American Idiot: diferenças entre revisões

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== Composição ==
=== Temas e influências na composição ===
{{quote box|align=left|width=30%|quoted=true|quote="Todo mundo parece não saber o que o futuro os reserva nesse momento, sabe?"|source=—Armstrong, 2004{{sfn|Lanham|2004|p=116}}}}
A grande inspiração para ''American Idiot'' reside em eventos políticos envolvendo os [[Estados Unidos]], como a [[Presidência de George W. Bush|presidência]] de [[George W. Bush]] e a [[Guerra do Iraque]]. Há apenas duas canções explicitamente políticas em todo o disco ("American Idiot" e "Holiday"),<ref name="kerrang12">{{cite journal|author=Ian Winwood|title=The Secrets Behind The Songs: "American Idiot"|date=9 de maio de 2012|work=[[Kerrang!]]|volume=|location=[[London]]|issn= 0262-6624|publisher=Bauer Media Group|issue=1414}}</ref> mas a obra "traça uma conexão casual entre a disfunção social americana contemporânea [...] e a ascensão de Bush".{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} Embora o conteúdo do trabalho seja claramente sobre sua época, Armstrong disse ter esperanças de que o álbum se tornasse "atemporal" e "uma grande declaração sobre confusão".{{sfn|Pappademas|2004|p=65}}
 
Armstrong demonstrou desânimo em relação à [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2004|eleição presidencial]] que estava por vir.{{sfn|Lanham|2004|p=116}} Ele sentia-se confuso pela guerra cultural no país, notando uma divisão no público em geral em relação à Guerra no Iraque. Em uma entrevista, o artista afirmou: "Essa guerra que está acontecendo no Iraque é simplesmente para construir um oleoduto e uma porra de um [[Wal-Mart]]".{{sfn|Lanham|2004|p=116}} O vocalista sentia a necessidade de evitar que seus filhos vissem imagens violentas, incluindo ''[[video game]]s'' e a cobertura midiática sobre a guerra e os [[Ataques de 11 de setembro de 2001|ataques do 11 de setembro]].{{sfn|Lanham|2004|p=116}} Ele sentia uma divisão entre a "cultura da TV americana" (que, segundo ele, só se importava com os canais de notícias) e a visão mundial em relação ao povo do país, que poderia ser considerado "um bando de warmongers imprudentes".<ref name="bigcheese04" /> Dirnt sentia-se de maneira semelhante, especialmente após assistir ao documentário ''[[Fahrenheit 9/11]]''. "Você não precisa analisar cada informação para saber que alguma coisa não está certa, e é hora de mudar".{{sfn|Lanham|2004|p=120}} Cool tinha esperanças de que o disco influenciaria os mais jovens a não votar em Bush, ou, em suas próprias palavras, "tornar o mundo um pouco mais são".{{sfn|Lanham|2004|p=118}} Anteriormente, ele sentia que não era seu dever "pregar" para crianças, mas ao perceber que havia "tanta coisa acontecendo" durante a eleição de 2004, isso mudou.{{sfn|Zulaica|2004|p=62}} O álbum também aponta para as pequenas empresas que são tiradas de negócio pelas grandes corporações. Cool deu o exemplo de pequenas lojas de discos fechando quando um grande varejo nacional chega até a cidade. "É como se houvesse apenas uma voz que você pode ouvir", ele disse. "Não quero parecer uma pessoa professoral, mas estamos quase no nível do [[Grande Irmão]] — com a exceção de que, aqui, há duas ou três empresas dominando tudo".<ref name="bigcheese04">{{cite news|title=Rebel Waltz|date=1º de outubro de 2004|work=Big Cheese|issue=56|pages=42–46|author=Jim Sharples}}</ref>
 
Sobre o conteúdo musical do álbum, Armstrong disse: "Para nós, ''American Idiot'' é sobre pegar todos aqueles elementos clássicos do rock and roll, quebrar as regras, colocar um pouco mais de ambição, e torná-lo atual".{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} Parte da gravação do álbum era tentar expandir o familiar som punk rock da banda ao experimentar com estilos como [[new wave]], [[polka]] e música latina.{{sfn|Zulaica|2004|p=64}} O grupo ouviu diversas [[ópera rock|óperas rock]], tais como ''[[Tommy (álbum)|Tommy]]'', do [[The Who]] e ''[[The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars]]'', de [[David Bowie]].<ref name="ew05" /> O vocalista inspirou-se particularmente por ''[[Quadrophenia]]'', também do The Who, encontrando mais em comum com o "estilo mod-pop das ''[[power chord]]s''" do que com outros [[álbum conceitual|álbuns conceituais]], como ''[[The Wall]]'', do [[Pink Floyd]].{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} Em adição, eles ouviram as gravações do elenco de musicais da [[Broadway]] como ''[[West Side Story]]'', ''[[The Rocky Horror Show]]'', ''[[Grease (musical)|Grease]]'' e ''[[Jesus Christ Superstar]]'',{{sfn|DiPerna|2005|p=26}} e deixaram que a música contemporânea os influenciasse, incluindo ''[[rapper]]s'' como [[Eminem]] e [[Kanye West]], assim como a banda de rock [[Linkin Park]].<ref name="blender06" /> Armstrong afirmou considerar o mercado de rock "conservador", no sentido de que as bandas têm de, rigorosamente, lançar ''[[single]]s'', criar um [[vídeo musical]], ou embarcar em uma turnê. Ele sentia que artistas como o duo de [[hip hop]] [[OutKast]] estavam "a chutar a bunda do rock, porque há tanta ambição".{{sfn|Pappademas|2004|p=67}}
O álbum também aponta para as pequenas empresas que são tiradas de negócio pelas grandes corporações. Cool deu o exemplo de pequenas lojas de discos fechando quando um grande varejo nacional chega até a cidade. "É como se houvesse apenas uma voz que você pode ouvir", ele disse. "Não quero parecer uma pessoa professoral, mas estamos quase no nível do [[Grande Irmão]] — com a exceção de que, aqui, há duas ou três empresas dominando tudo".<ref name="bigcheese04">{{cite news|title=Rebel Waltz|date=1º de outubro de 2004|work=Big Cheese|issue=56|pages=42–46|author=Jim Sharples}}</ref>
 
==Recepção==