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Lactâncio teve uma bem sucedida carreira pública, de início. A pedido do [[imperador romano|imperador]] [[Diocleciano]], ele se tornou professor oficial de [[retórica]] em [[Nicomédia]] (atual [[İzmit]]), para onde ele viajou da África, viagem que foi por ele descrita no seu poema ''Hodoeporium''. Lá, uma vez no círculo imperial, ele se aproximou do administrador e [[polêmica|polemista]] [[Sossiano Hiérocles]] e do filósofo pagão [[Porfírio]]. Ali também ele teria encontrado pela primeira vez Constantino e [[Galério]], a quem ele trata como um vilão durante a [[Perseguição de Diocleciano]]<ref>{{citar livro|autor = Paul Stephenson| título = Constantine, Roman Emperor, Christian Victor| ano = 2010|páginas = 104| língua = inglês}}.</ref>.
Tendo se convertido ao cristianismo, ele teria sido demitido de suas funções depois da publicação do primeiro édito de Diocleciano contra os cristãos ([[24 de fevereiro]] de [[303]])<ref>{{citar livro|autor = Paul Stephenson| título = Constantine, Roman Emperor, Christian Victor| ano = 2010|páginas = 106| língua = inglês}}.</ref> e como retórico de latim, ele viveu na pobreza, de acordo com [[Jerônimo de Estridão|Jerônimo]]<ref name = JER>{{ws|"[[s:en:De Viris Illustribus#Chapter 80 (Firmianus the rhetorician, surnamed Lactantius)|De Viris Illustribus - Firmianus the rhetorician, surnamed Lactantius]]", em inglês}}</ref>, ganhando a vida através da escrita, até que [[Constantino I]] se tornou seu protetor. O novo imperador nomeou o já idoso Lactâncio mestre (311-313) e essa amizade com Constantino, além de tirá-lo da pobreza, tornou-o preceptor de latim do filho do imperador, [[Crispo]], a quem Lactâncio provavelmente seguiu para [[Augusta dos Tréveros]] (atual [[Tréveris]], na [[Alemanha]]) em [[317]], quando Crispo se tornou [[Caesar (título)|césar]] (co-imperador - veja [[Tetrarquia]]) e foi enviado para lá. Crispo foi executado ali em 326<ref name = JER/>, embora não saibamos nem quando e nem como Lactâncio morreu<ref>{{citar web|url = http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Lactanci.html| título = Biografia de Lactâncio| publicado =| língua = português| acessodata = 16/10/2010}}</ref>
 
==Obras==
[[Imagem:Pannartz Sweynheim Lactantius.jpg|esquerda|thumb|300px|''"De divinis institutionibus"'', de Lactâncio, impresso por Pannartz e Sweynheim em 1465. Cópia da [[Biblioteca Estadual da Baviera]].]]
 
* ''De Officio Dei''<ref>{{citar livro|nomeautor=Lactâncio|autorlink=Lactâncio|título=As obras de Deus|url=http://www.newadvent.org/fathers/0704.htm|volume =|capítulo=|subtítulo=Obra Completa.|língua=inglês}}</ref>, ("As obras de Deus"), uma obra apologética escrita em [[303]] ou [[304]] durante a [[perseguição de Diocleciano]] aos cristãos, foi dedicada a um dos seus discípulos, um cristão rico chamado Demetriânio. Os princípios [[apologética católica|apologéticos]] sublinhando todos os escritos de Lactâncio são bem apresentados nesse tratado.
* ''De Divinis Institutionibus'' ("Instituições Divinas")<ref>{{citar livro|nomeautor=Lactâncio|autorlink=Lactâncio|título=Instituições Divina| url=http://www.newadvent.org/fathers/0701.htm|volume =|capítulo=|subtítulo=Obra Completa.|língua=inglês}}</ref>, escrito entre 303 e [[311]], é a mais importante das obras de Lactâncio. Como tratado apologético, foi escrito com a intenção de mostrar a futilidade das crenças pagãs e estabelecer a razoabilidade e verdade do cristianismo como resposta aos críticos pagãos. Foi também a primeira tentativa de uma exposição sistemática da teologia cristã em latim, planejada em larga escala, suficiente para silenciar todos os opositores. Neste tratado também está uma citação da décima-nona das [[Odes de Salomão]], uma das duas únicas citações das Odes até o começo do [[século XX]]<ref>{{citar livro|sobrenome=Charlesworth| nome = James Hamilton| título = The Odes of Solomon| local = Oxford| editora = Oxford UP| ano = 1973| páginas = 1, 82| língua = inglês}}</ref>. A [[Enciclopédia Católica]] diz sobre ela:
{{Citação2|As qualidades e deficiências de Lactâncio são mostradas em nenhum outro lugar do que na sua obra. A beleza de estilo, a escolha e adequação da terminologia não conseguem esconder a falta de entendimento dos princípios cristãos pelo autor e a sua quase total ignorância das Escrituras.|Enciclopédia Católica<ref name = CE>{{1913CE|Lucius Caecilius Firmianus Lactantius}}</ref>}}
* ''De Ira Dei''<ref>{{citar livro|nomeautor=Lactâncio|autorlink=Lactâncio|título=A Ira de Deus| url=http://www.newadvent.org/fathers/0703.htm|volume =|capítulo=|subtítulo=Obra Completa.|língua=inglês}}</ref> ("A Ira de Deus"), contra os [[estoicos]] e [[epicurista]]s, tratando de divindades antropomórficas.
* ''De Mortibus Persecutorum''<ref>{{citar livro|nomeautor=Lactâncio|autorlink=Lactâncio|título=A morte dos perseguidores| url=http://www.newadvent.org/fathers/0705.htm| volume =|capítulo=|subtítulo=Obra Completa. |língua=inglês}}</ref> ("A morte dos perseguidores"), tem características apologéticas, mas, tem sido considerado um escrito sobre história pelos escritores cristãos. A ideia central é descrever as terríveis mortes dos imperadores perseguidores dos cristãos como [[Nero]], [[Domiciano]], [[Décio]], [[Valeriano]], [[Aureliano]] e os contemporâneos de Lactâncio como [[Diocleciano]], [[Maximiano]], [[Galério]] e [[Maximino Daia]]. Essa obra é tratada como uma crônica da última e maior das perseguições, apesar da moral para a qual cada história foi construída para contar. Aqui, Lactâncio preserva a história da visão do lábaro por [[Constantino I]],(''In hoc signo vinces'') antes de sua conversão ao cristianismo (veja [[Batalha da Ponte Mílvia]]). O texto completo é encontrado em somente um manuscrito, que tem o título: ''"Lucii Caecilii liber ad Donatum Confessorem de Mortibus Persecutorium."''.
* Vastamente atribuído a Lactâncio, é o poema "A Fênix"<ref>{{citar livro|nomeautor=Lactâncio|autorlink=Lactâncio|título=A Fênix| url=http://www.newadvent.org/fathers/0707.htm| volume =| capítulo=| subtítulo=Obra Completa. |língua=inglês}}</ref> (''Ave Phoenice'') que conta a antiga lenda da [[Fênix]], descrita por [[Plutarco]], da morte e do renascimento do pássaro mítico que ressurge das cinzas para viver novamente 500 anos e voltar depois desse tempo para o mesmo ninho onde nasceu e consumindo-se em meio a chamas, transformar-se em cinzas, lenda na qual os egípcios acreditavam, de acordo com Plutarco.
 
{{Referências|col=2}}