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O Alcorão também exige um código de vestimenta aos seus seguidores. Para as mulheres, recomenda a modéstia sem explicitar o cobrir de alguma parte; os homens têm um código de vestimenta mais relaxado. Os quadris devem ser cobertos desde o joelho até à cintura. A lógica por trás destas regras é que os homens e mulheres não devem ser vistos como objectos sexuais.<ref>{{citar web|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t243/e75?_hi=8&_pos=3|titulo=Clothing|data=|publicado=Oxford Islamic Studies}}</ref>[[Imagem:Yemeni doctor.jpg|thumb|250px|direita| Uma médica iemenita examina uma criança em uma clínica de saúde patrocinada pela USAID.]]
 
Na prática, conforme [[Kamel Daoud]], é isso mesmo que se verifica - o mundo muçulmano em geral, na sua opinião, tem uma relação doentia com o sexo e com as mulheres. Uma mini saia diz-se poder provocar terramotos; as mulheres são consideradas uma força desestabilizadora.{{conteúdo parcial}}<ref>{{citar web|url=https://www.nytimes.com/2016/02/14/opinion/sunday/the-sexual-misery-of-the-arab-world.html?mcubz=0|titulo=The Sexual Misery of the Arab World (A miséria sexual do mundo árabe)|data=12 de Fevereiro de 2016|publicado=The New York Times|ultimo=Daoud|primeiro=Kamel}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://www.africa21online.com/artigo.php?a=19216&e=Sociedade|titulo=«Miséria sexual» causa alvoroço na Argélia|data=23 de Fevereiro de 2016|publicado=Africa21onLine}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2010/apr/19/women-blame-earthquakes-iran-cleric|titulo=Women to blame for earthquakes, says Iran cleric -Women behaving promiscuously are causing the earth to shake, according to cleric, as Ahmadinejad predicts Tehran quake|data=19 de Abril de 2010|acessodata=|publicado=The Guardian|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
=== Circuncisão ===
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Até o final de 1800, a grande maioria dos estudiosos Islâmicos nas escolas de [[jurisprudência]] [[Madhhab]] e Imamah (xiita) consideravam que para os homens adultos, a apostasia era um crime bem como um pecado, um ato de traição punível com a [[pena de morte]],<ref name="jstor.org"/><ref name=Lewis-1995-229>{{citar livro|último1 =Lewis|primeiro1 =Bernard|título=The Middle East, a Brief History of the Last 2000 Years|data=1995|publicado=Touchstone Books|isbn=0684807122|página=229|url=https://books.google.com/books?id=1ajwK7ejowwC&pg=PT234&lpg=PT234&dq=%22crime+as+well+as+a+sin%22+lewis&source=bl&ots=v1AyclN5kf&sig=xjzwt82NQw_zjElqRcexH9APgyA&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwj8nf-itrHJAhUDXh4KHYulCgcQ6AEIMDAE|acessodata=27 de novembro de 2015}}</ref> normalmente após um período de espera para permitir que o apóstata arrependa-se e volte ao Islã.<ref name="jstor.org"/><ref>{{citar livro|último =Omar|primeiro =Abdul Rashied|editor1=Mohammed Abu-Nimer|editor2=David Augsburger|título=Peace-Building by, between, and beyond Muslims and Evangelical Christians|url=https://books.google.com/books?id=HvrDWka4iRgC&pg=186|data=16 de fevereiro de 2009|publicado=Lexington Books|capítulo=The Right to religious conversion: Between apostasy and proselytization|isbn=978-0-7391-3523-5|páginas=179–194}}</ref><ref name="KEY">{{citar livro|autores=Kecia Ali and Oliver Leaman|título=''Islam: the key concepts''|publicado=Routledge|ano=2008|página=10|url=https://books.google.com/books?id=H5-CdzqmuXsC&pg=PA10|acessodata=2013-11-29}}</ref><ref name=johnesposito>{{citar livro|autor =John L. Esposito|título=''The Oxford dictionary of Islam''|publicado=Oxford University Press|ano=2004|página=22|url=https://books.google.com/books?id=6VeCWQfVNjkC&pg=PA22|acessodata=2013-11-28}}</ref> O tipo de apostasia geralmente considerada punível pelos juristas era a do tipo político, embora houvesse considerável diferença de opinião sobre este assunto no meio jurídico islâmico.<ref name="afsaruddin1">Asma Afsaruddin (2013), ''Striving in the Path of God: Jihad and Martyrdom in Islamic Thought'', p.242. </ref> Wael Hallaq afirma que "em uma cultura cujo principal instrumento é a religião, os princípios religiosos e a moral religiosa, a apostasia é, de alguma forma, equivalente a [[alta traição]] no moderno [[Estado-nação]]."<ref name="waelhallaq">{{citar livro|último1 =[[Wael Hallaq|Wael]]|primeiro1 =[[Wael Hallaq|B. Hallaq]]|título=Sharī'a: Theory, Practice and Transformations|data=2009|publicado=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-86147-2|páginas=319}}</ref> No final dos anos 1800, a utilização de sanções penais por apostasia, caíram em desuso, apesar de sanções civis terem sido aplicadas.<ref name="jstor.org">Peters & De Vries (1976), [http://www.jstor.org/stable/1570336 Apostasy in Islam], Die Welt des Islams, Vol. 17, Issue 1/4, pp 16</ref><ref>{{citar web|url=http://www.reuters.com/article/us-religion-atheists/atheists-face-death-in-13-countries-global-discrimination-study-idUSBRE9B900G20131210|titulo=Atheists face death in 13 countries, global discrimination: study|data=10 de Dezembro de 2013|publicado=Reuters|ultimo=Evans|primeiro=Robert}}</ref>
De acordo com [[Abdul Rashied Omar]], a maioria dos estudiosos muçulmanos modernos continuam a manter uma visão tradicional de que a pena de morte por apostasia ou blasfémia é necessária de acordo com os [[Hádice|hádices]].<ref name=aromar>{{citar livro|último =Omar|primeiro =Abdul Rashied|editor1=Mohammed Abu-Nimer|editor2=David Augsburger|título=Peace-Building by, between, and beyond Muslims and Evangelical Christians|url=https://books.google.com/books?id=HvrDWka4iRgC&pg=186|data=16 de fevereiro de 2009|publicado=Lexington Books|capítulo=The Right to religious conversion: Between apostasy and proselytization|isbn=978-0-7391-3523-5|páginas=179–194}}</ref><ref>{{citar web|url=https://muflihun.com/bukhari/83/17|titulo=Sahih al-Bukhari Livro 83 Hadith 17|acessodata=13 de Outubro de 2017|publicado=Muflihun.com}}</ref><ref>{{citar web|url=https://muflihun.com/bukhari/84/57|titulo=Sahih al-Bukhari Livro 84 Hadith 57|acessodata=13 de Outubro de 2017|publicado=Muflihun.com}}</ref>
[[Yusuf Al-Qaradawi]], presidente da União Mundial de Sábios Islâmicos, declarou à TV egípcia: "Se eles (muçulmanos apóstatas) tivessem livrado-se dos castigo pela apostasia, hoje não existiria Islã". A declaração não foi uma desculpa, mas sim uma justificação lógica para preservar a pena de morte para o "crime" de apostasia.<ref>{{citar web|url=https://www.gatestoneinstitute.org/3572/islam-apostasy-death|titulo=Se os apóstatas se tivessem livrado da morte, hoje não existiria Islão|data=5 de Fevereiro de 2013|acessodata=|obra=|publicado=Gatestone Institute|ultimo=Darwish|primeiro=Nonie}}</ref> Mais de 20 países de maioria muçulmana punem a apostasia e blasfémia como um crime.À data de 2014, apostasia era um crime capital no Afeganistão, Brunei, MauritÂnia, Qatar, Arabia Saudita, Sudão, Emirados Àrabes Unidos, e Iémem.<ref>{{citar web|url=http://www.loc.gov/law/help/apostasy/index.php|titulo=Laws Criminalizing Apostasy|acessodata=1 de Janeiro de 2018|publicado=The Library of Congress|ultimo=|primeiro=}}</ref>