Guerra Hispano-Americana: diferenças entre revisões

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|vítimas2 = <small>'''Marinha espanhola''':</small><br />560 mortos<br />300 - 400 feridos<ref name=cubarmy/><br /><small>'''Exército Espanhol''':</small><br />{{fmtn|3000}} mortos ou feridos<br />{{fmtn|6700}} capturados<ref>{{Harvnb|Trask|1996|p=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA371 371]}}</ref> <small>(Filipinas)</small><br />{{fmtn|13000}} doentes<ref name="cubarmy"/> <small>(Cuba)</small><br />{{fmtn|10000}} mortos de combate<ref name="Spain 1998, pg. 19">Arriba España Twentieth-Century Spain Politics and Society in Spain, 1898-1998, Francisco J. Romero Salvadó, 1999, pg. 19, MacMillan Distribution Ltd, ISBN 0-333-71694-9</ref><br />{{fmtn|50000}} a partir de doenças<ref name="Spain 1998, pg. 19"/>
}}
A '''Guerra Hispano-Americana''' foi uma guerra em 1898 entre a [[Restauração bourbônica na Espanha|Espanha]] e os [[Estados Unidos]], resultado da intervenção norte-americana na [[Guerra de Independência Cubana|Guerra de Independência de Cuba]]. Ataques americanos aàs possespossessões ultramarinas da Espanha no oceano levaram ao envolvimento na [[Revolução Filipina]] e, finalmente, à [[Guerra Filipino-Americana]].{{Nota de rodapé|Alguns historiadores recentes preferem um título mais amplo para abranger a luta em [[Cuba]] e as [[Filipinas|Ilhas Filipinas]]. Exemplos:
* {{citation|autor =Louis A. Pérez|título=The war of 1898: the United States and Cuba in history and historiography|url=http://books.google.com/books?id=OVFV4qclY-YC|ano=1998|publicado=UNC Press Books|isbn=978-0-8078-4742-8}}
* {{citation|autor =Benjamin R. Beede|título=The War of 1898, and U.S. interventions, 1898–1934: an encyclopedia|url=http://books.google.com/books?id=48g116X9IIwC|ano=1994|publicado=Taylor & Francis|isbn=978-0-8240-5624-7}}
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Revoltas contra o domínio espanhol haviahaviam ocorrido há alguns anos em [[Cuba]]. Houve pequenos conflitos antes, como no [[caso de Virginius]] em 1873. No final de 1890, a opinião pública norte-americana foi agitada por propaganda anti-espanhola liderada por jornalistas como [[Joseph Pulitzer]] e [[William Randolph Hearst|William Hearst]] que usouusaram [[Imprensa marrom|jornalismo amarelo]] para criticar a administração espanhola de Cuba. Após o naufrágio misterioso do encouraçadocouraçado americano [[USS Maine (ACR-1)|''Maine'']] no [[porto de Havana]], as pressões políticas do Partido Democrata e certos industriais empurrou a administração do presidente republicano [[William McKinley]] empara uma guerra que ele tinha a intenção de evitar.<ref>{{harvnb|Beede|1994|p=148}}.</ref> CompromissoO compromisso foi procurado pela Espanha, mas rejeitado pelos Estados Unidos, que enviou um ultimato à Espanha exigindo que entregasse o controlecontrolo de Cuba. Primeiro Madrid, recusou e então Washington, declarou formalmente guerra.<ref>{{harvnb|Beede|1994|p=120}}.</ref>
 
Embora a questão principal fosse a independência de Cuba, a guerra de dez semanas foi travada tanto nonas [[Caribe|Caraíbas]] quanto no [[Oceano Pacífico|Pacífico]]. O poder naval americano provou-se decisivo, permitindo que as forças expedicionárias americanas para desembarcardesembarcassem em Cuba contra uma guarnição espanhola já de joelhos por causa dedos ataques de insurgentesrevoltosos cubanos por todo o país e pela [[febre amarela]].{{Nota de rodapé|{{Harvnb|Pérez|1998|p=89}} Estados: "Na visão maior, a insurreição cubana já tinha trazido o exército espanhol à beira da derrota. Durante três anos de guerra implacável, os cubanos tinham destruído linhas ferroviárias, pontes e estradas e comunicações telegráficas paralisadas​​, tornando-se quase impossível para o exército espanhol se mover por toda a ilha e entre as províncias. [Os] cubanos tinham, além disso, infligido incontáveis ​​milhares de vítimas em soldados espanhóis e efetivamente impulsionando unidades espanhóis em concentrações defensivas sitiados nas cidades, há de sofrer os outros efeitos debilitantes da doença e da fome".}} Forças cubanas, das Filipinas, e norte-americanos numericamente superiores obtiveram a rendição de [[Santiago de Cuba]] e [[Manila]], apesar do bom desempenho de algumas unidades de infantaria espanholas e do combate feroz por posições como a [[Batalha de San Juan Hill|Colina de San Juan Hill]].<ref>{{citar web|url=http://www.strategypage.com/articles/default.asp?target=spaniard/spaniard.htm |título=Military Book Reviews |publicado=StrategyPage.com |acessodata=2011-03-22}}</ref> Com duas esquadras espanholas obsoletas afundadas em [[Batalha de Santiago de Cuba|Santiago de Cuba]] e da [[Batalha de Cavite|baía de Manila]] e uma terceira mais moderna chamada de volta para casa para proteger a costa espanhola, Madrid pediu pelaa paz.<ref name="108–109">{{harvnb|Dyal|1996|
pp=[http://books.google.com/books?id=CWaCEfeuQXkC&pg=PA108 108–109]}}.</ref>
 
O resultado foi o [[Tratado de Paris (1898)|Tratado de Paris]] de 1898, negociado em condições favoráveis ​​para os​​aos Estados Unidos, que permitiu o controlecontrolo temporário americano sobre [[Cuba]], e cedeu por tempo indeterminado a autoridade colonial sobre [[Porto Rico]], [[Guam]] e as [[Filipinas|ilhas das Filipinas]]{{Nota de rodapé|A cessão das Filipinas envolveu o pagamento de US$20 milhões (US${{fmtn|551920000}} nos dias atuais) para a Espanha pelo os Estados Unidos.<ref name=TreatyOfParis />}}, daantigas colónias de [[Espanha]].<ref>[http://www.loc.gov/rr/hispanic/1898/intro.html The World of 1898: The Spanish–American War]</ref> A derrota e o colapso do [[Império Espanhol]] era um profundo choque para a psique nacional da Espanha, e provocou uma reavaliação filosófica e artística profunda da sociedade espanhola conhecida como a [[Geração de 98]].<ref name="108–109"/> Os Estados Unidos ganharam várias possespossessões insulares emnas todo[[Caribe|Caraíbas]] oe globono [[Oceano Pacífico|Pacífico]] e um novo debate rancoroso sobre a sabedoria do [[expansionismo]].<ref>George C. Herring, ''From Colony to Superpower: U.S. Foreign relations since 1776'' (2008) ch. 8</ref>
 
== Antecedentes históricos ==
=== Contenção colonial da Espanha ===
Os problemas combinados decorrentes da [[Guerra Peninsular]], a perda da maioria dedas suas [[Colonização espanhola da América|colôniascolónias nas Américas]] no início do {{séc|XIX}}, as guerras [[Independência da América Espanhola|hispano-americanosamericanas de independência]], e duas [[guerras Carlistas]] efetuandolevaram a uma nova interpretação do império restante da Espanha. Liberais de elites espanhóisespanholas, como [[Antonio Cánovas del Castillo]] e [[Emilio Castelar]] ofereceram novas interpretações doao conceito de "império" para se encaixar com ono nacionalismo emergente daem Espanha. Como Cánovas deixou claro em umnum discurso na [[Universidade Complutense de Madrid|Universidade de Madrid]], em 1882,<ref>{{Harvnb|Baycroft|Hewitson|2006|pp=[http://books.google.com/books?id=0RuPcvc2F4YC&pg=PA225 225–226]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/67927392103470562565679/p0000001.htm |título=Discurso sobre la nación |publicado=cervantesvirtual.com|autor =Antonio Cánovas del Castillo|autorlink =Antonio Cánovas del Castillo|month=November|ano=1882|língua=Spanish}}{{Harvnb|Baycroft|Hewitson|2006|pp=[http://books.google.com/books?id=0RuPcvc2F4YC&pg=PA225 225–226]}}</ref> a nação espanhola foi baseada em elementos culturais e linguísticos comuns em ambos os lados do Atlântico, que vinculavam a união dos diversos territórios da Espanha juntos.
 
Como muitos historiadores têm argumentado no presente e no passado, Cánovas explicou que a Espanha era marcadamente diferente dos impérios rivais, como a [[Império Britânico|Grã-Bretanha]] e a [[Império colonial francês|França]], emnos seus métodos e propósitos dade colonização. Ao contrário dedos outros impérios, espalhandoo espalhar a civilização e o [[cristianismo]], foi o grande objectivo da Espanha éna dasua contribuição para o [[Novo Mundo]].<ref>Schmidt-Nowara, The Conquest of History, p.34–42</ref> O conceito de unidade cultural concedidotinha um significado especial em Cuba, que tinha sido espanhola durante quase 400 anos, como parte integrante da nação espanhola. O foco na preservação do império teria consequências negativas para o orgulho nacional da Espanha, no rescaldo da guerra.
 
=== Interesse americano nonas CaribeCaraíbas ===
Em 1823, o [[presidente dos Estados Unidos]], [[James Monroe]], enunciou a [[Doutrina Monroe]], que afirmouafirmava que os Estados Unidos não tolerariam mais esforços por parte dos governos europeus para colonizar a terra ou interferir com os estados das Américas; no entanto, a colôniacolónia da Espanha em, Cuba, foi dispensada. Antes da [[Guerra Civil Americana|Guerra Civil]], interesses do sulSul tentou tertentaram a compra de Cuba e torná-lola um novo território escravo dos Estados Unidos.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} A [[Manifesto de Ostende|proposta]] falhou, e a atenção nacional passou para a Guerra Civil.
 
Os Estados Unidos tornou-seficaram interessadointeressados em umnum canal ou na [[Nicarágua]], ou no [[Panamá]], onde o [[canal do Panamá]] foi construído, e percebeu a necessidade de proteção naval. CapitãoO capitão [[Alfred Thayer Mahan]] foi um teórico particularmente influente,. As suas ideias foram muito admiradas por [[Theodore Roosevelt]], comoo que fez com que os Estados Unidos rapidamente construíramconstruíssem uma poderosa frota na década de 1890. Roosevelt atuouactuou como Secretário Assistente da Marinha, em 1897-1898, e foi um defensor agressivo de umaduma guerra com a Espanha sobre Cuba.
 
Enquanto isso, o movimento de «Cuba Livre», lideradaliderado pelo intelectual cubano [[José Martí]], estabeleceramestabeleceu escritórios na [[Flórida]]<ref>Gary R. Mormino, "Cuba Libre, Florida, and the Spanish American War," ''Theodore Roosevelt Association Journal'' (2010) Vol. 31 Issue 1/2, pp. 43–54</ref> e [[Nova Iorque (estado)|Nova YorkIorque]] para comprar e contrabandear armas. Ele montou uma grande campanha de propaganda para gerar uma simpatia que levaria aà pressão oficial nasobre a Espanha. Igrejas protestantes e agricultores democratas eram favoráveis​​, mas os interesses comerciais e Washington foram ignorá-dosignorados.<ref>G. Wayne King, "Conservative Attitudes in the United States toward Cuba (1895–1898)," ''Proceedings of the South Carolina Historical Association,'' (1973) pp. 94–104</ref>
 
Apesar dedisso, Cuba atraiu a atenção americana, pequena nota foi feitofeita acerca das Filipinas, Guam e Porto Rico.<ref>George C. Herring, ''From Colony to Superpower: U.S. Foreign Relations Since 1776'' (2008)</ref>
 
HistoriadoresOs historiadores vêem poucao demandapouco interesse popular dos americanos por um império, mas note-se que a [[Reino Unido|Grã-Bretanha]], [[França]], [[Alemanha]] e [[Japão]] haviahaviam seexpandido expandidodrasticamente dramaticamenteos seus impérios ultramarinos, naem [[África]], na [[Ásia]] e no [[Pacífico]].<ref>Edward P. Crapol, "Coming to Terms with Empire: The Historiography of Late-Nineteenth-Century. American Foreign Relations," ''Diplomatic History'' 16 (Fall 1992): 573–97; Hugh DeSantis, "The Imperialist Impulse and American Innocence, 1865–1900," in Gerald K. Haines and J. Samuel Walker, eds., ''American Foreign Relations: A Historiographical Review'' (1981), pp. 65–90; James A. Field, Jr., "American Imperialism: The Worst Chapter in Almost Any Book," ''American Historical Review'' 83 (June 1978): 644–68</ref>
 
== O caminho para a guerra ==
{{Artigo principal|Guerra de Independência Cubana}}
A primeira tentativa séria para a independência de Cuba, a [[Guerra dos Dez Anos|dezGuerra anosdo deDez guerraAnos]], entrou em erupção em 1868 e foi subjugadosubjugada pelas autoridades de uma década mais tarde. Nem oa combatederrota, nem as reformas no [[Pacto de Zanjón]] (fevereiro de 1878) suprimiuarrefeceram o desejo de alguns revolucionários de maior autonomia e, finalmente, a independência. Um destesdesses revolucionários, [[José Martí]], continuou a promover a autonomia financeira e política cubana no exílio. No início de 1895, depois de anos de organização, Martí lançou uma invasão em três frentes da ilha.<ref name="books.google.com">{{Harvnb|Trask|1996|pp=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA2 2–3]}}</ref>
 
O plano chamado paraprevia um grupo ido de [[Santo Domingo|Santo Domingo,]] liderado por [[Máximo Gómez]], um grupo ido da [[Costa Rica]], conduzidaconduzido por [[Antonio Maceo Grajales]], e outraoutro dos Estados Unidos (preventivamente frustradafrustrado porpelas autoridades norte-americanas na Flórida) para desembarcar em diferentes lugares da ilha e provocar uma revolta. Enquanto que a sua chamada para a revolução, o ''grito de Baíre'', foi bem sucedidasucedido, o resultado não foi a grande demonstração de força que Martí esperava. ComEsperando uma vitória rápida, efetivamentena perdidarealidade foi uma completa derrota, pelo que os revolucionários se estabeleceramdecidiram em lutar uma campanha de guerrilha prolongada.<ref name="books.google.com"/>
 
[[Antonio Cánovas del Castillo]], o arquiteto da Restauração de Constituição dade Espanha e o primeiro-ministro na época, ordenou oao general [[Arsenio Martínez-Campos Antón]], um veterano ilustre da guerra contra a revolta anterior em Cuba, para sufocar a revolta. A relutância de Arsenio Martínez paraem aceitar a sua nova missão e o seu método de conter a revolta da província de [[Oriente (antiga província)|Oriente]] lhe rendeu-lhe críticas na imprensa espanhola.<ref name="online">Jonathan Krohn, "Review of Tone, John Lawrence, ''War and Genocide in Cuba 1895–1898''. "H-War, H-Net Reviews." May, 2008. [http://www.h-net.org/reviews/showrev.php?id=14509 online]</ref>
 
A crescente pressão obrigou Cánovas paraa substituir o general Arsenio Martínez com opelo general [[Valeriano Weyler 1º Duque de Rubí|Valeriano Weyler]], um soldadomilitar que tinha experiência em sufocar rebeliões nas províncias ultramarinas e dana metrópole espanhola. Weyler privou aos insurgênciarebeldes de armas, suprimentosmantimentos e assistência, ordenando osaos moradores de alguns bairros cubanos para se deslocardeslocarem para áreas de reconcentraçãoconcentração perto do quartel-general militar.<ref name="online"/> Esta estratégia foi eficaz em retardar a propagação da rebelião. Nos Estados Unidos, foi alimentado o fogo da propaganda anti-espanhola.<ref>{{Harvnb|Trask|1996|pp=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA8 8–10]}}; {{Harvnb|Carr|1982|pp=379–388}}.</ref> Em umNum discurso político, o presidente William McKinley condenou as ações espanholas contra os rebeldes armados. Ele mesmo disse que isso "não foiera uma guerra civilizada", mas "extermínio".<ref>{{citar web|url=http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=29538|título=William McKinley : First Annual Message|data=6 de dezembro de 1897|publicado=[[The American residency Project]]}}</ref><ref>{{citation|autor =James Ford Rhodes|título=The McKinley and Roosevelt Administrations 1897–1909|url=http://books.google.com/?id=em-5IEHHTAUC|ano=2007|publicado=READ BOOKS|isbn=978-1-4067-3464-5|páginas=[http://books.google.com/books?id=em–5IEHHTAUC&pg=PA44 44]}}, citing an annual message delivered December 6, 1897 from {{citation|autor =French Ensor Chadwick|título=The relations of the United States and Spain: diplomacy|url=http://books.google.com/?id=ozGTAAAAIAAJ|ano=1968|publicado=Russell & Russell}}</ref>
 
=== Atitude espanhola ===
[[Imagem:La fallera de l'oncle Sam.JPG|thumb|Desenho satírico publicado em ''[[La Campana de Gràcia]]'' (1896), critica o comportamento dos Estados Unidos em relação a Cuba. O texto abaixo lê: "Mantenha a ilha para que ele não vai se perder."]]
O governo espanhol considerou Cuba como uma província da Espanha, em vez de umaduma colôniacolónia, e dependia deledela para o prestígio e do comércio e, como um campo de treinamento para o exército. PrimeiroO primeiro-ministro Cánovas del Castillo, anunciou que "a nação espanhola está disposta a sacrificar até aà última peseta do seu tesouro e até aà última gota de sangue do último espanhol antes de consentir que alguém arrebatar a partir dele mesmoarrebate um pedaço dedo seu território."<ref>Quoted in {{Harvnb|Trask|1996|p=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA6 6]}}</ref> Ele tinha muito tempo dominado e estabilizado a política espanhola e acabou assassinado em 1897, deixando um sistema político espanhol instável.<ref>Octavio Ruiz, "Spain on the Threshold of a New Century: Society and Politics before and after the Disaster of 1898," ''Mediterranean Historical Review'' (June 1998), Vol. 13 Issue 1/2, pp 7–27</ref>
 
=== Resposta dos Estados Unidos ===
A erupção da revolta cubana, as medidas de Weyler e a fúria popular nos eventos de chicoteado provaram ser uma bençãobênção para a indústria de jornais na cidade de [[Nova Iorque]], onde [[Joseph Pulitzer]] do ''[[New York World]]'' e [[William Randolph Hearst]] do ''[[New York Journal American]]'' reconheceram o potencial para grandes manchetes e histórias que iriam vender muitas cópias. Ambos os jornais abrangiam as ações da Espanha e as táticas de Weyler de forma que confirmaram a atitude depreciativa popular em direção a Espanha na América. Nas mentes, livros escolares e bolsas de estudo do público, emna sua maioria protestante, dos Estados Unidos, o impérioImpério espanholEspanhol católico era atrasado, a utilização dos índios como escravos era imoral e era financiado com o ouro roubado dosaos colonos hispano-americanos.<ref>Richard L. Kagan, "Prescott's Paradigm: American Historical Scholarship and the Decline of Spain," The American Historical Review 101, no. 2 (April 1996): 423–46.</ref>
 
Os Estados Unidos tinham interesses econômicoseconómicos importantes que estavam sendoa ser prejudicados pelo conflito prolongado e o aprofundamentocrescimento das incertezas sobre o futuro de Cuba. Empresas de transporte que dependiam fortemente do comércio com Cuba sofreram grandes perdas, já que o conflito continuava sem solução.{{Nota de rodapé|O comércio com Cuba caiu por mais de dois terços de um máximo de 100 milhões de dólares. {{Harvnb|Offner|2004|p=51}}.}} Estas empresas pressionaram o [[Congresso dos Estados Unidos]] e o presidente McKinley a buscarprocurar o fim da revolta. Outras preocupações das empresas norte-americanas, especialmente aquelas que tinham investido em açúcar cubano, apoiaram o Império Espanhol para restaurar a ordem.<ref>David M. Pletcher, ''The Diplomacy of Trade and Investment: American Economic Expansion in the Hemisphere, 1865–1900'' (Columbia: University of Missouri Press, 1998).</ref> Estabilidade, e não a guerra, foi o objetivo de ambos os interesses. Como a estabilidade seriaa ser alcançada iria depender em grande parte da capacidade da Espanha e os Estados Unidos para resolver suas questões diplomaticamente.
 
O presidente McKinley, bem consciente da complexidade política entorno do conflito, desejava acabar com a revolta pacificamente. Ameaçando a considerar o reconhecimento do estatuto de beligerante de Cuba, e, assim, permitindo que o rearmamento legal de insurgentes cubanos por empresas norte-americanas, ele enviou [[Stewart L. Woodford]] a Madrid para negociar um fim para o conflito. Com [[Práxedes Mateo Sagasta|Práxedes Sagasta]], um defensor aberto da autonomia cubana, agora primeiro-ministro da Espanha (o mais linha-dura Cánovas del Castillo havia sido assassinado antes de Woodford chegasse), a negociação correu bem. Autonomia cubana foi marcada para começar em 1 de janeiro de 1898.<ref>{{Harvnb|Offner|2004|pp=54–55}}.</ref>