Sexto Júlio Frontino: diferenças entre revisões

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== Carreira ==
Em 70, Frontino participou da supressão da revolta na [[Renânia]] e depois recebeu a rendição de {{fmtn|70000}} [[língones]]<ref>[[Frontino]], ''Stratagemata[[Estratagemas (Frontino)|Estratagemas]]'' 4.3.14. </ref><ref>A.R. Birley, ''The ''Fasti'' of Roman Britain'' (Oxford: Clarendon Press, 1981), p. 70</ref>. Entre esta data e sua nomeação como [[governador romano|governador]] da [[Britânia (província romana)|Britânia]] no lugar de [[Quinto Petílio Cerial]], poucos anos depois, Frontino foi nomeado [[cônsul sufecto]], provavelmente em 73. Durante seu mandato, subjugou os [[siluros]] de [[Gales|Gales do Sul]] e, acredita-se, contra os [[brigantes]]<ref name=Birley-71>Birley, ''Fasti'', p. 71</ref>. Ele foi sucedido por [[Cneu Júlio Agrícola]], sogro do famoso historiador [[Tácito]], em 77. Birley acredita que ''"é justo especular"'' que Frontino estava com Domiciano durante sua campanha na [[Germânia Magna]] em 83. Uma inscrição encontrada em [[Hierópolis]], na [[Frígia]], assim como diversas moedas em [[Esmirna]] atestam que ele foi [[procônsul da Ásia]] em 86<ref name=Birley-71/>.
 
Em 97, Frontino foi nomeado superintendente dos aquedutos de Roma (''curator acquarum'') pelo imperador [[Nerva]], um cargo restrito a pessoas de grande renome e reputação. Ele também era membro do prestigioso [[colégio (Roma Antiga)|colégio]] dos [[áugure]]s<ref name=Birley-72>Birley, ''Fasti'', p. 72</ref>. No ano seguinte, Frontino foi cônsul sufecto novamente e, em 100, foi eleito cônsul, as duas vezes com Trajano. Birley nota que ''"esta honra excepcional sublinha a alta estima na qual el era tido e sugere além disto que Trajano tinha um débito a pagar"''<ref name=Birley-72/>. Frontino faleceu em 103 ou 104, uma data baseada na correspondência de [[Plínio, o Jovem]], a seus amigos contando que havia sido eleito para o colégio de áugures no lugar de Frontino, que havia morrido<ref name=Birley-72/>.
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==== Fraude e roubo ====
Uma das primeiras funções que ele realizou quando foi nomeado superintendente das águas foi preparar mapas do sistema para que pudesse avaliar sua condição antes de realizar qualquer manutenção. Ele afirma que muitos haviam sido negligenciados e já não trabalhavam mais na capacidade plena. Ele estava especialmente preocupado com o desvio de água por fazendeiros e comerciantes inescrupulosos. Eles inseriam canos no canal dos aquedutos para coletar água para fins particulares. Por isso, ele realizou uma meticulosa pesquisa sobre os volumes de entrada e saída de cada aqueduto e investigou as discrepâncias. [[Inscrições em canos de chumbo]] com o nome do proprietário eram utilizadas também para evitar este tipo de furto de água. Frotino conhecia bem a obra seminal ''"[[De Architectura]]"'', de [[Vitrúvio]], que menciona a construção e manutenção de aquedutos e publicada no século anterior. Ele inclusive faz referência a uma possível influência de Vitrúvio sobre os encanadores<ref>[[Frontino]], ''[[De aquaeductuAquaeductu]]'' 25:.1</ref>.
 
==== Sistema de distrubuição ====