Padre Perereca: diferenças entre revisões
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== Biografia ==
Chamado de padre Perereca devido à estatura baixa, corpo franzino olhos esbugalhados, Luiz Gonçalves dos Santos é uma importante peça histórica do Brasil Imperial, mais precisamente na Corte, que se estabeleceu no [[Rio de Janeiro]]. Estudou retórica, filosofia, poética, geografia, grego e latim com o Padre Santa Úrsula Rodovalho. Também era conhecedor de hebraico, francês, italiano e espanhol. Já aos 27 anos, recebeu as ordens sacras. Além de dedicar-se ao magistério, foi ainda cônego da capela imperial. Produziu diversas obras sobre
Sua obra mais importante se chama ''Memória para Servir à História do Reino do Brasil''. Reproduz um sentido de brasilidade, apesar do tom exageradamente louvador. Mesmo assim, foi acusado de ser partidário do absolutismo e ser contra a independência política.
O livro é dividido em três épocas, da felicidade, da honra e da glória, em ordem temporal, de [[1608]] a [[1821]]. Trata da chegada da Família Real, fato histórico do qual o Padre Perereca
O apelido de Padre Perereca demonstra que o humor e a irreverência já davam suas mostras naquela época. Seu tom é bastante laudatório e bajulador, mas suas observações são atentas e precisas. Lê-se: ''Rio de Janeiro, cidade a mais ditosa do Novo Mundo! Rio de Janeiro, aí tens a tua augusta rainha e o teu excelso príncipe com sua real família, as primeiras majestades que o hemisfério austral viu e conheceu"'', escreveu ele. ''"Enche-te de júbilo, salta de prazer, orna-te dos teus mais ricos vestidos, sai ao encontro dos teus soberanos."''
Graças a esse personagem histórico, sabe-se que, depois de desembarcar no paço, [[D. João VI]] foi recepcionado por uma comissão de vereadores, padres, fidalgos, magistrados e por uma tropa com estandartes portugueses. A família real foi abençoada com água benta, em meio a uma queima de incensos e preces.
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