Ernesto Nazareth: diferenças entre revisões

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Victor Grinbaum (discussão | contribs)
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==Importância musical==
[[Ficheiro:Ernestonazareth.jpg|thumb|Ernesto Nazareth junto ao seu [[piano]].]]
 
Suas composições, apesar de extremamente pianísticas, por muitas vezes retrataram o ambiente musical das serestas e choros, expressando através do instrumento a musicalidade típica do violão, da flauta, do cavaquinho, instrumental característico do choro, fazendo-o revelador da alma brasileira, ou, mais especificamente, carioca. A esse respeito, diz o musicólogo Mozart de Araújo: "As características da música nacional foram de tal forma fixadas por ele e de tal modo ele se identificou com o jeito brasileiro de sentir a música, que a sua obra, perdendo embora a sua funcionalidade coreográfica imediata, se revalorizou, transformando-se hoje no mais rico repositório de fórmulas e constâncias rítmico-melódicas, jamais devidas, em qualquer tempo, a qualquer compositor de sua categoria". Na produção musical do compositor, destacam-se numericamente os tangos (em torno de 90 peças), as valsas (cerca de 40) e as polcas (cerca de 20), destinando-se o restante a gêneros variados como mazurcas, [[schottisches]], marchas carnavalescas etc. É sabido que o compositor rejeitava a denominação de [[maxixe]] a seus tangos, distinguindo-se daquele fundamentalmente pelo caráter pouco coreográfico e predominantemente instrumental de sua obra. Deve-se ainda ressaltar em sua produção a influência de compositores europeus, notadamente de [[Chopin]],<ref>{{citar livro|sobrenome=Carpeaux|nome=Otto Maria|título=Uma Nova História da Música|ano=1977|editora=Alhambra|local=Rio de Janeiro|edição=3|página=303|autorlink=Otto Maria Carpeaux|acessodata=23 de maio de 2016|capítulo=Novo nacionalismo musical: as Américas}}</ref> compositor cuja obra se dedicou a estudar meticulosamente e cuja inspiração se reflete, sobretudo, na elaboração melódica de suas valsas.
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Em [[2004]], por ocasião dos 70 anos da morte do compositor, a STV em parceria com a produtora paulistana We Do Comunicação apresentou o documentário "Ernesto Nazareth", com direção de Dimas de Oliveira Junior e Felipe Harazim, refazendo a trajetória artística do compositor desde seu primeiro sucesso, "Você bem sabe", de 1877, quando tinha 14 anos. Estão presentes no documentário declarações das pianistas [[Eudóxia de Barros]] e [[Maria Teresa Madeira]], do compositor Osvaldo Lacerda, e do biógrafo Luiz Antonio de Almeida, entre outros.
 
Em [[2016]] seu nome foi escolhido em votação popular para batizar uma nova rua na região portuária do Rio de Janeiro, o ''Passeio Ernesto Nazareth'', inaugurado em 3 de dezembro daquele ano.
 
== Composições ==