Sapere aude: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Jjesuswiki (discussão | contribs)
m Trads. portuguesas e brasileiras variam substancialmente, por isso o acrescentar do nome do ensaio na versão de Portugal
Linha 1:
{{Título em itálico}}
 
'''Sapere aude''' é um lema latino que significa "atreva-se a conhecer" ou "ouse saber"; também é vagamente traduzido como "ouse ser sábio", ou ainda mais frouxamente como "tenha coragem de pensar por si mesmo!". A utilização original está na ''Epistularum liber primus'' de [[Horácio]], livro 1, carta 2, verso 40:<ref>[http://www.thelatinlibrary.com/horace/epist1.shtml ''Epistularum liber primus'' da The Latin Library]</ref> ''Dimidium facti qui coepit habet: sapere aude'' ("Aquele que começou está na metade da obra: ouse saber!"). A frase ''Sapere aude'' tornou-se associada à Era do [[Iluminismo]], durante os séculos XVII e XVIII, depois que [[Immanuel Kant]] a usou no ensaio "Pergunta: O que é Iluminismo?" (1784) ou, noutra tradução, ''Resposta à Pergunta O Que São as Luzes''<ref> Immanuel Kant, “Kant e a «Resposta à Pergunta O Que São as Luzes»”, Edição, apresentação, tradução e notas a cargo de José Esteves Pereira, ''Cultura, História e Filosofia'', vol. III, Lisboa, INIC / Centro de História da Cultura da UNL, 1984, pp. 153-168.</ref>. Como filósofo, Kant reivindicou a frase ''Sapere aude'' como um lema do período do Iluminismo e usou-a para desenvolver suas teorias da aplicação da Razão na esfera pública dos assuntos humanos.
 
No século XX, no ensaio "''O que é o Iluminismo?''" (1984), [[Michel Foucault]] retomou a formulação de Kant de "ouse saber", na tentativa de encontrar um lugar ao indivíduo homem e mulher na filosofia pós-estruturalista, e assim chegar a um acordo a cerca do que, segundo ele, seria o legado problemático do Iluminismo. Além disso, no ensaio ''A Episteme Barroca: a palavra e a coisa'' (2013), Jean-Claude Vuillemin propôs que a frase latina ''Sapere aude'' deveria ser o lema da [[Epistemologia|episteme]] barroca.