Fiat 147: diferenças entre revisões

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Primeiro carro produzido pela FIAT do Brasil que inaugurava sua fábrica em Betim (MG) em 1976, o 147 foi um divisor de águas no mercado automobilístico nacional. O excelente aproveitamento de espaço interno, a imbatível economia (importantíssima em tempos de crise do petróleo) e até então inédita estabilidade, fez dele um carro que definitivamente entrou para história e mudou para sempre o jeito de se fazer automóvel no Brasil.
 
O carro foi mostrado oficialmente pela primeira vez no X Salão do Automóvel<ref>{{citar livro|título=Clássicos do Brasil: FIAT 147|ultimo=de Simone; Ferraresi|primeiro=Rogério; Rogério|editora=Alaúde|ano=2016|local=São Paulo|páginas=10|acessodata=14 de Abril de 2017}}</ref>, realizado no dia 18 de Novembro de 1976. Foram expostas 15 unidades do FIAT 147 pintadas em cores diferentes e inclusive protótipos de 147 movidos àa Álcoolálcool (hoje Etanoletanol). Assim que chegou ao mercado nacional, o FIAT 147 ganhou o título de mais estável carro nacional, colocando no bolso de uma única vez o VW Passat, o Chevrolet Chevette e o Dodge 1.800/Polara. Como se não bastasse, era também o carro de passeio no Brasil com o menor motor e, sabendo disso, a FIAT logo conquistou diversos compradores com suas propagandas inusitadas e ousadas.
 
Em seus dez anos de produção, o FIAT 147 passou por duas reestilizações sem grandes mudanças na carroceria e ganhou o título de [[Carro do ano (Brasil)|Carro do Ano]] de [[1978]] pela [[Revista Autoesporte]]. Na primeira reestilização ganhou uma frente mais baixa com faróis e grade inclinados, no estilo que a marca chamou "Europa" em 1980 e, mais tarde em 1983, a segunda que foi chamada de "frente Spazio", incorporando para-choques de plástico envolventes no estilo alusivo a modelos contemporâneos da marca como o [[Fiat Ritmo]] e o lançamento do ano seguinte [[Fiat Uno]]. O Spazio foi oferecido nas versões CL, CLS e o esportivo TR substituindo o "147 Rallye" que tinha câmbio opcional de 5 marchas.
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== A Injusta Má Fama ==
A mecânica sofisticada do 147 à época demandava conhecimentos técnicos e ferramentas até então pouco conhecidas pelos mecânicos. Muitos 147 tiveram sua correia dentada partida antes dos 40.000&nbsp;km estabelecidos pela fábrica devido à necessidade - que era única do FIAT 147 - em girar-se o motor no sentido anti-horário após a instalação da correia nova, com o intuito de distribuir corretamente a tensão na mesma. Num mercado tomado de mecânicos pouco experientes, mal-treinados e inobservantes àa detalhes, o caminho seguiu para que toda culpa fosse jogada no automóvel. Além disso, seu câmbio também fora injustamente criticado por apresentar maior dificuldade para o engate das marchas em suas primeiras versões, característica que apesar de amenizada com o passar dos anos jamais fora abandonada.
 
== O 147 no cenário antigomobilista nacional ==