Mutualismo (economia): diferenças entre revisões

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Foi [[Pierre-Joseph Proudhon]] quem criou o termo ''mutualismo'' para descrever a sua teoria econômica, na qual o valor se baseia no trabalho. O mutualismo pode ser considerado "o primeiro anarquismo", já que Proudhon foi o primeiro autor a se autointitular [[anarquismo|anarquista]].
 
Esta teoria de [[apoio mútuo]] adotada por seguidores de Proudhon que formavam fileiras na [[Primeira Internacional|AIT]], pregava uma [[associação]] de [[trabalhador]]es livres de posse de seus próprios [[Fatores de produção|recursos]] para a [[produção]], desta forma, se opondo a tendências coletivistas e/ou [[comunista]]s de organização, contra a socialização dos meios de produção ou ainda sua concentração nas mãos de um [[Estado]], ainda que ele fosse igualmente contrário à [[propriedade (direito)|propriedade]] da grande [[burguesia]] e defendessedizendo que estapropriedade instituiçãoera humanaroubo fossee comparável à [[escravatura|escravidão]] e, portanto,defendendo condenávelem talvez qualdisso um [[crime]]. Vê naa propriedade apessoal origembaseada doem [[governo]]uso e dasocupação. [[instituição|instituições]] humanas.
 
Uma organização comunista, por outro lado, imporia, ao ver de Proudhon, restrições ao livre e pleno exercício das faculdades e potencialidades do [[Anarquismo individualista|indivíduo]] que estaria submetido à vontade da comunidade e, portanto, à sua opressão. Assim, Proudhon defendia uma espécie de propriedade dos meios de produção associativa, onde aquele que trabalha é o dono dos meios de produção e pode associar-se com outros trabalhadores para ajuda mútua.
 
Esta oposição entre propriedade e comunidade, só poderia ser superada encontrando através da [[análise]] os elementos de cada um que constituiríam a [[verdade]] e a natureza da sociabilidade humana. A simples união destes dois elementos não pode ser senão impositiva ao ver de Proudhon. Tal síntese, segundo pretende o autor, constituir-se-á na [[liberdade]].
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A única [[centralização]] concebida neste [[modelo econômico]], de [[livre mercado]], seria a concepção de um "[[Banco]] do [[Povo]]" que seria responsável pela administração da circulação da produção e trocas de valores referentes ao trabalho despendido pela emissão de "cheques-trabalho".
 
== Debates na AITTeoria ==
O Mutualismo defende uma economia localmente semi-planeada pelos trabalhadores que trabalhariam em cooperativas e se associariam em federações agro-industriais voluntariamente, recebendo [[Vale-trabalho|cheques de trabalho]] de acordo com o trabalho feito e distribuídos e emprestados por bancos mutualistas. Defende também a existência de mercados mas que os indivíduos não deviam estar dependentes destes para necessidades básicas. O Banco do Povo seria o conjunto da federação de bancos mutualistas, a federação agro-industrial e a união de comércio.
Já [[Bakunin]], admirador de Proudhon, também foi relutante quanto às suas concepções individualistas, tendo mais tarde rompido com estas defendendo a socialização dos meios de produção, fundando a corrente dos anarquistas coletivistas/bakuninistas.
 
A estratégia para chegar a uma sociedade mutualista de acordo com o Mutualismo seria o Contra-poder, ou seja o aparecimento de instituições alternativas que iriam substituir as funções desempenhadas pelas atuais instituições, tornando-as inúteis.
 
== Ver também ==