H. P. Lovecraft: diferenças entre revisões

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Além da atmosfera banal, outro ingrediente da fórmula lovecraftniana para seduzir o leitor é o uso da primeira pessoa: a maior parte de seus contos, como "O Chamado de Cthulhu", "Um Sussurro nas Trevas", "A Cor que Caiu do Céu", "Sombras Perdidas no Tempo" e "Nas Montanhas da Loucura", são narrados em primeira pessoa. Em algumas histórias, todos os acontecimentos são vividos pelo narrador, como em "Sombras Perdidas no Tempo". Em outras, o narrador convive com algumas personagens e toma parte dos fatos (em geral, a pior delas).
 
As constantes referências nas histórias de Lovecraft a horrores, monstros e divindades ancestrais acabaram por gerar algo análogo a uma [[mitologia]], popularmente conhecida como ''[[Cthulhu Mythos]]'', expressão criada após a morte do autor pelo escritor [[August Derleth]], um dos muitos escritores a basearem suas histórias na mitologia criada por Lovecraft. O ''Cthulhu Mythos'' contém vários panteões de seres extra-dimensionais que reinaram sobre a [[Terra]] há milhões de anos atrás. Estes seres eram tão poderosos que eram ou podiam ser considerados deuses. Alguns deles, inclusive, teriam sido os responsáveis pela criação da raça humana e teriam uma intervenção direta em toda a história do universo.
 
Lovecraft criou também um dos mais famosos e explorados artefatos das histórias de terror: o ''[[Necronomicon]]'', um fictício livro de invocação de demónios escrito pelo também fictício [[Abdul Alhazred]]. Até hoje, é popular o mito da existência real deste livro, fomentado especialmente pela publicação de várias edições falsas do [[Necronomicon]] e por um texto, da autoria do próprio Lovecraft, explicando sua origem e percurso histórico.