Mao: a História Desconhecida: diferenças entre revisões

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No livro Chang e Halliday não aceitam as explicações idealistas para a ascensão ao poder e os créditos comumente aderidos à Mao. Eles argumentam que Mao, desde os seus primeiros anos, foi motivado por um desejo de poder e que ele ordenou a prisão e assassinato de muitos opositores políticos, incluindo alguns de seus amigos pessoais. Durante os anos [[1920]] e [[1930]], eles alegam, que o partido comunista chinês era mantido quase exclusivamente devido ao financiamento do [[Komintern]] e que Mao não poderia ter adquirido o controle do comunismo chinês sem o apoio de [[Josef Stalin]], nem que Mao foi um herói durante a [[Longa Marcha]] como retratou [[Edgar Snow]] em "''A Estrela do Oriente''". Também argumentam que [[Chiang Kai-shek]] não teria realmente perseguido o [[Exército vermelho]] porque seu filho estava sendo mantido refém em [[Moscou]].
 
Zonas sob controle comunista durante a [[Segunda Frente Unida]] e a [[Guerra Civil Chinesa]], tais como a [[Jiangxi]] e [[Yan'an]] teriam sido controladas através do terror e financiadas pelo [[ópio]]. Mao, segundo alegam, sacrificou milhares de tropas simplesmente para se livrar dos partidos rivais, como [[Chang Kuo-tao]], também os comunistas não teriam tomado a iniciativa na luta contra os invasores japoneses durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Também alegam que apesar de ter nascido em uma família camponesa, quando Mao chegou ao poder em [[1949]], ele tinha pouca preocupação com o bem-estar dos camponeses chineses. A determinação de Mao em intimidar os [[dissidente]]s levou a uma onda de assassinatos e fomes resultantes do [[Grande Salto Adiante]], agravada quando Mao autorizou a exportação de grãos para outros países para adquirir armamento e fabricar a [[bomba atômica]] chinesa,<ref name="O Sínico"/> mesmo quando se tornou claro que a China não possuía grãos suficiente para alimentar a sua própiraprópria população.
 
===A Passagem pela Ponte Luding===
Chang e Halliday argumentam que, ao contrário da versão oficial, não houve batalha na Ponte Luding e que os relatos "heróicos" ocorridos na passagem foi apenas propaganda comunista. Chang encontrou uma testemunha, ''Li Xiu-zhen'', que disse que não viu combates e que a ponte não estava em chamas. Além disso, ela disse que apesar das alegações pelos comunistas que o combate foi feroz, todos os comunistas da vanguarda sobreviveram à batalha. Chang também utilizou informações Nacionalistas ([[Kuomintang]]) que indicam que a força que guardava a ponte havia sido retirada antes da chegada dos comunistas.
 
Uma série de obras de história, mesmo fora da China, retratam como tendo ocorrido uma batalha na Ponte Luding, mesmo não possuindo "proporções heróicasheroicas". Harrison E. Salisbury em ''The Long March: The Untold Story'' e Charlotte Salisbury em ''Long March Diary'' mencionam uma batalha na Ponte Luding, mas eles confiaram em testemunhas de segunda-mão. No entanto, há discordância em outras fontes sobre o incidente. A jornalista chinesa Sun Shuyun concordou que a versão oficial da batalha foi exagerada. Ela entrevistou um ferreiro local que havia testemunhado o evento e disse que "''quando [as tropas opostas ao Exército Vermelho] viram os soldados que vinham, eles fugiram em pânico - os seus funcionários haviam abandonado ela. Não houve realmente uma grande batalha.''" Os arquivos em [[Chengdu]] mais apoiaram esta alegação.<ref>{{citar livro|último = Shuyun|primeiro = Sun|título= The Long March|publicado= [[HarperCollins]]|data=2006|local= London|páginas= 161–165| isbn =000719479X }}</ref> O livro de Sun Shuyun "A Longa Marcha", editado no Brasil pela Arquipélago Editorial (Porto Alegre, 2007), traz essa referência, às páginas 191, ''in fine.''
 
Em outubro de [[2005]], o jornal ''The Age'' relatou que ele foi incapaz de encontrar testemunhas sobre o ocorrido na Ponte Luding.<ref>{{citar web|url=http://www.theage.com.au/news/books/throwing-the-book-at-mao/2005/10/06/1128562936768.html|título=Throwing the book at Mao|data=2005-10-08|acessodata=2007-04-04|obra=The Age}}</ref> Além disso, ''The Sydney Morning Herald'' encontrou uma testemunha de 85 anos que afirma ter ocorrido um combate, Li Guixiu, que tinha 15 anos de idade no momento da passagem, cujo relato foi contestado por Chang. De acordo com Li, houve uma batalha: "''O combate começou na noite. Houve muitos mortos do lado do Exército Vermelho. O KMT incendiou a ponte-casa do outro lado, para tentar queimar as cordas, e um das cordas foi cortada. Depois disto, o Exército Vermelho demorou sete dias e sete noites para atravessar.''"<ref name="SMH">{{citar web|url=http://www.smh.com.au/news/world/a-swans-little-book-of-ire/2005/10/07/1128563003642.html|título=A swan's little book of ire|data=2005-10-08|acessodata=2007-04-04|obra=The Sydney Morning Herald|autor =Hamish McDonald}}</ref>
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===Comunistas dormentes===
Importantes membros do Kuomintang alega-se terem secretamente trabalhado para os comunistas chineses. Um desses comunistas dormentes foi [[Hu Zongnan]], um alto funcionário do Exército Nacionalista, o filho de Hu se opõs a esta descrição e sua ameaça de uma ação judicial levou Jung Chang e seus editores àa abandonar o lançamento do livro em [[Taiwan]].<ref>[http://renminbao.com/rmb/articles/2006/10/19/41965b.html Jung Chang: Mao launched land reform to make the peasants obedient]. Renminbao (2006-10-11). Retrievedacesso onem [[4 Aprilde abril]] de [[2007]]. (inem Chinesechinês)</ref>
 
===Vida pessoal de Mao===