Batalha de Sarmisegetusa: diferenças entre revisões

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|nome_batalha =Batalha de Sarmisegetusa
|conflito =[[Guerras dácias de Trajano|Guerras Dácias]]
|imagem =Sarmizegetusa map-pt.svg
|imagem-tamanho =300px
|legenda =Diagrama de Sarmisegetusa
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== Avanço ==
As forças romanas se aproximaram da capital dácia em três [[coluna (formação)|coluna]]s. A primeira cruzou a ponte construída por [[Apolodoro de Damasco]] e seguiu pelos vales dos rios [[rio Cerna (Danúbio)|Cerna]] e [[rio Timis|Timis]] até ''[[{{ilc|Timisco||Tibiscum]]''}}. Dali, ela se virou para o vale do [[rio Bistra (Timiș)|rio Bistra]], atravessando a depressão de Tara Haţegului depression. Já havia nestes locais várias [[guarnição militar|guarnições]] romanas, resultado das concessões da primeira guerra, o que facilitou o avanço. A coluna atravessou ainda Valea Cernei, [[Haţeg]] e Valea Streiului, destruindo fortalezas dácias em [[Costesti]], Blidaru e Piatra Rosie.
 
Acredita-se que a segunda coluna tenha cruzado o Danúbio em algum lugar perto da antiga [[Sucidava]] e depois marchado para o norte através do vale do [[rio Jiu]], encontrando-se com a primeira coluna em Tara Haţegului. As duas forças combinadas começaram os ataques na região dos [[montes Şurianu]], encontrando uma desesperada, mas ineficaz, resistência dácia.
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A terceira coluna, provavelmente liderada pelo próprio Trajano, avançou pela [[Muntênia]] oriental, cruzou os [[Cárpatos]] perto do moderno [[Castelo de Bran]] e marchou para oeste através da Transilvânia meridional.
 
O resto das tropas partiu da [[Mésia Inferior]] e passou por Bran, Bratocea e [[Oituz]], destruindo as fortalezas dácias entre [[Cumidava]] (moderna [[Rasnov]]) e [[Angustia]] ([[Brețcu]]). Na batalha pela conquista de Sarmisegetusa participaram as seguintes legiões: [[legio II Adiutrix|II ''Adiutrix'']], [[legio IV Flavia Felix|IV ''FlaviaFlávia Felix'']] e um ''[[vexillatio]]'' da [[legio VI Ferrata|VI ''Ferrata'']], que até então estava lotado na [[Judeia (província romana)|Judeia]]. As forças de Trajano então envolveram completamente a capital dácia.
 
Acredita-se que outras unidades romanas atacaram povoações dácias até o [[rio Tisza]] (norte) e a [[Moldávia (região)|Moldávia]] (leste). No oeste, os assentamentos dácios, como [[Ziridava]], foram completamente destruídos. Porém, Moldávia e [[Maramureş]], na moderna Romênia, nunca fizeram parte da [[Dácia (província romana)|Dácia romana]].
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O único registro histórico do cerco é a [[Coluna de Trajano]], uma fonte bastante controversa. Debate-se entre os especialistas inclusive se os romanos de fato lutaram por Sarmisegetusa ou se os dácios destruíram sua capital antes de fugirem das legiões que avançavam para tomá-la. A maior parte dos historiadores, contudo, concorda que houve de fato um cerco.
 
O primeiro assalto foi repelido pelos defensores e os romanos bombardearam a cidade com [[arma de cerco|armas de cerco]] enquanto construíam uma [[torre de assalto]] para ultrapassar as muralhas. As legiões também rodearam completamente a cidade com uma [[circunvalação]] ({{lang-la|''"[[circumvallatio]]"''}}).
 
Finalmente, os romanos destruíram os [[aqueduto]]s de Sarmisegetusa e obrigaram a rendição dos defensores antes de incendiarem a cidade. As forças romanas invadiram o santuário sagrado dos dácios, aclamaram o imperador Trajano e arrasaram completamente a fortaleza. A [[Legio IV Flavia Felix|IV ''Flavia Felix'']] acampou no local para vigiar as ruínas e garantir que a cidade não seria reconstruída. Depois do cerco, Bicilis, um confidente de Decébalo, traiu seu rei e levou os romanos até o tesouro dácio, escondido no leito do rio Sergetia (segundo [[Dião Cássio]]<ref>[[Dião Cássio]] 68.14</ref>), que, segundo Jerome Carcopino<ref>Jerome Carcopino, ''Points de vue sur l'ìmpérialisme romain'' (Paris, 1924). p.&nbsp;73</ref>, consistia de 165 toneladas de [[ouro]] e 331 toneladas de [[prata]].