Sexto Júlio Esparso: diferenças entre revisões
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Desde a recuperação de um [[diploma militar]] com seu nome<ref>{{CIL|16|35}}</ref>, Júlio Esparso tem sido frequentemente identificado como sendo a mesma pessoa para a qual [[Plínio, o Jovem]], enviou duas de suas cartas sobre assuntos literários<ref>[[Plínio, o Jovem]], ''[[Epístolas (Plínio)|Epístolas]]'' IV.5; VIII.3</ref> e como o homenageado por um dos poemas de [[Marcial (poeta)|Marcial]]<ref>[[Marcial (poeta)|Marcial]], ''Epigramas'' XII.57</ref>. Especialistas não questionaram esta identificação pois seu [[cognome]], "Esparso", é, nas palavras de [[Ronald Syme]], ''"preternaturalmente raro"''. Ele próprio só conseguiu encontrá-lo como nome de três provincianos — um de [[Nemauso (Gália)|Nemauso]] e dois de [[Tarraco]] — e dois romanos, um [[retórica|retórico]] frequentemente citado por [[Sêneca, o Velho]], e [[Caio Lúsio Esparso]], cônsul sufecto em 157<ref>Ronald Syme, [https://www.jstor.org/stable/311156 "Pliny the Procurator"], ''Harvard Studies in Classical Philology'', 73 (1969), pp. 231f</ref>. A existência de um terceiro romano com este cognome, [[Caio Pompônio Rufo Acílio Prisco Célio Esparso]], cônsul em 98, só foi revelada depois que Syme escreveu seu ''[[artigo científico|paper]]''.
Porém, outros autores já notaram que a cronologia dos fatos é contrária a esta identificação deste Júlio Esparso com o cônsul em 88. Segundo as ''[[
Há evidências sugerindo que Júlio Esparso, o cônsul, pode ter sido [[procônsul da África]]. Michel Christol publicou uma inscrição fragmentária de [[Uthina]], na moderna [[Tunísia]], na qual apenas duas linhas são legíveis. A segunda claramente contém o cognome Esparso. Christol sugere que a referência pode ser ao cônsul Júlio Esparso, mas outras duas letras legíveis rejeitam essa hipótese. Ele próprio sugeriu então que a referência seria ao já mencionado cônsul sufecto em 98, Célio Esparso. Apesar de ser possível que Júlio Esparso tenha sido procônsul da África, um dos pináculos da carreira senatorial, o tema permanece apenas como uma conjectura<ref>Christol, [https://www.jstor.org/stable/41616784 "A Propos d'inscriptions latines d'Uthina (Oudhna, Tunisie)"], ''[[Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik]]'', 178 (2011), pp. 285-299</ref>.
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