Lúcio Márcio Censorino (cônsul em 149 a.C.): diferenças entre revisões

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'''Lúcio Márcio Censorino''' ({{lang-la|''Lucius Marcius Censorinus''}}) foi um político da [[gente (Roma Antiga)|gente]] [[Márcios|Márcia]] da [[República Romana]] eleito [[cônsul romano|cônsul]] em 149 a.C. com [[Mânio Manílio Nepos]].
 
== Primeiros anos ==
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== Terceira Guerra Púnica ==
{{AP|Batalha do Lago Túnis}}
Censorino foi eleito cônsul em 149 a.C., o primeiro ano da [[Terceira Guerra Púnica]], com [[Mânio Manílio Nepos]]. Ainda antes do início das hostilidades, os dois cônsules receberam ordens do Senado para se dirigirem à [[Cartago antiga|África]], com Manílio à frente do exército e Censorino, da [[marinha romana|frota]]. Nas últimas tratativas para evitar o conflito, relatadas em detalhes por [[Apiano de Alexandria]],<ref name=AP>[[Apiano]], ''Pun.'' 75-90, 97-99.</ref>, Censorino foi nomeado porta-voz dos romanos, pois era muito conhecido por sua grande habilidade como [[oratória|orador]].
 
Os romanos exigiram que os [[cartagineses]] abandonassem sua própria cidade e que reconstruíssem uma nova a pelo menos dez [[milha romana|milhas]] para o interior, num local sem saída para o mar. Os cartagineses obviamente recusaram o pedido, considerado absurdo, e os cônsules iniciaram os preparativos para tomar [[Cartago]]. Enquanto fabricava [[torre de cerco|torres de madeira]], os romanos perderam muitos soldados para a cavalaria cartaginesa em ataques aos grupos que saíam para cortar madeira. Através de aterros preenchendo uma lagoa costeira, os romanos conseguiram expandir a faixa costeira e conseguiram abrir uma brecha na muralha, rapidamente consertada pelas forças cartaginesas que, numa sortida noturna, conseguiram incendiar as torres romanas. No dia seguinte, apesar da opinião contrária do tribuno [[Cipião Emiliano]], os romanos invadiram a cidade, mas encontraram os cartagineses esperando. Eles conseguiram recuar, mas sofreram pesadas perdas. Por conta disto, os cônsules decidiram desistir do ataque direto à cidade e iniciaram um [[cerco de Cartago (149 a.C.)|cerco]] que duraria mais três anos. Os dois tiveram que acampar a boa distância um do outro para evitar que um ataque surpresa de [[Asdrúbal, o Boetarca|Asdrúbal]], o comandante cartaginês.
 
Pouco depois, Censorino recebeu ordens para voltar a Roma para organizar as eleições consulares, deixando Manílio no comando supremo das operações.<ref name=AP/><ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' ''Epit.'' XL..</ref><ref>[[Floro]] II 15; [[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]] IV 10; [[Paulo Orósio]] IV 22; [[Veleio Patérculo]] I 13; [[Zonaras]] IX.</ref><ref>[[Cícero]] ''Brut.'' 15, 27, ''Ad Att.'' XII 5.</ref>.
 
== Anos finais ==
Em 147 a.C., Censorino foi [[censor romano|censor]] com [[Lúcio Cornélio Lêntulo Lupo]].<ref>[[Valério Máximo]], [[Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis]] VI 9. § 10.</ref>. Segundo [[Cícero]], o filósofo [[Clitômaco]] dedicou uma obra a Censorino, hoje perdida.<ref>[[Cícero]], ''Academica'' II 32</ref>.
 
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|ant2=[[Mânio Acílio Balbo (cônsul em 150 a.C.)|Mânio Acílio Balbo]]
|con1=[[Mânio Manílio Nepos]]
|con2='''[[Lúcio Márcio Censorino''' (cônsul em 149 a.C.)|Lúcio Márcio Censorino]]
|ano=149 a.C.
|seg1=[[Espúrio Postúmio Albino Magno]]