Casa de Bragança: diferenças entre revisões

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== Casa Ducal ==
[[Imagem:Armas duques bragança.png|thumb|esquerda|upright=0.8|Armas da '''Sereníssima casa de Bragança''': Escudo de prata, uma aspa de vermelho brocante, carregada de cinco escudetes com as quinas de Portugal.]][[Imagem:casaBraganza.png|thumb|esquerda|upright=0.8|Árvore genealógica dos reis de Portugal da casa de Bragança (em amarelo). Está incluído o seu parentesco com o rei dom [[Manuel I de Portugal|Manuel I]] (em verde) da [[casa de Avis]] (em [[Língua espanhola|espanhol]]).]]
A casa[[Ducado de Bragança|Casa de Bragança]] foi criada e atribuída pelo Regente de  [[Portugal]], [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Infante D. Pedro de Avis]], [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Duque de Coimbra]] (o primeiro [[Lista de ducados em Portugal|ducado]] a ser constituído em [[Portugal]], sendo o segundo o de Viseu[[Infante D. Henrique|Viseu]], - atribuído ao seu irmão D. [[Infante D. Henrique|Henrique]] - ambos por seu pai o Rei [[João I de Portugal|D.  João  I]]; e já após o seu falecimento, este de [[Ducado de Bragança|Bragança]] veio a ser o terceiro), ao seu meio-irmão [[Afonso I de Bragança|D. Afonso, Condeconde de Barcelos]], [[Filiação ilegítima|filho ilegítimo natural]] do [[Ordem de Avis|Mestre de Avis]] com [[Inês Pires]], gerado antes do seu casamento com [[Filipa de Lencastre]] e de se vir a tornar no rei [[João I de Portugal|D.  João  I]] - casamento do qual veio a resultar a [[Ínclita geração|Ínclita Geração]]: D. Branca (1388-1389), D. [[Afonso de Portugal (1390–1400)|Afonso]] (1390-1400) - estes dois primeiros filhos tendo morrido ainda crianças -, D. [[Duarte I de Portugal|Duarte]] (1391-1438, futuro [[Lista de monarcas de Portugal|rei]]), D. [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Pedro]] (1392-1449, [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|Duque de Coimbra]]), D. [[Infante D. Henrique|Henrique]] (1394-1460,[[Infante D. Henrique| Duque de Viseu]]), D. [[Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha|Isabel]] (1397-1471, [[Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha|Duquesa de Borgonha]]), D. [[João, Infante de Portugal|João]] (1400-1442, [[Condestável de Portugal|Condestável]]) e D. [[Infante Santo|Fernando]] (1402-1443, o [[Infante Santo]] ).
 
Os respectivos bens resultam das doações de seu pai, [[João I de Portugal|D. João I de Portugal]], ao [[Condestável de Portugal|condestável]] [[Nuno Álvares Pereira]] (na sequência dos feitos militares deste durante as guerras com Castela, 1383-1385que resultaram da [[Crise de 1383–1385 em Portugal|crise de 1383–1385]]), que depois passam em dote e herança para a sua única filha [[Beatriz Pereira Alvim]], que vem posteriormente a casar com o referido Conde de Barcelos em [[Frielas]], no dia 1 de novembro de 1401 (era de 1439).<ref>[[Ventura Ledesma Abrantes]], ''O património da Sereníssima casa de Bragança em Olivença'', Lisboa, Edição de Álvaro Pinto, 1954, p. 27</ref>
 
O dote atribuído pelo rei D. João I consta da carta de doação, datada em [[Lisboa]] no dia 8 de novembro de 1401 (1439): terras e julgados de Neiva, Danque, Parelhal, Faria, Rates, Vermoim, com todos os seus bens e coutos. O dote feito por D. Nuno Álvares Pereira, consistia na vila e castelo de Chaves, com seus termos, terras e julgado de Monte Negro; no castelo e fortaleza de Monte Alegre; terras do Barroso e Baltar; Paços e Barcelos; quintas de Carvalhosa, Covas, Canedos, Seraes, Godinhaes, Sanfims, Temporam, Moreira e Piusada; e nos casais de Bustelo.
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O duque dom Fernando I tomou parte na expedição de Tânger, onde foi condestável, sendo depois [[governador de Ceuta]]. O rei dom [[Afonso V de Portugal]] lhe fez a graça de elevar Bragança à categoria de cidade.
 
A [[Ducado de Bragança|Casa de Bragança]] veio a ser depois suprimida pelo rei [[João II de Portugal|D. João II]], que mandou prender e julgar [[Fernando II, Duque de Bragança|D. Fernando II, terceiro Duque de Bragança]], num processo judicial que teve por base indícios de conjura com Castela que atentavam contra a figura real, e executou por degolação na praça do Giraldo, em [[Évora]], sob acusações de traição e correspondência gravosa com o rei de [[Reino de Castela|Castela]]. Em consequência, as terras dos duques foram anexadas aos bens da coroa e o herdeiro da casa Ducal, DomD. [[Jaime de Bragança|Jaime]], de apenas 4 anos, foi desterrado para Castelaa Corte Espanhola.
 
O rei [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]], sucessor de D. João II, era tio de [[Jaime de Bragança]] e, em 1500, convida-o a regressar à corte, devolvendo-lhe os títulos e terras do ducado que o anterior rei retirara. Dom Jaime ordenou a construção do [[Paço Ducal de Vila Viçosa|Palácio Ducal de Vila Viçosa]], que havia de se tornar numa das residências reais no século XVII. Mas este duque não se limitou a levantar o Paço de Vila Viçosa. Remodelou diversas outras residências ducais - como é o caso dos [[Castelo de Ourém|castelos de Ourém]] e [[Castelo de Porto de Mós|Porto de Mós]], que foram restaurados por sua ordem e adaptados das suas funções militares a residências castelares.