Migrações dos povos bárbaros: diferenças entre revisões

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{{AP|Francos|Reino Franco}}
 
A [[Gália]], no oeste da [[Europa]], que já assistira à passagem de muitos dos povos germânicos que migraram durante este período, já vinha sendo assediada pelos [[Francos]] desde o {{séc|II}}. Em grande parte devido à sólida estrutura política, souberam sobreviver à fase das migrações, e fixaram-se definitivamente na [[Gália Belga]] ([[Renânia]], [[Bélgica]] e [[Artois]]), a cerca de 430, também com o consentimento do Império Romano, como [[federados (Roma Antiga)|federados]], ajudando a defender as fronteiras, durante algum tempo. Destaca-se a aliança de [[ChildericoQuilderico I]] com o império contra os Visigodos. Com efeito, foi a primeira dinastia de reis francos, a dos [[Merovíngios]], que conseguiu erradicar a presença alamana, burgúndia e visigótica (na [[batalha de Vouillé]] em 507, que marcou o fim do [[Reino Visigodo de Tolosa]]). Começava assim, subtilmente, a expansão do império Franco, anexando vários territórios vizinhos. O seu [[Lista de reis merovíngios|rei]] [[Clóvis I|Clóvis]] (482-511), converteu-se para o cristianismo e promoveu uma aliança com a [[Igreja Católica]].
 
== Repercussões ==
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Porém, e ainda no {{séc|II}}, surgiu um interesse artístico particular em peças em ouro e com incrustações de [[Gema (mineralogia)|pedras preciosas]] por parte dos [[Godos]], possível legado dos [[Citas]] e [[Sármatas]], e mesmo alguma influência romana, reconhecida popularmente entre os Hunos. A produção artística consiste sobretudo de jóias ([[broche]]s, [[Anel (ourivesaria)|anéis]], [[brinco]]s, [http://www.hp.uab.edu/image_archive/ujg/fibula01.jpg fíbulas] ou [[alfinete]]s, [[colar]]es), placas e [http://www.hp.uab.edu/image_archive/ujg/metalwork12.jpg fivelas de cinto]. Este período fornece também alguns objectos de culto: [[relicário]]s, [[Cruz (símbolo)|cruzes]] e [[Coroa (monarquia)|coroas]], com técnicas de trabalho do metal muito refinadas. A [[damasquinação]] consiste em incrustar, por martelamento, um fio de ouro, prata ou cobre, numa superfície de cobre ou prata. A [[joalharia]] ''cloisonnée'' consiste em desenhar uma série de alvéolos separados por pequenas peças metálicas a uma placa de metal.
 
Talvez os melhores exemplos sejam os achados na [[Roménia]] (em [[Pietrarossa]]), como [http://www.hp.uab.edu/image_archive/ujg/metalwork02.jpg esta grande águia]. Os Godos portaram este estilo à [[Itália (província romana)|Itália]], [[Gália]] e [[Hispânia]] e, um exemplo disso, é [http://www.hp.uab.edu/image_archive/ujg/crown01.jpg esta coroa votiva] de [[Recesvinto]], [[rei de Toledo]], de cerca de 670, encontrada em [[Fuente de Guarrazar]], perto de [[Toledo (Espanha)|Toledo]], que não se destinava a ser usada, mas sim exposta numa igreja. A popularidade deste '''estilo policromático''' pode ser confirmada pela descoberta de uma [http://www.hp.uab.edu/image_archive/ujg/metalwork05.jpg espada] no [[túmulo]] de {{lknb|ChildericoQuilderico|I}}, [[Lista de reis merovíngios|rei dos Francos]], data do {{séc|V}}.
 
=== Literatura ===