Druso Júlio César: diferenças entre revisões

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Mantendo o mesmo intervalo de três anos entre o primeiro e o segundo cônsulado observado por Germânico, Druso foi nomeado [[cônsul romano|cônsul]] novamente em 21 e serviu juntamente com Tibério. Os difíceis anos anteriores fizeram com que Tibério assumisse uma postura reclusiva e, para ele, o consulado de Druso era uma boa notícia, pois ele, com a saúde já debilitada, pode se retirar para a [[Campânia]] deixando os assuntos de estado aos cuidados de seu herdeiro. O imperador ficou aproximadamente vinte meses fora de Roma<ref name=Smith1087/><ref name=Adams105>{{harvnb|Adams|2007|p=105}}</ref><ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' [[s:The Annals (Tacitus)/Book 3#31|III.31]]</ref><ref name=Levick124/>.
 
Como cônsul, Druso participou de diversos debates no Senado. Sua primeira chance para brilhar ali apareceu numa disputa entre o ex-[[pretor]] [[Cneu Domício Córbulo, o Velho|Cneu Domício Córbulo]] e [[Lúcio Cornélio Sula Magno|Lúcio Cornélio Sula]]. Cornélio não cedeu seu assento a Córbulo numa apresentação de gladiadores e o incidente deu início a um debate entre os direitos dos idosos e os defensores da tradição; a posição de Druso foi pela reconciliação<ref>{{harvnb|Seager|2005|p=101}}</ref>. Em outro debate, foi proposto que [[Aulo Cecina Severo (cônsul em 1 a.C.)|Cecina Severo]] que as esposas dos [[governadores romanos|governadores]] fossem impedidas de se juntar aos seus maridos nas províncias. Cecina discursou pela aprovação da lei e foi seguido por discursos de [[Marco Valério Messala Messalino|Valéria Messalino]] e Druso contrários a ela. A proposta acabou sendo abandonada, mas não pela argumentação apresentada, mas pela intervenção de uma força externa, a ''[[auctoritas]]'' de Druso, responsável também pela não aprovação da ''[[Lex Oppia]]'' mais tarde<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' [[s:The Annals (Tacitus)/Book 3#31|III.31]]-[[s:The Annals (Tacitus)/Book 4#35|35]]</ref><ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' XXIV.1-8</ref><ref>{{harvnb|Milnor|2005|p=180}}</ref>.
 
Druso então resolveu um incidente envolvendo o abuso da proteção oferecida por ícones do imperador, que estariam sendo utilizados para proteger pessoas culpadas. [[Caio Céstio Galo (cônsul em 35)|Caio Céstio Galo]] apresentou uma reclamação ao Senado e alegou que estava sendo abusado por causa desta salvaguarda por Ânia Rufila. Druso foi rapidamente chamado a opinar, pois os demais senadores acreditavam que somente um membro da família imperial poderia tratar de um assunto tão delicado. A pedido de muitos senadores, Druso ordenou que Rufila fosse presa<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' [[s:The Annals (Tacitus)/Book 3#36|III.36]]</ref>. Posteriormente, Druso também recebeu os créditos pela condenação de dois [[ordem equestre|equestres]], Consídio Équo e Célio Cursor, que haviam atacado o pretor Mágio Ceciliano acusando-o falsamente de ''maiestas'' ("traição"). É improvável que ele próprio tenha sido responsável, pois todo veredito era publicado pelo Senado sob a autoridade de Tibério, mas mesmo assim Druso levou a fama, o que aumentou sua popularidade<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' [[s:The Annals (Tacitus)/Book 3#37|III.37]]</ref><ref name=Seager102>{{harvnb|Seager|2005|p=102}}</ref>.