Luís Carlos Inácio Xavier de Meneses: diferenças entre revisões

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====Governos na Índia====
Seus dois governos na Índia, o primeiro aos 27 anos como Vice-Rei e capitão-general da India em [[1717]]-[[1721]] e [[1740]]-[[1742]] (qdoquando chegou com uma esquadra de seis naus e 2 mil soldados), foram notáveis - sobretudo o primeiro, quando venceu aos arábios por 3três vezes e ganhou a cidade de Pot-Patane e a ilha de Zumba - notaveis do ponto de vista da administração publica, não só por ter restabelecido a ordem econômica e financeira do dominio, como também pore ter dado à armada força suficiente para assegurar ao comércio português a livre passagem pelos mares orientais. Diz dele Veríssimo Serrão em «''História de Portugal''», volume V, que «foi o maior dos governantes do Oriente na primeira metade do Setecentos» (página 293). «Mereceram-lhe especial interesse as praças do Norte, onde já então se fazia sentir a ameaça dos Maratas, pelo que restaurou as muralhas de Damão e de Diu. Graças ao almirante [[António de Figueiredo Dutra]], foram os árabes vencidos em três encontros navais. Escreveu um Relatório a propor meios para se atalhar os males e carências da Índia. No seu entender, deviam procurar-se boas relações com os potentados vizinhos, incluindo o Grão-Mogol e o xá da Pérsia, a quem enviou embaixadores com protestos de amizade».
 
Como homem de grandes interesses intelectuais, devem-se ressaltar suas relações com [[Jussieu]], ao qual comunicou exemplares e descrições de plantas de Portugal e do ultramar; o seu Suplemento, em francês, do ''Dictionnaire Historique'' de Moreri; a Tradução da ''Histoire de Charles XII'' de [[Voltaire]] e um ''Vocabulario dos indigenas de Madagascar''.
 
Embora ligado pelo casamento à filha do [[conde da Ribeira Grande]], à melhor nobreza do reino e da França, recebido com todas as honras pelo Duque de Orléans e por [[Luís XV de França]], a Rainha viuva da Espanha e os príncipes de Rohan, seus parentes próximos, não gozava do favor de D. [[João V de Portugal]], por questão de desconfiança pessoal, em parte por acusações que lhe moveram, depois do primeiro governo da Índia, pelas relações que mantevemantidas com o Infante D. [[Manuel de Bragança]], pela sua cultura «estrangeirada» e também sua dúvida pelas intrigas que lhe moveram os ofendidos pelo «''Discurso Politico''».
 
Protegeu as FabricasFábricas que o conde seu avô estabeleceu apesar da decadência em que as achou. Na volta do seu governo de vice-rei na India, veio para a França- entre outros conhecimentos que aí adquiriu foi o principal o do estado de perfeição das Artes. Havendo-se recolhido ao reino em [[1723]], achou vedada sua entrada no Paço até [[1736]] - mas em tais 13 anos fez o maiores estudos na Economia Politica, tomando todo o conhecimento do estado da Agricultura, das Artes e do Comércio. «A primeira vez em que beijou a mão a El-Rei, apresentou um Discurso Político sobre os interesses do Reino, para mostrar que não estivera ocioso, ocupara aquele tempo em fazer-se util à Patria. Entre outras inadvertências ou descuidos que lembrou, tocou largamente embora com moderação e prudência, no demasiado aumento do Clero secular e regular e na sua amontoada riqueza. O poder do clero escandalizado do conteudo dele, coadjuvado dos poderes da Superstição, do Fanatismo e da Ignorância, deu ao autor a denominação de falto de Religião.»
 
E d notar, entretanto, q mesmo durante o período em que não era recebido pelo Rei, respondia a consultas que lhe eram dirigidas pelo Conselho Ultramarino.
 
Quando faleceu, um «Elogio de D, Luis Carlos Inácio Xavier de Menezes, 5° conde da Ericeira, 1° Marquês de Louriçal", impresso em Londres, foi redigido pelo Acadêmico [[Sebastião José de Carvalho e Melo]], futuro [[conde de Oeiras]] e [[Marquês de]] Pombal.
 
====Casamento e posteridade====