Cruzada Albigense: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Zilcan Zilcor (discussão | contribs)
Zilcan Zilcor (discussão | contribs)
Linha 45:
[[Imagem:Berruguete ordeal.jpg|upright|thumb|''Auto de Fé de Santo Domingos de Gusmão'', obra do pintor renascentista [[Pedro Berruguete]], exibido no [[Museu do Prado]], reproduz um cena da obra fracassada de conversão dos cátaros encarregue a Domingos de Gusmão.]]
Os sucessos de Domingos de Gusmão dão ao manifesto a eficácia dos seus métodos, mas tratava-se de uma pregação longa e difícil que exigia modéstia e paciência, Domingos de Gusmão parecia adaptado a esta situação mas não assim os [[cistercienses]] que aguardavam uma conversão massiva e entusiasta e, em lugar disso, tinham de ir de povoação em povoação enfrentando os contra-pregadores cátaros que ocasionalmente conheciam o Evangelho melhor que os seus próprios clérigos. Para eles, a campanha de 1207 era um insucesso.
Neste clima, com a heresia em pleno auge e a crescente humilhação da Igreja Romana frente da passividade e conivência dos senhores occitanos, somente faltava uma chispa que servisse de argumento a Inocêncio III para tomar as armas. Esta ocorreu na Primavera de 1208 com o assassinato em [[Saint-Gilles (Gard)|Saint-Gilles]] do legado papal [[Pedro de Castelnou]] (atribuído segundo as crônicas a uma ordem do conde tolosano Raimundo VI). O papa pronunciou um [[anátema]] contra o conde tolosano e declarou as suas terras "entregues como presa". Isto equivalia a uma chamada direta a [[Filipe II Augusto]], rei da França, bem como a todos os condes, barões e cavaleiros do seu reino para acudir à Cruzada.
 
==Desenvolvimento da Cruzada==
O desenvolvimento desta ''Guerra Santa'' ou [[Cruzadas|cruzada]] é com frequência relatado pela [[historiografia]] em três fases diferenciadas: uma primeira etapa, a partir de [[1209]] e que se destacou por episódios de grande violência como o da matança de [[Béziers]], enfrentou as forças reunidas por [[feudalismo|senhores vassalos]] dos Capetos provenientes nomeadamente de [[ilha de França]] e do [[Nord (departamento)|Norte]], comandadas por [[Simão de Montfort]], com parte da nobreza tolosana encabeçada pelo conde [[Raimundo VI de Toulouse]] e a família [[Trencavel]] que, sendo aliados e vassalos do rei de [[Condado de Aragão|Aragão]] [[Pedro II de Aragão|Pedro II ''o Católico'']], invocaram à participação direta no conflito do monarca aragonês, que resultou derrotado e morto no curso da batalha de Muret em 1213.