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[[Ficheiro:Joseph McCarthy.jpg|thumb|250px|<center>Joseph McCarthy, senador por Wisconsin (1947-1957).]]
'''Macartismo''' (em [[língua inglesa|inglês]] ''McCarthyism'') é um termo que se refere à prática de acusar alguém de [[subversão]] ou de [[traição]]. O termo tem suas origens no período da [[História dos Estados Unidos]] conhecido como [[Ameaça vermelha nos Estados Unidos|segunda ameaça vermelha]], que durou de 1950 a 1957 e foi caracterizado por uma acentuada [[repressão política]] aos [[comunistas]], assim como por uma campanha de medo à influência deles nas instituições estadunidenses e à [[espionagem]] por agentes da [[União Soviética]]. Originalmente cunhado para descrever a patrulha [[anticomunista]] promovida pelo [[Senado dos Estados Unidos|Senador]] [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]] [[Joseph McCarthy]], do [[Wisconsin]], o termo logo adquiriu um significado mais extenso, sendo utilizado hoje para descrever o excesso de iniciativas similares. Também é utilizado para descrever acusações imprudentes e pouco fundamentadas, assim como ataques [[Demagogia|demagógicos]] ao caráter ou ao senso de [[patriotismo]] de adversários políticos.
 
Durante o macartismo, milhares de americanos foram acusados de ser comunistas ou simpatizantes e tornaram-se objetos de agressivas investigações e de inquéritos abertos pelo governo ou por indústrias privadas. O principal alvo das suspeitas foram funcionários públicos, trabalhadores da indústria do entretenimento, educadores e [[Sindicato|sindicalistas]]. As suspeitas eram frequentemente dadas como certas mesmo se fossem baseadas em evidências inconclusivas e questionáveis e se o nível de ameaça representado pela real ou suposta afiliação do indivíduo a ideias ou associações de [[Esquerda política|esquerda]] fosse exagerado. Muitas pessoas perderam seus empregos e/ou tiveram suas carreiras destruídas; alguns foram até presos. A maioria das punições foram baseadas em julgamentos que mais tarde foram anulados,<ref>Por exemplo, ''Yates v. United States'' (1957) e ''Watkins v. United States'' (1957): Fried (1997), pp. 205, 207.</ref> leis que foram declaradas inconstitucionais,<ref>Por exemplo, a lei de "juramento de alavanca" da Califórnia foi declarada inconstitucional em 1967: Fried (1997), p. 124.</ref> demissões por justa causa que foram declaradas ilegais<ref>Por exemplo, ''Slochower v. Board of Education'' (1956): Fried (1997), p. 203.</ref> ou contestáveis<ref>Por exemplo, ''Faulk vs. AWARE Inc., et al.'' (1962): Fried (1997), p. 197.</ref> e procedimentos extrajudiciais que entrariam em descrédito geral.
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A "caça às bruxas" perdurou até que a própria opinião pública americana ficasse indignada com as flagrantes violações dos direitos individuais, graças em grande parte à atuação corajosa do famoso e respeitadíssimo jornalista [[Edward R. Murrow]] na rede americana de [[televisão]] [[Columbia Broadcasting System|CBS]], o que levou McCarthy ao [[ostracismo]] e à precoce [[decadência]]. Ele morreu em [[1957]], já totalmente desacreditado e considerado uma figura infame e uma [[vergonha]] para os americanos. Muitos filmes foram produzidos sobre este período, todos retratando [[McCarthy]] e seus seguidores como figuras desprezíveis e a história que criaram como uma crise que foi superada. Dentre estes destaca-se [[Boa Noite e Boa Sorte]] dirigido por [[George Clooney]] e estrelado por [[David Strathairn]], no papel do jornalista [[Edward R. Murrow]]. O filme narra os embates entre o jornalista e o Senador McCarthy, durante os anos 1950, que contribuíram na decadência do senador.
 
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