Diclofenaco: diferenças entre revisões

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== Breve Histórico ==
Na década de 60, o Diclofenaco Sódico foi fabricado, objetivando a obtenção de um anti-inflamatório não esteroide que proporcionasse uma eficiente atividade e alta tolerância. Foi primeiro introduzido no mercado Japonês, em 1974, pela Geigy Pharmaceuticals, sob o nome comercial Voltaren®.  A partir disso, seu uso foi difundido para mais de 120 paises e, no ano de 1986, aproximadamente 150 milhões de pacientes em todo o mundo já utilizavam esta terapia. Este, apesar de sua larga utilização, só foi aprovado em julho de 1988, pelo 8órgãoórgão regulador americano [[Food and Drug Administration]] – FDA.<ref name=":0">{{citar web|url=http://rbfarma.org.br/files/pag_45a50_RBF86_1_2005_AVALIACAO.pdf|titulo=Avaliação da qualidade e perfil de dissolução de
comprimidos gastro-resistentes de diclofenaco
sódico 50mg comercializados no Brasil|data=08/03/2005|acessodata=|publicado=Revista Brasileira de Farmácia|ultimo=Castro|primeiro=Whocely Victor de et. al.}}</ref>
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* Condições inflamatórias e/ou dolorosas em [[ginecologia]], como por exemplo [[dismenorreia]] primária (dor pélvica que se origina de [[Cólica menstrual|cólicas uterinas]] durante o período menstrual) ou [[anexite]] (inflamação de ovários e trompas).
Dessa forma, as diferentes indicações das formas sódica e potássica do diclofenaco, se devem somente à tecnologia farmacêutica (forma de liberação do fármaco) empregada:
* Forma de liberação imediata:É ébasicamente empregada principalmenteutilizado como analgésico, pois o comprimido sofre desintegração e dissolução do fármaco no estômago, produzindo início de ação mais rápido e maior pico de concentração plasmática;
 
* Forma de liberação retardada ou prolongada: é empregada, principalmente, em processos inflamatórios e uso prolongado, pois, o comprimido libera o fármaco de forma mais lenta, produzindo ação prolongada e menor pico de concentração plasmática.
 
== Resultado de eficácia ==
Foram feitos diversos estudos para medir a eficácia deste fármaco. [[Síndrome|Síndromes]] dolorosas da coluna, por exemplo, quando tratadas com diclofenaco, têm sua intensidade reduzida, demonstrado em estudo multicêntrico entre 227 pacientes.
 
Foi observado eficácia em condições ginecológicas dolorosas, principalmente [[dismenorreia]], sendo percebidaspercebidos alívio dos sintomas após administração deste entre 75 e 150 mg diários.
 
Foram avaliadas mais 414 pacientes com distúrbios reumáticos em atividade de comprimidos de 100 mg de diclofenaco de liberação lenta. Nestes, observou-se resposta positiva em 89,4% destes pacientes no 10ª dia de tratamento e de 94,7% no 20ª dia.
 
Em outro estudo, 91% dos pacientes com [[Cólica renal|cólica renal aguda]], testados com a administração de 75 mg do medicamento, sentiram melhoras após o uso do medicamento. Esse alívio foi observado até 3 horas após a administração.<ref>{{citar web|url=http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=31452014&pIdAnexo=1927803|titulo=Diclofenaco Sódico|data=|publicado=ANVISA|ultimo=Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.|primeiro=Bula}}</ref>
 
== Contra-indicações ==
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== Conservação incorreta do medicamento ==
Grande parte da população não possui esclarecimentos sobre a forma correta de acondicionamento, que normalmente são realizados em locais inadequados, o que, consequentemente, aumenta ainda mais os riscos de contaminação, pois este fator pode alterar as propriedades [[Físico-química|físico-químicas]] das substâncias, podendo, dessa forma, diminuir sua ação e reduzir os efeitos, além de, possivelmente, originar [[Metabólico|metabólicos]] tóxicos. <ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Feldkircher|primeiro=Karla Cristina Gonçalves|data=2014-10-02|titulo=INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA EM ANIMAIS DOMÉSTICOS|url=http://revista.faciplac.edu.br/index.php/Revet/article/view/122|jornal=Revista Científica do curso de Medicina Veterinária - FACIPLAC|lingua=pt|volume=1|numero=1|paginas=14–18|acessodata=}}</ref>
 
== Diversidade química na indústria ==
Diclofenaco Sódico e Diclofenaco Potássico não divergem significativamente na forma [[farmacodinâmica]] e [[farmacocinética]].<ref>{{Citar web|url=http://www.cff.org.br/pagina.php?id=568|titulo=Diclofenaco Sódico, Potássico e Colestiramínico|obra=|publicado=Conselho Federal de Farmácia - Brasil|ultimo=Gedoor|primeiro=}}</ref>
 
No Brasil, existem cerca de cinquenta e três especialidades farmacêuticas que contém diclofenaco sódico na forma farmacêutica sólida gastro-resistente.<ref name=":0" />
 
== Descarte inadequado e contaminação ==
Este fármaco, que faz parte do grupo de compostos que apresentam atividade [[Farmacologia|farmacológica]], está dentro do contexto de poluentes emergentes. Graças à sua utilização em grande escala e da quase ineficiência dos sistemas comuns de tratamento de esgoto, estes podem contaminar águas superficiais e [[Água subterrânea|subterrâneas]], provocando, assim, diversos efeitos prejudiciais de caráter ambiental e também na saúde pública.  Em geral, esses resultados são decorrentes da descarga de resíduos industriais e lixiviados de [[Aterro sanitário|aterros sanitários]]; também através do uso veterinário e excreções metabólicas de pacientes em tratamento médico. De qualquer forma, a presença deste e de outros fármacos vêm sendo relatadas comumente em resíduos de esgoto e em águas naturais. <ref>{{citar periódico|ultimo=Cruz|primeiro=Lutécia H. da et. al.|data=23/06/10|titulo=DEGRADAÇÃO FOTOCATALÍTICA DE SULFAMETOXAZOL, TRIMETOPRIMA E DICLOFENACO EM
SOLUÇÃO AQUOSA|url=http://submission.quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/2010/vol33n6/09-AR09567.pdf|jornal=Quimica Nova}}</ref>
 
==Veterinária==
Este fármaco é extensamente utilizado nos seres humanos e animais com o propósito de alívio de condições dolorosas e inflamatórias agudas e crônicas. Há também o risco de intoxicação, causado tanto pela falta de cuidado no armazenamento, sendo, assim, de fácil acesso pelos animais de estimação, quanto pela má utilização destes remédios, de forma a aplicá-los sem consulta veterinária, tendo risco de utilizá-lo em [[superdosagem]].  Há também o risco de se utilizar medicação humana em animais, sem levar em conta as diferenças metabólicas dos mesmos.
 
Como primeiros sinais de intoxicação medicamentosa, pode-se citar:
* Salivação excessiva;
* [[Diarreia]];
* [[Vômito|Vômitos]];
* Sono intenso e exagerado;
* Mobilidade trôpega;
* [[Tremor|Tremores]];
* [[Convulsão|Crises Convulsivas]];
Em caso de ingestão de algo, é indicado que o animal seja levado ao Médico Veterinário antes do surgimento destes sintomas.
 
Não é aconselhado que o mesmo remédio, que fora empregado anteriormente em um animal, seja empregado em outro, sem antes consultar um profissional da área.<ref name=":1" />
 
O diclofenaco pode ser usado para tratar gado bovino. O problema é que o fármaco permanece no organismo dos animais durante algum tempo após a morte e é altamente tóxico para os [[abutres]], que se alimentam das carcaças deixadas ao ar livre. Dois dias depois de ingerirem carne contaminada, as aves morrem de falência renal.
 
Na Índia, entre 1992 e 2007, as populações de três espécies asiáticas – abutre-de-dorso-branco ([[Abutre-indiano-de-dorso-branco|Gyps bengalensis]]), abutre-de-bico-longo ([[Abutre-de-bico-longo|Gyps indicus]]) e abutre-de-bico-estreito ([[Abutre-de-bico-estreito|Gyps tenuirostris]]) – diminuíram entre 97,5% a 99,9%.<ref>{{citar web|URL=http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/farmaco-de-uso-veterinario-vendido-em-espanha-e-italia-ameaca-abutres-europeus-1627291|título=Fármaco de uso veterinário vendido em Espanha e Itália ameaça abutres europeus|data=2014-03-07|publicado=Revista Online Público|ultimo=|primeiro=|autor=Soares, Marisa}}</ref>