que existiam [[raças humanas]] diferentes, mas, desde que o [[Projeto Genoma Humano]] analisou a genética de diferentes raças, os resultados apontaram que as diferenças genéticas entre as raças eram muito pequenas, e que o [[Determinismo geográfico|determinismo ambiental]] e o [[Síntese evolutiva moderna|neodarwinismo]], como justificativas das diferenças genéticas entre os seres humanos do Velho Continente, do Novo Continente e do Novíssimo Continente, revelaram-se irrelevantes e mostraram que as diferenças [[genética]]s entre uma [[Negros|pessoa negra]] e um [[Brancos|caucasiano]] não existem. O próprio conceito biológico de raças humanas se tornou bastante desacreditado e condenado entre os [[biologia|biólogos]] e entre os [[antropologia|antropólogos]].
 
A partir do resultado das pesquisas que ocorreram nos primeiros anos do Projeto Genoma Humano, passou-se, então, a considerar o conceito de raças humanas como "obsoleto", "perigoso" e "tóxico",<ref>[http://www.physanth.org/positions/race.html American Association of Physical Anthropologists – Declaração sobre os aspectos biológicos da raça] {{en}} acessado a 20 de maio de 2009</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/05/racas-humanas-nao-existem-como-entidades-biologicas-diz-geneticista.htm|título=Raças humanas não existem como entidades biológicas, diz geneticista - Notícias - Ciência|website=uol.com.br}}</ref> persistindo o uso do termo apenas na política, quando se pede "igualdade racial" ou na legislação quando se fala em "preconceito de raça", como a [[lei]] nº 12.288,<ref>http://legis.senado.leg.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=261827&tipoDocumento=LEI&tipoTexto=PUB</ref> de [[20 de julho]] de [[2010]], que instituiu, no [[Brasil]], o "Estatuto da Igualdade Racial". Um conceito alternativo e sinônimo é o de "[[etnia]]".
 
O vocábulo ''raça'' aparecia normalmente nos textos científicos (como os livros de geografia de [[Aroldo de Azevedo]] e a coleção "''História das Raças Humanas''", de Gilberto Galvão, que detalha todas as raças, com fotografias) até a [[década de 1970]], quando começou a ser questionado como racismo, especialmente com o advento do [[politicamente correto]] na década de 1980. {{carece de fontes|data=junho de 2017}}. Do ponto de vista científico, como já demonstrou o [[Projeto Genoma]], o conceito de raça não pode ser aplicado a seres humanos por não existirem genes raciais na nossa espécie; isso corrobora teses anteriores, que negavam a existência de isolamento genético dentre as populações. Assim, para a espécie humana "raça" corresponde a um conceito social, não a conceito científico.
 
Uma pesquisa do [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]], divulgada em [[22 de julho]] de [[2011]], revelou que a maioria dos brasileiros acredita que a cor e a raça do indivíduo influenciam o trabalho e a vida cotidiana das pessoas.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5255862-EI294,00-Maioria+dos+brasileiros+considera+que+cor+ou+raca+influencia+vida+cotidiana.html|título=Maioria dos brasileiros considera que cor ou raça influencia vida cotidiana|website=terra.com.br}}</ref>
 
O termo "raça" ainda é aceito normalmente para designar as variedades de [[animal doméstico|animais domésticos]] e animais de criação como o gado ([[nelore]], [[gir]] e [[zebu]]).
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Apesar de poderem ser considerados como dois grupos distintos de linhagem humana, ''australoides'' e ''capoides'' também podem ser considerados como ''negroides'', de acordo com essa mesma classificação tradicional.
 
Como qualquer classificação, esta é imperfeita e, por isso, ao longo do tempo, foram sendo usados outros termos, principalmente para grupos cujas características não se ajustavam aos grupos "definidos", como é o caso dos [[pardo]]s para indicar os [[indígena]]s do sub-continente [[Índia|indiano]], entre outros. De notar que, a par desta classificação baseada em características físicas, houve sempre outras, mais relacionadas com a [[cultura]], principalmente a [[religião]] dos "outros", como os [[mouro]]s ou "infiéis", como os cristãos de [[Mundo Ocidental|cultura ocidental]] denominavam os [[árabes]] [[muçulmano]]s e os [[judeu]]s, este último imigrou para as [[Colonialismo|colônias]] [[Império Espanhol|espanholas]], [[Império Português|portuguesas]], [[Império colonial francês|francesas]], [[Império Colonial Holandês|holandesas]] e [[Império Britânico|inglesas]] estabelecidas nos Novos Continentes como a [[África]], a [[América]] e a [[Oceania]] a partir do Século XVI para fugir da intolerâcia religiosa praticada pelos [[reis católicos]] existente nas metrópoles.<ref>{{citar web|url=http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/judeus_sem_saber.html|título=UOL - Página não encontrada|website=UOL - Página não encontrada}}</ref>
 
Ainda no final do [[Século XIX]], quando as ideias de [[Sigmund Freud]] estavam sendo desenvolvidas, [[Franz Boas]] passou a condenar o biologismo e o racialismo e foi seguido por vários escritores do [[Século XX]] em seus trabalhos sobre raça, etnicidade e biologia, como [[Ashley Montagu]], [[Richard Lewontin]] e [[Stephen Jay Gould]]. Contudo, alguns poucos cientistas como [[J. Philippe Rushton]], [[Arthur Jensen]], [[Vincent Sarich]] e [[Frank Miele]] (autores de ''"Race: The Reality of Human Differences"'') proclamam que não só essa tese é falsa, mas que foi politicamente motivada e não tem bases científicas.