Colisão elástica: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Translational motion.gif|thumb|right|250px|Enquanto a radiação de [[corpo negro]] não escapa de um sistema, os [[átomo]]s em [[agitação térmica]] experimentam essencialmente '''colisões elásticas'''. Na média, os átomos ricocheteiam entre si mantendo a mesma [[energia cinética]] depois de cada colisão. Aqui, os átomos de [[hélio]] a [[temperatura]] ambiente se mostram retardados dois trilhões de vezes. Cinco átomos estão coloridos de vermelho para facilitar o acompanhamento de seus movimentos.]]
 
Em [[física]], chama-se '''colisão elástica''' ou '''choque elástico''' a uma colisão entre dois ou mais corpos na qual estes não sofrem deformações permanentes durante o impacto.<ref name=hal>{{citar livro|autor=Halliday, D. & Resnick, R.|titulo=Fundamentos de Física|editora=Livros Técnicos e Científicos|ano= 1991|volume= 2}}</ref>. Numa colisão elástica conservam-se tanto o [[momento linear]] como a [[energia cinética]] do sistema, e não há intercâmbio de massa entre os corpos, que se separam depois da colisão.<ref name=hal/>
As colisões em que a energia não se conserva e em que se produzem deformações permanentes nos corpos chamam-se [[colisão inelástica|inelásticas]].<ref name=hal/>
 
Uma colisão elástica é um encontro entre dois corpos em que a [[energia cinética]] total dos dois corpos após o encontro é igual a sua energia cinética total antes do encontro. Colisões perfeitamente elásticas ocorrem apenas se não houver conversão de energia cinética em outras formas (como [[calor]] ou ruído) e, portanto, elas não são parte das nossas experiências cotidianas.<ref>{{citar livro|título=A theoretical analysis of billard ball dynamics under cushion impacts.|ultimo=Mathavan|primeiro=S.|editora=Journal of Mechanical Engineering Science|ano=2010|local=|página=1863 - 1873|páginas=|acessodata=}}</ref> Algumas colisões entre átomos em gases são exemplos de colisões perfeitamente elásticas. Entretanto, existem alguns exemplos de colisões em mecânica onde a energia perdida pode ser insignificante. Estas colisões podem ser consideradas elásticas, mesmo que elas não sejam perfeitamente elásticas. Colisões de bolas de bilhar rígidarígidas ou as bolas num [[pêndulo de Newton]] são dois exemplos disso.<ref>{{citar livro|título=Coefficient of restitution of sports balls: A normal drop test in 'lOP Conference Series: Materials Science and Engineering|ultimo=Haron|primeiro=A.|editora=|ano=|edicao=1|volume=36|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>
 
== Resolução de problemas de colisão elástica ==
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<math>e=\frac{v_{2f}-v_{1f}}{-(v_{2i}-v_{1i})}</math>
 
O coeficiente de restituição <math>e</math> assume sempre o valor igual a 1 para colisões perfeitamente elásticas e quantoquando o coeficiente de restituição é maior que zero e menor que 1 (<math>0 < e < 1</math>) a colisão é considerada parcialmente elástica, pois a energia cinética é parcialmente conservada. Se o coeficiente de restituição for zero, trata-se de uma [[colisão inelástica]].<ref>{{citar livro|título=Física 1|ultimo=HALLIDAY|primeiro=David|ultimo2=Robert|primeiro2=Resnik|editora=LTC|ano=1996|edicao=4|volume=1|local=Rio de Janeiro|páginas=326|acessodata=}}</ref>{{Referências}}
 
== Colisão em duas dimensões ==
Quando dois corpos colidem em duas dimensões, a velocidade total de cada corpo deve ser divida em duas velocidades perpendiculares ([[Vetor (matemática)|decomposição vetorial]]): uma tangente à superfície comum dos corpos em colisão no ponto de contato, a outra ao longo da linha de colisão. Uma vez que a colisão apenas transmite força ao longo da linha de colisão, as velocidades que são tangentes ao ponto de colisão não mudam. As velocidades ao longo da linha de colisão podem, então, ser usadas nas mesmas equações que uma colisão unidimensional. As velocidades final podem ser calculadas a partir das duas novas velocidades e dependerão do ponto de colisão.
 
[[Ficheiro:Elastischer stoß 2D.gif|alt=Colisão elástica em duas dimensões.|centro|miniaturadaimagem|350x350px|Colisão elástica em duas dimensões.]]
 
== Exemplo ==
Supondo que uma arma de massa 1 kg (<math>m_a</math>) dispare um projétil de massa 0,01 kg (<math>m_p</math>) com velocidade de 400 m/s (<math>v_p</math>), calcule a velocidade do recuo dessa arma (<math>v_a</math>). Considerando o choque perfeitamente elástico, para determinar a velocidade de recuo da arma tem-se<ref>{{citar web|url=http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-sobre-colisoes.htm|titulo=Exercícios sobre Colisões|data=|acessodata=05/12/2017|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>:
 
O momento linear é conservado.
 
<math>|p_i|=|p_f|</math>
 
<math>m_av_a=m_pv_p</math>
 
<math>1\cdot v_a+0,01\cdot 400 = 0</math>
 
<math>v_a=-4\ m/s</math>
 
{{Referências}}
 
[[Categoria:Mecânica clássica]]