Potências do Eixo: diferenças entre revisões

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O interesse para a formação de uma aliança entre a Alemanha e o Japão começou quando o diplomata japonês [[Hiroshi Oshima]] visitou o ministro das Relações Exteriores alemão [[Joachim von Ribbentrop]] em Berlim, 1935.<ref name="boscaro">Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 32.</ref> Oshima informou von Ribbentrop sobre o interesse do Japão em formar uma aliança germano-japonesa contra a União Soviética.<ref name="boscaro"/> Von Ribbentrop acatou a proposta de Oshima e defendeu que a aliança deveria basear-se em um contexto político para opor-se à [[Comintern]].<ref name="boscaro"/> O pacto proposto foi recebido com reações divididas no Japão. Uma facção de ultra-nacionalistas dentro do governo apoiou, enquanto a marinha japonesa e o Ministério das Relações Exteriores fizeram firme oposição ao pacto.<ref>Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 33.</ref> Havia uma grande preocupação no governo japonês de que um pacto com a Alemanha poderia acabar com as relações do Japão com a Inglaterra, pondo em risco anos de acordos benéficos com os ingleses.<ref>Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 38.</ref> Na Alemanha, a proposta de pacto causou uma divisão de opiniões semelhante, pois enquanto os altos escalões do partido nazista achavam uma boa ideia, muitos membros do Ministério das Relações Exteriores, do exército e da comunidade empresarial não gostaram, pois tinham negócios e interesses financeiros na China, país ao qual o Japão era hostil.
 
Após tomar conhecimento das negociações entre alemães e japoneses, a Itália manifestou interesse em também formar uma aliança com o Japão.</ref name="boscaro">Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. P. 39.</ref> A Itália acreditava que devido ao longo histórico de relações entre o Japão e a Inglaterra, uma aliança ítalo-japonesa poderia pressionar os ingleses a adotar uma postura mais flexível com a Itália no Mediterrâneo.<ref name="boscaro"/> No verão de 1936, [[Galeazzo Ciano]] comentou com o embaixador japonês da Itália, Sugimura Yotaro, que estava interessado em um acordo com o Japão nos mesmos moldes do que estava sendo feito com os alemães.<ref name="boscaro"/> Inicialmente a proposta foi desconsiderada, pois uma aliança com a Itália contra a União Soviética não parecia ter a mesma importância do que uma com a Alemanha. Além disso, uma aliança com a Itália poderia abalar as relações com a Inglaterra, que não concordava com a invasão italiana na Etiópia.<ref name="boscaro"/> O Império Japonês manteve-se longe da Itália até 1937, quando a [[Liga das Nações]] condenou o Japão ao isolamento internacional pelas suas ações na China, enquanto somente a Itália colocou-se favorável aos japoneses.<ref>Adriana Boscaro, Franco Gatti, Massimo Raveri, (eds). ''Rethinking Japan. 1. Literature, visual arts & linguistics''. Pp. 39-40.</ref>
 
As "Potências do Eixo" aderiram ao nome formalmente após a assinatura do [[Pacto Tripartite]], assinado pela Alemanha, Itália e Japão em 27 de setembro de 1940 na cidade de Berlim. Posteriormente juntaram-se também a Hungria (20 de novembro de 1940), Romênia (23 de novembro de 1940), Eslováquia (24 de novembro de 1940) e Bulgária (1 de março de 1941).{{sfn|Hill|2003|p=91}}